
- Obs: a foto que ilustra o tópico foi pega no Reinaldo. Ela foi publicada ontem na Folha de Londrina. O nome do filme que estava sendo exibido: “Lula, O Filho do Brasil“.
O que alguns estranharam é que nosso popular presidente declarou que “assinou sem ler”, mas quem acompanha seus incontáveis discursos de improviso recheados de metáforas e palavrões vai lembrar sua declaração mais bombástica, de que “ler dá sono e ele prefere ver bobagens na televisão”. Então, lógico que ele não iria ler as mais de 70 páginas da salada montada pelo trio de ouro Dilma, Tarso e Vannuchi, e deu no que deu.
Mas vejamos o que conseguiu fazer o trio de ouro. No decreto, não lido pelo autodidata, misturam religião, aborto, invasão de terras e, pasmem, revisão da anistia, atos de fazer inveja ao bolivariano Chávez, comandante verborrágico que conseguiu quebrar a antes próspera Venezuela. Se essas medidas fossem implementadas, teríamos consequências funestas nas relações institucionais, com a criação de verdadeiros comitês de inquisição para queimar em praça pública as bruxas do passado, lógico que devidamente aparelhados pela esquerda interessada, fazendo uma análise criteriosa, procurando investigar o lado que interessa aos trotskistas tupininkins, que consideraram o terrorismo justificável por ter sido por uma causa ideológica (sic).
No esteio desta caldeirada de horrores, ficam algumas pérolas dignas de registro e comentário, que vão desde a reedição da censura aos meios de comunicação, talvez para salvar a TV do Lula, que amarga poucos traços no Ibope. Temos ainda a proibição de símbolos religiosos em locais públicos, o que poderia gerar algum movimento para a destruição do Cristo Redentor, que está em um local público, entre tantos outros símbolos que demonstram a religiosidade do brasileiro que estariam em perigo pela mão dos ateus da hora. O item que põe em risco a propriedade privada é de uma ousadia invejável, talvez só o eterno Fidel tenha feito melhor em sua paupérrima ilha. E a consagração foi a inclusão da descriminalização do aborto, assunto muito controverso, que deveria ser muito bem discutido com a sociedade, mas sem dizer se o aborto seria coberto pelo SUS, ou pelos planos de saúde. Pelo SUS sabemos da dificuldade de acesso para um parto, imaginem um aborto. Mas as verdadeiras intenções dos idealizadores era fazer um decreto para agradar aos companheiros que reclamam um reencontro com o passado e uma desforra política. Apenas incluíram assuntos secundários para desviar a atenção, bem típico dos regimes autoritários. * Cirurgião-dentista - Zero Hora
Se você quiser ler a matéria do Reinaldo Azevedo, onde ele se diverte patrulhando o Jabor - que adorou o filme do Lula, clique aqui
Um comentário:
Nem os petistas viram o filme de Lula
Os petistas não podem atribuir à grita da oposição o fracasso de Lula, o Filho do Brasil. Segundo o último levantamento feito pela direção nacional do partido, hoje o PT tem 1 388 617 filiados. Por outro lado, pelas contas da inústria cinematográfica, até ontem menos de 700 000 pessoas viram o filme.
Isso significa que mesmo se todas as pessoas que foram aos cinemas fossem filiadas ao PT - o que, obviamente, está longe de ser verdade - ainda assim nem metade dos militantes do partido teria se disposto a sair de casa para ver a saga de seu presidente.
Por Lauro Jardim - Veja Online
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