Zelaya diz que ficará na embaixada pelo "tempo que o Brasil permitir"

Deu no UOL: “Mais de 65 dias depois de ter retornado a Honduras na tentativa de retomar o poder, o presidente deposto Manuel Zelaya declarou ao UOL Notícias que vai permanecer na embaixada brasileira "pelo tempo que o Brasil permitir".

Comentário: Enquanto isto, mais de 500 brasileiros residentes naquele país continuam sem atendimento e sem representação diplomática, enquanto nós, contribuintes trouxas, seguimos bancando a hospedagem do espantalho chavista na embaixada brasileira, à qual lhe serve para armar atentados terroristas contra instituições e cidadãos hondurenhos. Um crime mais que configurado de Lula da Silva, quem está patrocinando diretamente a violência em Honduras.


Não é possível que os Tribunais Internacionais não punam esta ação delinqüente e marginal do presidente brasileiro, que deveria ser julgado inclusive pelos crimes de assassinato, ocorridos nos últimos tempos. Na foto: manifestantes marcham a favor das eleições no domingo, carregando uma placa com crítica ao Lula da Silva. Por Arthur/Gabriela


CORTE DE HONDURAS E TV SÃO ALVO DE ATAQUES
Lançamento de granada e bomba caseira contra órgãos considerados pró-governo interino deixam leves danos materiais. Incidentes do tipo visam inviabilizar pleito de domingo; interino culpa Zelaya.

Em meio a chamados cruzados para apoiar e boicotar a eleição de domingo em Honduras, a Corte Suprema e um estúdio de TV foram atacados respectivamente com lança-granadas e uma bomba caseira ontem de madrugada, causando pequenos danos materiais.

O impacto do ataque ao órgão máximo do Judiciário, cuja segurança tem sido feita por soldados, abriu um buraco de cerca de um metro na parede externa e quebrou o vidro de três janelas, sem deixar feridos.

Segundo fontes militares, o explosivo foi lançado pelo lança-granadas antitanque russo RPG-7. O armamento, que não é usado pelas Forças Armadas, circula na América Central desde os anos 80, quando foi introduzido pelos "contras" da Nicarágua e pela guerrilha salvadorenha.

No estúdio de TV onde é gravado o programa do jornalista Rodrigo Wong Arévalo, uma bomba foi colocada no estacionamento. Os estilhaços quebraram sete vidros do prédio.

A Corte Suprema e Wong Arévalo são identificados como pró-governo interino, de Roberto Micheletti, que assumiu o país após a deposição de Manuel Zelaya, em 28 de junho.

Nas últimas semanas, Honduras tem sofrido ataques quase diários de bombas caseiras e granadas, principalmente em centros comerciais e banheiros públicos, até agora sem provocar grandes estragos ou mortes.

Para o governo Micheletti, as bombas têm como objetivo intimidar os eleitores e são responsabilidade de simpatizantes de Zelaya, que tem exortado seus seguidores a "impugnar" o pleito para escolher o novo presidente, além de deputados, prefeitos e vereadores.

Anteontem à noite, Micheletti denunciou um plano para matá-lo, depois de a polícia anunciar a apreensão de dois fuzis na cidade de El Progreso, seu domicílio eleitoral. O presidente interino não foi ontem à Casa Presidencial, no primeiro dia de sua "licença temporária" do Executivo, que dura até a próxima quarta-feira, dia em que o Congresso votará se Zelaya será restituído.

O governo interino e seus apoiadores, que incluem os principais meios de comunicação, têm feito intensa campanha publicitária para que os eleitores votem no domingo.

Já Zelaya pede que seus seguidores se abstenham, embora o principal partido que o apoia, o esquerdista Unificação Democrática (UD), tenha ratificado sua participação.

Ontem, até o jornal esportivo "Diez" estampava a manchete "Não fique sem votar". Em algumas bancas, a edição aparecia ao lado "El Libertador", pró-Zelaya, com o enunciado para o lado oposto: "Não vote".

Durante todo o dia de ontem, o canal 36, única emissora de TV pró-Zelaya, permaneceu fora do ar e acusou o governo interino de interferir no sinal. Ainda ontem, comunicado da Chancelaria hondurenha chamou de "intervencionismo inédito" a proposta aventada pelo Brasil de adiar o pleito até que saia a decisão do Congresso sobre a restituição de Zelaya. Por Fabiano Maisonnave, enviado especial a Tegucigalpa - Folha de S. Paulo


MICHELETTI DENUNCIA PLANO PARA MATÁ-LO
Às vésperas das eleições de domingo em Honduras, o presidente interino do país, Roberto Micheletti se licenciou ontem do cargo, até 2 de dezembro, “para não influenciar no resultado”. Micheletti também denunciou um suposto plano para matá-lo no dia da votação. O atentado ocorreria em El Progreso, sua cidade natal, onde ele vota. A polícia de Honduras deteve ontem dois nicaraguenses e dois hondurenhos, além de apreender vários fuzis que supostamente seriam usados na tentativa de assassinato. Zero Hora

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