Do UOL Notícias* Com agências internacionais
Em São Paulo
A frota de seis barcos tinha pelo menos 750 pessoas a bordo; veja mais fotos
Israel afirmou nesta segunda-feira (31) na ONU que "não há crise humanitária em Gaza" e acusou a frota de ativistas que tentou entregar víveres aos palestinos de ter outros objetivos.
"Apesar de os meios de comunicação terem apresentado a frota como uma missão humanitária para entregar ajuda a Gaza, ela não tinha nada de humanitária", disse o representante israelense na ONU, Daniel Carmon.
"Não eram ativistas pacíficos nem mensageiros da boa vontade. Utilizaram cinicamente uma plataforma humanitária para enviar uma mensagem de ódio e implementar a violência".
O embaixador israelense, cujo país não integra atualmente o Conselho de Segurança da ONU, foi autorizado a falar na reunião de emergência convocada depois do ataque de seu país contra a frota de ativistas.
Segundo Carmon, "não há crise humanitária em Gaza". Completou que esse território "é ocupado por terroristas que expulsaram a Autoridade Palestina mediante um violento golpe e que introduzem armas, incluindo por via marítima".
"Os resultados dos eventos da noite são trágicos e desafortunados, e Israel lamenta a perda de vidas inocentes", disse o embaixador. "Mas (o país) não pode passar por cima de sua própria segurança".
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas está reunido hoje em uma sessão de emergência para discutir o ataque de Israel contra o comboio de navios que levavam ajuda humanitária a Gaza.
O Conselho, órgão máximo de decisões das Nações Unidas, está reunido desde as 13h (horário de Brasília), a pedido da Turquia e do Líbano, país que exerce a presidência temporária do órgão. A Turquia, país predominantemente muçulmano, é membro temporário do Conselho de Segurança da ONU.
A reunião começou com uma breve sessão de consultas a portas fechadas e deve ser seguida por um debate público.
"Ressaltamos a importância de que se produza uma investigação completa sobre o ocorrido", disse o secretário-geral adjunto da ONU para Assuntos Políticos, o argentino Oscar Fernández Taranco, em seu discurso no Conselho de Segurança.
A Marinha de Israel atacou nesta segunda-feira uma frota de seis embarcações com ativistas pró-palestinos que tentavam furar o bloqueio à faixa de Gaza e entregar suprimentos à região.
Segundo a TV israelense, no mínimo 19 pessoas teriam morrido na ação. Em entrevista à rádio do Exército, o ministro da Indústria e Comércio de Israel, Binyamin Ben-Eliezer, disse lamentar as mortes. Mas um porta-voz militar de Israel afirmou mais tarde que as mortes pelo ataque chegam a 9.
Segundo ativistas, os barcos estavam em águas internacionais, a mais de 60 quilômetros da costa.
Os barcos, organizados pela ONG Free Gaza, levavam 750 ativistas e cerca de 10 mil toneladas de suprimentos para a faixa de Gaza.
Imagens da TV turca feitas a bordo do barco turco que liderava a frota mostram soldados israelenses lutando para controlar os passageiros.
As imagens mostram algumas pessoas, aparentemente feridas, deitadas no chão. O som de tiros pode ser ouvido.
A TV árabe Al-Jazeera relatou, da mesma embarcação, que as forças da Marinha israelense haviam disparado e abordado o barco, ferindo o capitão.
A transmissão das imagens pela Al-Jazeera foi encerrada com uma voz gritando em hebraico: "Todo mundo cale a boca!".
A frota de seis embarcações havia deixado as águas internacionais próximo à costa do Chipre no domingo (30) e pretendia chegar a Gaza nesta segunda-feira (31).
Israel havia dito que bloquearia a passagem dos barcos e classificou a campanha de "uma provocação com o intuito de deslegitimar Israel".
O porta-voz do Exército israelense, general Avi Benayahu, afirmou que o ataque contra a frota humanitária pró-palestina aconteceu em águas internacionais.
"O comando agiu em alto mar entre 4h30 e 5h, horário local, a uma distância de 70 a 80 milhas (130 a 150 km) de nossa costa", afirmou o general à rádio pública.
* Com agências internacionais
Um comentário:
Sou a favor de Israel. Todos os ativistas sao da esquerda Internacional. Foram com intuito de provocar Israel. Aqui na Alemanha,saiu foto na TV,de duas mulheres alemas do Link Partei ,e de um homem.O Link Partei é pró Palestina e terroristas.Contra Israel.
Estranha essa estória.
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