Por Júlio ferreira
Nada como um 11 de Setembro para evidenciar como os norte-americanos, mesmo sendo a maior potência militar do mundo, borram-se de medo dos militantes islâmicos. Vejamos o episódio em que um aloprado religioso dos Estados Unidos, o pastor Terry Jones, para protestar contra construção de uma mesquita muçulmana em Nova York, nas proximidades de onde ficavam as torres gêmeas, destruídas pelo atentado perpetrado pela Al-Qaeda, em 2001, ameaçou queimar exemplares do Alcorão em praça pública. O mundo quase veio abaixo! Enquanto de um lado líderes muçulmanos protestavam de forma histérica, do outro, influentes personalidades dos Estados Unidos, inclusive o próprio presidente Barack Obama, só faltaram suplicar para que o pastor Terry Jones desistisse da idéia, temendo que, em represália, cidadãos norte-americanos fossem alvo de retaliações. Parece brincadeira! Se queimar exemplares do Alcorão causa tamanha ofensa aos muçulmanos, o que dizer de bandeiras dos Estados Unidos sendo queimadas quase que diariamente por fanáticos religiosos, nos mais diversos países islâmicos. Sabe aquele negócio de pimenta nos olhos dos outros é refresco? Pois é! Na hora que fanáticos islâmicos queimam bandeiras e/ou praticam atos de terrorismo, por mais insanos e covardes que sejam, esses mesmos líderes muçulmanos, que agora se alvoroçam em fingida indignação, pretensamente na defesa de princípios religiosos, são incapazes de condenar, com a devida veemência, os dementes terroristas que aviltam sua religião, manchando-a com o sangue de inocentes.
Um comentário:
Primeiramente, parabéns pelo site, pela descrição parece bem interessante e um espaço que deve chamar atenção para algumas coisas comumente negligenciadas. Duas perguntas:
Como deve proceder um muçulmano que quisesse protestar com veemência necessária para se fazer notar pela grande mídia e assim ser largamente visto pela população?
Os católicos fizeram algo similar quanto aos escândalos de pedofilia? Não vejo a mesma cobrança dos católicos, líderes ou praticantes, em protestar contra a pedofilia. Parece não haver a assunção implícita de que é uma espécie de dever deles, ou de que, ao se manterem em relativo silêncio, uma condenação mais pessoal, sem procurar chamar grande atenção da mídia, compactuariam com a pedofilia.
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