"Comissão da Verdade" revela vínculos entre membros do governo de Correa e as Farc

A Comissão para a Transparência e Verdade, também conhecida como Angostura, apresentou suas conclusões a Rafael Correa. Revelam que os altos cargos de seu governo, assim como de seu partido, têm vínculos com as Farc.

A Comissão levou nove meses para preparar seu relatório contendo os resultados da investigação sobre o ataque do Exército colombiano a uma base de terroristas das Farc no Equador. O presidente da Comissão, Francisco Huerta, evitou relacionar todo o executivo de Rafael Correa com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Mas disse que a investigação relacionava diversos membros importantes do atual governo equatoriano com o grupo armado colombiano. Por Antonio José Chinchetru

Uma das figuras vinculadas ao grupo terrorista é o ex-ministro da Segurança Interna e Externa, Gustavo Larrea, que foi um dos que decidiu tirar do Equador, de forma clandestina, a Nubia Calderón"Esperanza", membro da Comissão Internacional FARC, que saiu viva do ataque do exército colombiano a uma base da guerrilha em território equatoriano. Desta decisão também participou Juan de Dios Parra, ex-porta-voz latinoamericano da Human Rights Association (ALDHU), apontado pela Comissão da Verdade como um dos contatos entre as Farc e o Executivo de Correa.

A investigação aponta para vários oficiais superiores do Exército do Equador. Entre eles figura um coronel, Jorge Brito, que havia recebido dinheiro das Farc para financiar a campanha Correa. A Comissão também encontrou fotografias da deputada María Augusta Calle, do partido de Correa, junto dos principais membros da organização terrorista colombiana.

Como instituições oficiais, algumas ficaram identificadas no relatório do Registro Civil: o Ministério de Assuntos Exteriores e a Direção de Trânsito. Todos eles tiveram participação na entrega de documentos falsos para membros das FARC - Eldiárioexterior – Tradução de Arthur para o MOVCC