VERA ROSA, ENVIADA ESPECIAL - Agência Estado
A candidata do PT à Presidência, Dilma Roussef, disse hoje discordar das afirmações feitas no passado pelo deputado Ciro Gomes (PSB-CE), que classificou o PMDB como um "ajuntamento de assaltantes". Pouco antes de participar de um comício em Goiânia com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma tentou amenizar o mal-estar entre o PMDB e Ciro. "Às vezes a pessoa exagera um pouco na fala. Não vamos criar um caso pelo que passou, até porque estamos em um outro momento", afirmou a candidata do PT.
Atualmente um dos coordenadores da campanha de Dilma, Ciro chegou a dizer que o candidato a vice-presidente na chapa petista, Michel Temer (PMDB-SP), era o chefe de uma "turma de pouco escrúpulo". Dilma defendeu Temer e afirmou que Ciro estava "magoado" quando fez as declarações porque teve de abdicar de sua candidatura à Presidência. "Tenho um vice que é motivo de orgulho. Se eu for eleita e se tiver que me afastar do governo, fico tranquila."
Digite aqui o resto do postDilma negou que esteve escondendo Temer dos comícios e da propaganda eleitoral de TV e disse não ter problemas com o PMDB. "Espero que o Temer apareça nas próximas propagandas", afirmou a petista, ao lado do ex-prefeito da capital goiana, Iris Rezende, hoje candidato do PMDB ao governo do Estado.
Depois do embate com os religiosos por causa da polêmica do aborto, Dilma tem insistido em pronunciar o nome de Deus toda vez que se refere à sua expectativa de vencer a eleição. Hoje não foi diferente. "Se graças a Deus eu for eleita no dia 31, um dos meus compromissos será a criação de emprego", prometeu a candidata do PT.
Tropa de Elite
Questionada sobre processo aberto contra ela durante o regime militar, Dilma disse que os arquivos estão disponíveis na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "Estão criando celeuma onde não existe. Não tenho qualquer problema com essa questão", disse.
Dilma também foi indagada sobre a nota do diretor do filme "Tropa de Elite 2", José Padilha, negando hoje ter assinado manifesto de apoio de intelectuais em apoio à candidatura da petista. Ela disse não ter pedido a adesão de ninguém. "Se ele não quer assinar, perfeitamente. Ele tem todo o direito de não assinar."
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