Por Franklin Jorge
O último programa de José Serra (PSDB) atingiu uma culminância, em matéria de biografia e qualidade. Construído sobre fatos reais – a atuação do candidato como deputado federal, ministro de estado, prefeito e governador de São Paulo -, mostrou-nos um Serra convincente e tranqüilo, apesar do momento terrível que atravessa, em sua vida familiar e política, em conseqüência da abominável estratégia fascista adotada pela campanha de sua principal adversária, de intimidação e quebra de princípios democráticos; e, também, por causa da covardia de alguns correligionários seus que, temendo a popularidade do presidente Lula, deixaram-no ao deus-dará ao procurar se despregar da sua notável figura de homem íntegro e trabalhador. Preferiram um demagogo populista e beberrão, sem pensar nas conseqüências que essa abstenção representará para o futuro do Brasil em termos de obscurantismo e iniqüidade, de retrocesso democrático e ético.
José Serra tem 40 anos de vida pública e uma biografia impecável. Poucos políticos brasileiros trabalharam tanto pelo País, de maneira séria e sem promessas vazias. Criou o Pró-emprego e um Plano econômico para o Nordeste com a construção de açudes e investimentos em saúde, a Bolsa Alimentação (que aperfeiçoada por Lula se transformou na Bolsa Família), o seguro-defeso para os pescadores, quebrou a patente dos medicamentos e criou o genérico, o remédio gratuito entregue em casa, urbanizou favelas, construiu 60 mil casas e deixou outras 60 mil em construção, entre muitas outras coisas que me dispenso de citar porque qualquer um pode fazê-lo, acessando a internet.
Presidente, faz parte do seu plano a criação de um cadastro nacional de criminosos como parte de uma política de combate ao crime organizado e a disseminação das drogas, um assunto que faz parte das preocupações dos brasileiros que a cada dia estão se familiarizando mais com a violência que decorre do crime organizado e da transformação do Brasil, sob o governo do presidente Lula, na mais importante rota do narcotráfico na América Latina. Serra não disse, mas todos sabem que o presidente confraterniza com as drogas através de suas ligações com Elvo Morales, Hugo Chávez e as Farc, a força pseudo revolucionária financiada pelo narcotráfico.
Serra estava muito à vontade em meio ao povo que o recebeu de braços abertos, ao depor sobre a qualidade de suas ações como gestor e o reflexo delas sobre suas vidas. Percebia-se claramente a espontaneidade das pessoas, flagradas nas ruas, ao contrário do programa de Dilma que, como a própria, não esconde ser o resultado de um acurado trabalho de laboratório.
Dilma (PT) teve dois momentos, o da candidata que quer faturar politicamente posicionando-se contra as drogas todos sabem, como escrevi acima, faz parte de um governo que compactua com o narcotráfico através de amigos suspeitosos. Quem não se lembra da foto de Lula, ao lado de Morales, exibindo no pescoço um colar confeccionado com folhas de coca?
Executora da boa fé dos brasileiros, Dilma é um vaso vazio que faz muito barulho, mas não comunica nenhuma sinceridade e, mesmo assim, já se considera vitoriosa e já compõe antecipadamente o seu ministério. Esquece a afilhada de Lula que o homem que vendeu a pele de um leão ainda com vida, pereceu na caça.
E, por falar nisso, não posso deixar de referir-me ao programa anterior, quando Dilma apresentou biblioteca em Brasília e hospital na Bahia bem equipados, dando a entender ao espectador incauto que tudo estava funcionando a contento. Pois bem, ontem, foi desmascarada no programa de Serra: a biblioteca, pertencente à Universidade, está fechada há seis meses, segundo o depoimento dos próprios universitários; e o hospital, segundo o povo baiano, não funciona, pois não tem corpo médico… Em ambos os casos, os brasileiros ouvidos mostraram-se indignados com a armação desse governo que parece especializado em fraudar a boa fé.
Dilma, a favor do aborto e do amordaçamento da imprensa que é em toda a parte a tribuna dos povos livres, exceto sob os governos ditatoriais e totalitários, como os que vigoram em Cuba de Fidel, no Irã de Ahminadejad, na Venezuela de Chávez etc, onde os cidadãos vivem sob tiranias que só contemplam o ódio; Dilma, a candidata que participou do mais sanguinário grupo de guerrilheiros que matou e assaltou bancos, fala em segurança e em respeito aos ser humano. Porém, quem a conhece e sabe a sua história sabe que se trata de uma fraude e, mais do que isso, de uma terrível ameaça à democracia. Eleita a primeira presidente do Brasil, essa temível dama fará com que as crianças mamem as lágrimas das mães.
Como diria a pobre e digna Rainha Margarida (obrigado, Shakespeare!) encerro estas linhas com os olhos e ouvidos cansados, depois de ver e ouvir o que cada um disse e mostrou no último programa eleitoral. Porém, quando meus dedos também o estiverem, dir-vos-ei, até logo; e assim me ajoelharei diante de todos, mas de fato para rogar por este País.
Um comentário:
Não adianta mostrar ao povo a biografia de Serra nem tampouco campanha de nível contra os bandidos.
Tem que mostrar o caso Erenice Guerra, a gang que está apoiando Dilma, a miséria que está no norte e nordeste, enfim, coisas que o povo desdentado não sabe. Tem que partir para o ataque e deixar de fazer campanha para o PT.
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