Irã está ampliando sua rede de terror na América Latina

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Teerã está construíndo uma imensa rede de terror na América Latina

O promotor argentino, Alberto Nisman (na foto), que investigou as ligações iranianas com o maior ataque terrorista na Argentina, advertiu sobre a crescente rede terrorista de Teerã na América Latina. Ele falou durante um evento na Fundação para a Defesa das Democracias, na quarta-feira (2)

"Os iranianos estão se movendo rapidamente", avaliou Alberto Nisman. "Nós vemos uma penetração muito maior do que em 1994".

Ele disse que o Irã, através do libanês Hezbollah, tem uma presença crescente na Venezuela, Bolívia, Equador e Nicarágua. Matéria de Hilary Leila Krieger, publicada ontem (quinta) no Jerusalém Post

A rede terrorista do Irã na América latina

O promotor argentino que rastreou os vínculos iranianos com o maior ataque terrorista na Argentina, advertiu na quarta-feira sobre a crescente rede terrorista de Teerã na América Latina. "Os iranianos estão se movendo rapidamente", avaliou Alberto Nisman, que obteve apoio da Interpol para levar à prisão a vários iranianos, entre eles o ex-presidente Hashemi Rafsanjani, por ordenar o atentado de julho 1994 à comunidade judaica AMIA em Buenos Aires. "Nós vemos uma penetração muito maior do que em 1994".

Ele disse que o Irã, em particular através da proxy libanesa do Hezbollah, tem uma presença crescente na Venezuela, Bolívia, Equador e Nicarágua, utilizando técnicas que aprimoraram na Argentina antes que o país tomasse medidas para fazer frente a Teerã, na sequência do atentado à AMIA.

Ele descreveu as operações fictícias envolvendo motoristas de táxi que levaram a cabo a vigilância, sem despertar suspeitas; os falsos estudantes de medicina, que poderiam permanecer no país por muitos anos sem levantar as sobrancelhas, e as frentes de negócios que ajudaram a canalizar dinheiro para os operários.

Enquanto isso, os iranianos cultivaram laços com as mesquitas locais para procurar pessoas que poderiam ser radicalizadas.

Agora, disse ele, a Argentina é considerada um "ambiente hostil" para o Irã, mas os grupos terroristas iranianos estão encontrando terreno fértil em outros países.

"O elemento mais forte do que acontece hoje é a cumplicidade do governo", disse Nisman, apontando para as redes que o Irã desenvolve através de suas embaixadas. "Nós sabemos que Chávez permite a entrada do Hezbollah"

Nisman, que falou através de um intérprete de espanhol em uma Fundação para a Defesa das Democracias em um evento na quarta-feira, disse que regularmente compartilha a informação que recolheu sobre as atividades do Irã e do Hezbollah com outros países em um esforço para levá-los a agir.

Ele descreveu as respostas de forma clara, falou das provas e das evidências contra o Irã no caso da AMIA, bem como os "interesses" envolvidos no caso, e a questão dos laços com o terror.

Mas, sublinhou: "Muito mais pode ser feito e esperamos que seja feito antes que seja tarde demais".

Referindo-se aos países que não fizeram tudo que podiam, sobretudo, levar à justiça os responsáveis iranianos pelo ataque iraniano à AMIA, ele continuou: "Há muitos países na Europa que continuam a fechando os olhos ... como [fizeram] com o nazistas. "

Nisman apelou para que esses países se recusem a dar boas-vindas aos líderes iranianos nos fóruns internacionais como as Nações Unidas, até que atendam ao pedido da Interpol e entreguem os homens procurados pela Argentina.

“O Irã não será capaz de resistir por muito tempo", ele argumentou. "Não se pode lutar contra o mundo inteiro."

Não obstante, Nisman disse que ele está contemplando novas vias para levar os suspeitos a julgamento, e os tribunais argentinos já tomaram algumas ações civis: US $ 1,5 milhões em ativos foram entregues às vítimas e mais 633 milhões dólares, em anexo, estão à espera da resolução do caso.

Ele já conseguiu processar um ex-presidente argentino e ex-juiz envolvido no caso AMIA, por dificultarem a investigação e por estarem envolvidos em corrupção.

Os EUA e os oficiais da inteligência israelense ajudaram a encontrar os rastros dos terroristas para poder seguir o curso da investigação ao longo de três anos, iniciada há uma década após o ataque e praticamente concluída em 2007.

Nisman sustentou que ele não perdeu a esperança de conseguir mandar estas altas figuras do Irã para a cadeia, apontando para as fissuras internas, defeitos resultantes das eleições presidenciais de junho, que podem ser um sinal das possibilidades de mudança.

"A revolução iraniana vem acontecendo há 30 anos. Vai acabar algum dia", disse ele.
JPOST - Tradução de Arthur para o MOVCC

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