“O Obama já disse que eu sou o cara”, gabou-se Lula na inverossímil reunião com sindicalistas em que Dilma Rousseff reduziu o exílio a ato de covardia e o presidente da República anunciou que se afastaria por algumas horas do palanque para ensinar o novato ianque a lidar com o Irã. Decolou tão invocado quanto naquele dia em que ordenou a George Bush que proibisse a crise econômica de cruzar o Atlântico. Viajou tão grávido de autoconfiança quanto na excursão que lhe permitiu resolver a crise do Oriente Médio. E pousou em Washington pronto para ministrar à turma presente ao debate da questão nuclear outro curso intensivo de diplomacia moderna.
Avisou que queria uma conversa na Casa Branca sem hora para terminar. Depois de muita insistência, conseguiu 15 minutos, divididos com o companheiro Recep Tayyip Erdogan, primeiro-ministro da Turquia. Forçado a repartir o o tempo, teve de conformar-se com sete minutos e meio. Como não fala sequer boa tarde em inglês, os intérpretes engoliram metade do diálogo. Como Obama ocupou dois minutos da conversa com Lula, o mais falante dos presidentes precisou comprimir em um minuto e 15 segundos a discurseira em favor dos trapaceiros atômicos do Irã. Por Augusto Nunes - Veja Online
“Obama não vê nenhum problema em que se tente uma solução negociada”, mentiu à saída da curtíssima reunião o chanceler Celso Amorim. Nem terminara a frase quando o presidente americana informou que as sanções aplicadas ao regime dos aiatolás serão ainda mais severas do que se previa. Lula recolheu-se à mudez dos perplexos: ele começa a descobrir só agora que foi o tradutor, e não Obama, quem disse que ele era o cara. Ao inquilino da Casa Branca, um minuto bastou para penitenciar-se, de novo, por ter sido gentil com o cara errado.
Pena que a conversa tenha sido tão breve. Se durasse meia hora, tanto Obama quanto Erdogan descobririam que, para Lula, todos os árabes são turcos. Inclusive os persas do Irã.
Um comentário:
Olhe, não dá nem para comentar!
AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH!!!
Postar um comentário