
E ainda querem mandar essas porcarias para cá, como se precisássemos de mais! MOVCC
Entre o grupo que teria planejado o atentado frustrado ao voo da Northwest Airlines que ia de Amsterdã (Holanda) a Detroit (EUA) no dia de Natal, estariam dois homens libertados pelos Estados Unidos da prisão em Guantánamo, em Cuba. A informação foi divulgada ontem pelo canal de tevê norte-americano ABC. Mohammed Attik Al-Harbi e Said Ali Shari haviam sido mandados à Arábia Saudita, país natal de ambos, para um programa de reabilitação em 2007. Em seguida, foram libertados. Os dois, inclusive, teriam aparecido em um vídeo, feito em janeiro, ao lado de Nasser Abdul Karim Al-Wahishi, líder da Al-Qaeda na Península Arábica. Na foto: a cueca-bomba
A informação deu munição aos críticos da estratégia de combate ao terrorismo do presidente Barack Obama, que no último dia 21 anunciou a repatriação de 12 prisioneiros iemenitas que estavam em Guantánamo. O temor era de que esses prisioneiros acabassem se unindo a grupos extremistas que atuam no país.
Há informações de que o nigeriano que tentou explodir o voo da Northwest Airlines passou cerca de cinco meses no Iêmen. Umar Farouk Abdulmutallab, 23 anos, viveu no país entre agosto e o início de dezembro deste ano, após ter obtido um visto para estudar árabe na capital Sanaa. O ataque, assumido pelo grupo terrorista, seria uma resposta aos ataques dos Estados Unidos contra a facção no Iêmen.
O governo do Iêmen, por sua vez, afirmou ontem não ter apoio suficiente das nações ocidentais para combater a rede terrorista Al-Qaeda. O ministro iemenita das Relações Exteriores, Abu Bakr Al-Qirbi, contou à rede britânica BBC que o país, embora se esforce para combater a facção da Al-Qaeda existente em seu território, tem o trabalho prejudicado pela falta de apoio de outras nações. “Nós precisamos de mais treinamento. Temos de expandir nossas unidades antiterrotistas e isso significa dar-lhes treinamento adequado, equipamento militar, meios de transporte — temos poucos helicópteros”, enumerou. “Os Estados Unidos podem fazer muito, o Reino Unido também. A União Europeia pode fazer muita coisa a respeito”, prosseguiu.
Al-Qirbi garante que lutar contra a Al-Qaeda é uma prioridade para o governo do país, mas lamenta a insuficiência de ajuda vinda do exterior. Ele acredita que entre 200 e 300 membros da Al-Qaeda estejam operando no país, mas ressalta que se trata de uma estimativa superficial. “Claro que há uma quantidade dessas pessoas no Iêmen e que elas podem realmente planejar um ataque como (o do avião que ia para) Detroit”, admitiu.
Itália
A polícia italiana explodiu ontem um pacote no aeroporto de Malpensa, em Milão, que continha um detonador e um receptor de rádio, mas estava sem explosivos, informou um porta-voz do Ministério do Interior. “O pequeno pacote (de 20cm x 10cm) estava coberto de fita adesiva preta e tinha uma pequena antena externa e cabos que se ligavam ao interior. Não havia explosivos. Tudo está sendo analisado para descobrir se era um detonador de verdade ou um transmissor”, detalhou Giovanni Pepe, da polícia de fronteiras do aeroporto de Milão, à agência de notícias AFP.
Pepe explicou que o Ministério Público de Busto Arsizio, município próximo ao aeroporto, vai investigar o caso de “alarme falso”. “Um pacote abandonado foi encontrado no banheiro perto dos balcões de informações 10 e 11 do terminal 1. A polícia agiu imediatamente e evacuou os presentes da área, enquanto especialistas em bombas fizeram a explosão controlada do pacote”, explicou um porta-voz da SEA, empresa que opera o aeroporto. Correio Braziliense
CIA IGNOROU ALERTA DE PAI DE SUSPEITO DE BOMBA EM AVIÃO
O pai do nigeriano acusado de tentar explodir um avião que fazia a rota Amsterdã-Detroit na sexta-feira falou a um funcionário da CIA sobre a sua preocupação com a radicalização do filho e um relatório sobre o rapaz foi preparado, mas as informações não circularam fora da agência, informou uma fonte à CNN. Se a informação sobre Umar Farouk AbdulMutallab fosse divulgada, a tentativa de detonar uma bomba durante o voo poderia ter sido evitada, afirmou a fonte. Na noite de terça-feira, o presidente dos EUA, Barack Obama, reconheceu, num breve pronunciamento, que houve falhas sistêmicas no compartilhamento de informações que poderiam ter evitado o ataque . O americano prometeu aumentar as medidas de segurança já que, segundo ele, o sistema em vigor nos últimos anos não tem mais se mostrado eficaz.
Membros do governo americano disseram que o pai do acusado, um ex-banqueiro nigeriano, falou sobre a radicalização do filho durante, pelo menos, uma reunião e diversas ligações para a Embaixada americana na Nigéria. (Nigeriano estava em lista britânica de suspeitos)
A informação passada pelo pai foi levada à sede da CIA em Langley, na Virgínia, mas permaneceu no mesmo lugar por cinco semanas, não sendo divulgada para outros agentes.
- Quando nosso governo tem informações sobre um conhecido extremista, e essa informação não é compartilhada nem recebe uma ação conforme deveria ter sido, de modo que este extremista embarca em um avião com explosivos perigosos que poderiam ter custado quase 300 vidas, uma falha sistêmica ocorreu, e considero isso totalmente inaceitável - disse Obama no Havaí, onde passa férias.
Um membro do governo que não quis se identificar disse que os EUA tinham informação que deveriam ter sido avaliadas e acrescentadas a outros elementos "que poderiam nos permitir impedir um ataque terrorista" antes de o suspeito embarcar no avião.
A edição de terça-feira do jornal "Washington Post" informou a quantidade de explosivos carregada por Farouk poderia ter causado um rombo na aeronave , caso a sua explosão não tivesse apresentado falhas. Segundo o diário, o nigeriano levava quase duas vezes mais explosivos do que Richard C. Reid, o terrorista do sapato-bomba, que tentou explodir em 2001 um avião que fazia a rota Paris-Miami.
Na segunda-feira, uma divisão da a l-Qaeda na península arábica admitiu estar por trás da tentativa de explodir o avião. Em comunicado publicado em sites islamitas, o grupo identificou o acusado de tentar explodir o avião como Umar Farouk al-Nigiri (o nigeriano) e disse que o ataque era uma resposta aos ataques dos Estados Unidos ao grupo no Iêmen. O Globo - Agências internacionais
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