Lucas Ferraz
Folha Online
"O PT sacrifica seus interesses regionais a favor da candidatura nacional. O PSDB faz exatamente o contrário", afirmou César Maia.
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A resistência do DEM quanto ao nome do senador tucano Álvaro Dias como vice na chapa de José Serra (PSDB) à disputa presidencial levou o presidente do PPS, Roberto Freire, a reclamar da postura dos colegas demistas.
De acordo com Freire, cujo partido é um dos aliados do PSDB na oposição, a postura do DEM "só ajuda os adversários" e cria um "problema de relacionamento" desnecessário.
"Para que criar um problema desse? Se tivesse um vice como o Aécio Neves, tudo bem, mas o nome do Álvaro é o melhor a que chegamos", diz Freire, que acha o senador do Paraná como um bom nome para ser vice de José Serra.
"Acho muito estranho essa história de se exigir a vice-presidência. Até parece que eles [o DEM] não estão querendo construir nada", completou o presidente do PPS.
O DEM aceitava uma chapa puro-sangue desde que o candidato a vice fosse o ex-governador de Minas, Aécio Neves, que desistiu do cargo e vai concorrer ao Senado. O partido, cujo executiva nacional se reúne na próxima quarta, ameaça não se coligar com o PSDB.
O ex-prefeito do Rio César Maia (DEM) pai do atual presidente da legenda, Rodrigo Maia, criticou a indicação do PSDB no Twitter. Segundo ele, nenhum presidente da República foi eleito, após 1945, em uma chapa formada por um só partido. "Será agora?", indagou ele.
"O PT sacrifica seus interesses regionais a favor da candidatura nacional. O PSDB faz exatamente o contrário", afirmou César Maia.
Um dos mais próximos auxiliares de Serra e seu ex-secretário no governo de São Paulo Aloysio Nunes Ferreira defendeu o nome de Álvaro Dias, considerado por ele "uma boa pessoa", e disse acreditar que as resistências do DEM vão diminuir. "Acho que, no final, as coisas vão serenar", declarou.
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