(Karina Di Nubila) - VEJA ELEIÇÕES
Se ainda havia alguma dúvida sobre o papel reservado a Indio da Costa na campanha de José Serra, o corpo-a-corpo que os dois candidatos fizeram na tarde desta quarta-feira em Jacarepaguá trata de esclarecer: o vice de Serra está disposto a comprar brigas, assumir polêmicas e não deixar arrefecer discussões que incomodem e desgastem Dilma e o PT. Enquanto Serra distribuía sorrisos na zona oeste carioca, Indio voltou a atacar a relação entre o Partido dos Trabalhadores e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
“Uma pergunta que não foi respondida pela Dilma, e ela tem que esclarecer: o PT tem ou não tem ligação com as Farc?”, provocou, para, em seguida, estabelecer uma conexão ainda mais danosa à imagem da candidata. “Qual é a opinião da Dilma sobre isso? Veja só: o PT e as Farc; as Farc e o narcotráfico; o narcotráfico e o Rio de Janeiro, com o Comando Vermelho demonstrando indícios muito claros de relacionamento com a guerrilha. Será que ela acha que tem algum problema nesta relação?”, disse Indio.
O candidato a vice disse não temer ser processado pelo PT por causa das declarações recentes sobre o partido e o narcotráfico. E negou, também, que esteja baixando o nível da campanha. “Chega a ser ridículo eles falarem sobre processo e em baixar o nível da campanha. Ela acha que é legal quebrar sigilo bancário e fiscal do cidadão brasileiro? Isso não é baixar o nível da eleição?”, perguntou, fazendo referência à violação de dados do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira. Serra chamou a quebra violação de sigilo de “crime contra a constituição brasileira”.
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