É uma mudança de Regime o que está chegando ao Irã?

MOVIMENTOS MILITARES COMEÇAM A SE APRESENTAR EM APOIO À REVOLUÇÃO DO POVO

A proteção e o poder de fogo, por alguns grupos de militares, podem ser o sinal de uma mudança num momento crítico para o povo iraniano, que por lei não pode possuir armas.



Desde 12 de junho depois das fraudulentas eleições presidenciais na República Islâmica do Irã (IRI), uma oposição cada vez mais encorajada, o movimento verde, levantou-se para exigir a derrubada do IRI. O movimento verde se recusa a desistir de lançar grandes protestos nas ruas de Teerã, Qum, Isfahan e outras grandes cidades iranianas. Tudo isso está ocorrendo, apesar da violência causada a milhares de opositores do regime pelos valentes mullahs e pelo Presidente Ahmadinejad. Mais de 15 foram mortos em confrontos com os serviços de segurança iranianos, incluindo o sobrinho do candidato presidencial reformista Mir Mouhammed Mousavi, e o ex-primeiro-ministro do IRI. Além disso, diversos líderes dissidentes foram presos. Algo importante está sendo gestado no Irã – e possivelmente a revolução. Por Amil Imani com Jerry Gordon

Com o ano se encerrando, os protestos estão crescendo. Começaram com o Dia do Estudante. Então, dezenas de milhares de pessoas aproveitaram a ocasião do funeral do aiatolá Montazeri para demonstrar sua determinação em acabar com a cabeça do império do Supremo Conselho de Governo, o aiatolá Khamanei, e seus fantoches, o Presidente Ahmadinejad. O final de semana sangrento de 2009 testemunhou o vacilante regime do IRI adotar medidas de segurança sem precedentes para prevenir luto público e as celebrações do dia da sagrada Ashura xiita. A Polícia, a Guarda Revolucionária e os paramilitares Basiji cobriram Teerã, em uma vã tentativa de sufocar as manifestações públicas. Eles fracassaram. Uma multidão massiva de pessoas de todas as classes em Teerã e em outras grandes cidades desafiou a proibição, apesar das advertências de que os infratores seriam tratados sem piedade. Como foi relatado no artigo do Der Spiegel, que os manifestantes gritavam: "Vamos lutar, vamos morrer, vamos reconquistar nosso país". Havia imagens de vídeo enviadas através da Internet pelos manifestantes envolvidos nas batalhas de rua com as forças Basij.

Agora, há relatos de que elementos das Forças Armadas iranianas podem ficar ao lado da oposição em apoio a uma república laica. Jane Jamison no American Thinker observou em um relatório:
"Movimentos militares iranianos em apoio à revolução do povo”:

É difícil de verificar, mas facções do Exército iraniano podem estar infringindo ordens para se juntar à causa do povo. Um grupo que se autodenomina “Armadas Nacional Iraniana, Forças da Resistência” (Niru) publicou um comunicado em um site iraniano de protesto, no final do dia, depois de muita violência.

“Nós, um número de oficiais, soldados e pessoal das Forças Armadas da República Islâmica do Irã, declaramos nossa disposição para a ascensão da defesa armada de nosso país contra as forças do crime, ilegítima transgressão, e da ocupação do atual Governo do Irã; e por este meio informar aos nossos irmãos e irmãs que servem nas forças de segurança armadas do Irã, convidá-los a se unirem a nós, neste ato moral e nacional. Um pedido especial de apoio e de cooperação vai para os nossos irmãos da Polícia Militar.

O Niru diz que tem a intenção de assegurar a rádio e a televisão iranianas, o Parlamento e os tribunais, que realizará eleições municipais e referendos dentro de 3 meses, novas eleições presidenciais dentro de 9 meses, e que irá dissolver a assassina "Basij", policiais à paisana, e estabelecer uma nova força policial nacional.

A proteção e o poder de fogo, inclusive por alguns grupos de militares, podem ser o sinal de uma mudança num momento crítico para o povo iraniano, que por lei não pode possuir armas.

Tudo isso ocorreu apesar da tirania imposta pelos Basij - invisíveis paramilitares da Guarda Revolucionária, e do regime de detenção da polícia secreta que golpeou e torturou os estudantes da oposição e líderes políticos. Tudo isso em meio a tentativas vãs de impedir que as notícias da revolução iraniana, emergente, alcançassem o mundo por telefone celular e internet.

Alguns observadores sugeriram que a versão apocalíptica do islamismo xiita defendida pelos mullahs no poder, em última instância poderá finalmente ser condenada à lata de lixo da história, se essa revolução de fato ocorrer.

O autor deste material Amil Imani, escreveu muito mais. Você pode continuar a leitura
aqui, no Analyst-metwoork, em inglês. Tradução parcial de Arthur para o MOVCC

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