UE diz que acordo nuclear do Irã não responde todas as dúvidas

da Efe, em Madri (Espanha)
da Reportagem Local


O acordo nuclear assinado nesta segunda-feira entre Brasil, Turquia e Irã não acalmou a preocupação internacional pelo controverso programa nuclear iraniano. Um porta-voz da chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, afirmou que o documento "não responde a todas as inquietações" da comunidade internacional.

"O anúncio feito nesta segunda-feira pode constituir um passo na direção correta, caso sejam confirmados os detalhes do acordo, mas isto não responde a todas as inquietações sobre o programa nuclear de Teerã", declarou o porta-voz.

Já o presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, exigiu que o Irã "tranquilize" à comunidade internacional e prove que não tem ambições militares nucleares.

"Estamos muito preocupados com relação ao programa nuclear do Irã", advertiu Rompuy, em entrevista coletiva após a cúpula da União Europeia e Chile. Folha Online

"O Irã até o momento se negou a ter discussões sérias relacionadas a seu programa nuclear", queixou-se, acompanhado pelo presidente do Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e o presidente do Chile, Sebastián Piñera.

Rompuy afirmou que a UE está disposta a dialogar sobre o programa nuclear iraniano, mas o Irã rejeita a oferta, assim como fez com as propostas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

"Após todas as complicações e confusões, pois o Irã introduziu muitas complicações nos últimos seis meses, seria conveniente que respondesse por escrito à Agência Internacional de Energia Atômica em Viena", especificou.

O Irã assinou na manhã desta segunda-feira, ao lado de Brasil e Turquia, o acordo de troca de urânio pouco enriquecido por combustível nuclear negociado neste fim de semana.

O acordo determina que o Irã envie 1.200 quilos de seu urânio enriquecido a 3,5%, em troca de 120 quilos de urânio enriquecido a 20% na Rússia ou França --suficiente para a produção de isótopos médicos em seus reatores e muito abaixo dos 90% necessários para uma bomba. O urânio enriquecido seria devolvido ao Irã no prazo de um ano.

A troca acontecerá na Turquia, país com proximidades com Ocidente e Irã, e sob supervisão da AIEA e vigilância iraniana e turca.

O documento, um marco nas negociações sobre o controverso programa nuclear de Teerã, ainda é visto com ceticismo por Israel e pelas potências ocidentais.

Muitos duvidam que um país como Irã, que desafia as sanções do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) e resiste a permitir examinadores internacionais em suas usinas nucleares, vai se ater aos termos do acordo.

O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou em Teerã que o acordo não foi discutido com as potências, mas cumpre as determinações da proposta mediada pela AIEA, em outubro passado, e que o Irã rejeitou.

O governo da Alemanha destacou nesta segunda-feira que nada pode substituir um acordo entre Teerã e a AIEA.

'Continua sendo importante que Irã e AIEA cheguem a um acordo", declarou o porta-voz adjunto do governo da Alemanha, Christoph Steegmans. "Isto não pode ser substituído por um acordo com outros países".

2 comentários:

bellzinham@hotmail.com disse...

Mais uma palhaçada e o Brasil novamente paga por um mico gigantesco graças a arrogancia e a petulancia do galo velho e cego que insiste em cantar em puleiro alheio.
Até agora nenhum país sério reconheceu o pseudo acordo firmado entre Irã,Turquia e Brasil.Em cada pulo do sapo gordo, mais lama ele joga na cara do Brasil.

Anônimo disse...

Eu tenho uma sugestäo para o acordo nuclear que o Mollusco fez com Iran, se o Iran nao obedecer ele oferece a cabeca para ser enforcado no Ira.Que tal ?