Zelaya: de "hóspede" do cafofo a "hóspede distinto"

ELE QUER SER “HOSPEDE” DE QUALQUER COISA. MENOS ASILADO POLÍTICO

O ex-presidente não quer sair de seu “santuário tupiniquim” em Honduras na qualidade de refugiado político, porque esta condição não lhe permitiria continuar fazendo proselitismo político contra o governo de Honduras e, tudo indica, é justamente esta a intenção: continuar criando problemas para seu país, esteja onde estiver. Não aceitar o asilo também é uma forma de Zelaya recusar-se a reconhecer sua remoção pelo Congresso Nacional, bem como o resultado do pleito que conduziu Porfírio Lobo à Presidência da República.

Para quem já foi vítima das trapaças de Lula, de Chávez e da OEA, que ‘plantaram’ Zelaya no cafofo para tentar instaurar o caos no país, à partir de ações planejadas na embaixada brasileira, realmente é preciso muita cautela e, sem dúvida, essa história de permitir a saída de Zelaya com um simples salvo-conduto, redigido pelo México, é outra armação torpe do bando de delinqüentes.

A novidade de hoje é que o Brasil deu prazo para Zelaya sair da embaixada. A notícia está abaixo.

Solto por aí, sem definição de seu status e teimando que ainda é o presidente, certamente que Zelaya continuará infernizando os hondurenhos, e com o apoio e financiamento de seus cúmplices da Alba, de Havana, da Unasul, das Farc etc.

Estão certíssimas as autoridades hondurenhas ao colocarem como condição para sua saída da Embaixada o seu pedido de asilo político, do contrário, Zelaya e seus aliados continuarão no cárcere que eles próprios arquitetaram .

Mas não deixa de causar estranheza que Zelaya não tenha querido ir para junto de seu títere de Miraflores, ou do sandinista bêbado e tarado da Nicarágua.

Por que justo o México? Quem não se lembra: em agosto, antes de Zelaya ser encafofado na embaixada brasileira ele foi ao México buscar apoio. Lá, foi recebido com honras de Estado e fez um discurso ofendendo o presidente Felipe Calderón, que inicialmente apoiava seu retorno ao poder. Ele disse “que era melhor sentir-se presidente do que sê-lo”, em clara alusão a López Obrador, quem se autoproclama “presidente legítimo”.

Após este discurso, Zelaya foi escoltado imediatamente até o aeroporto para sair do país, foi proibido de fazer contato com a imprensa e chamado de “traidor” pelas autoridades mexicanas. Por isto, não dá para entender qual é a do Calderón. Por que ele cedeu ao 'canto da seréia' ? De qualquer forma, este país já desistiu de recebê-lo. O governo mexicano anunciou ontem que não há mais possibilidades de acolher o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya

Mas, vamos ao que interessa. As opções de Zelaya são bem claras: para sair do país só como asilado ou como cidadão comum, neste último caso, obviamente que ele terá de entregar-se para a justiça, onde tem processos pendentes por crimes.

Nosso total respaldo ao presidente Micheletti e demais autoridades por esta decisão. O país que acolher Zelaya deve proceder todas as formalidades e requisitos legais, de acordo com a Convenção de Caracas. Os países que querem tirar Zelaya de Honduras que o façam de acordo com a lei.

Portanto, não deu certo a última manobra do bando que, ilegalmente, infiltrou Zelaya na embaixada brasileira em 21 de setembro, e dessa prisão não conseguirão tirá-lo - a não ser pelo caminho da lei. Eis o que tira o sono de Amorim. Por Arthur/Gabriela


A novidade:
ZELAYA TEM PRAZO PARA DEIXAR A EMBAIXADA
Manuel Zelaya terá até janeiro para deixar a embaixada brasileira em Honduras. O prazo foi dado a ele pelo Brasil na quinta-feira e, segundo o único diplomata brasileiro na embaixada, Francisco Catunda, o presidente deposto já concordou com o prazo.

"Ele tem plena consciência que ao terminar o mandato deverá seguir outro destino", afirmou Catunda em entrevista ao Jornal da Globo.

Zelaya também falou sobre o "ultimato" e pareceu tranquilo quanto à sua saída. "Certamente até o dia 27 de janeiro de 2010, quando termina meu mandato. No entanto, a minha posição é sair o mais rápido possível, logicamente com o respaldo do governo do Brasil".

Zelaya está abrigado na Embaixada do Brasil desde o dia 21 de setembro. O governo brasileiro se recusou a entregá-lo às autoridades hondurenhas, mas também não o classificou como refugiado político. Zelaya está, portanto, há três meses como "hóspede" no território diplomático. Veja