Traficante obteve notas acima da média

Fernandinho Beira-Mar ficou entre os candidatos com as melhores pontuações no exame nacional para concluir ensino médio

Cerca de 470 mil candidatos prestaram a mesma prova feita por Beira-Mar, em 2008; avaliação utilizou metodologia "antichute"

DA REPORTAGEM LOCAL
O traficante Fernandinho Beira-Mar ficou entre os candidatos que obtiveram as melhores notas numa prova federal que concedeu diplomas do ensino médio (antigo colegial) a pessoas com mais de 18 anos.
Conforme o boletim do traficante no Encceja (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos), obtido pela Folha, Beira-Mar só ficou com nota dentro da média nacional dos alunos no exame de redação.
O traficante teve pontuação acima dos demais em linguagem (português); matemática; ciências humanas (história, geografia, filosofia e geografia); e ciências da natureza (biologia, física e química).
O melhor desempenho de Beira-Mar foi em linguagem (português), área que ele obteve 140 pontos e se colocou num patamar no qual só 6,5% dos candidatos atingiram. Folha Online

A nota predominante nessa área ficou entre 100 e 120, resultado obtido por 41% dos candidatos.
Na área de matemática, o desempenho de Fernandinho Beira-Mar foi 157. O resultado predominante também ficou entre 100 e 120.

O exame foi voltado a qualquer pessoa que não concluiu o ensino médio até os 18 anos. Quem atingiu a nota mínima (100 pontos em cada área e 5 na redação) obteve o diploma.
Cerca de 470 mil candidatos prestaram a mesma prova feita por Beira-Mar, em dezembro de 2008, que contou com 120 testes e redação. A avaliação utilizou metodologia que evita "chutes" -perdeu pontos o candidato que acertou muitas questões difíceis e errou as fáceis, um indício de acertos aleatórios. A estrutura da prova serviu de base para a reformulação no ano passado do Enem.
São utilizadas questões semelhantes e o mesmo mecanismo "antichute", chamado TRI (Teoria de Resposta ao Item).
Após a reformulação, o Enem substituiu o Encceja e passou a certificar alunos sem diploma. (FÁBIO TAKAHASHI E MARIO

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