A ingerencia do deputado Fernando Mineiro (PT) sobre o Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Norte (Sindjor) deve ser encarada por todos com muita reserva. Formando nas fileiras de um partido que tem se esforçado para impor a censura aos meios de comunicação, através de medidas e projetos como o Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3), já subescrito pela ex-ministra Dilma Rousseff, Mineiro deu o primeiro passo numa direção que não prenuncia nenhum bem.
De maneira dissimulada e sob um pretexto aparentemente inofensivo, Fernando Mineiro colocou os dois pés dentro do Sindicato, dando inicio assim a uma forma sutil de instrumentalização de uma instituição que, embora tenha perdido a credibilidade no decorrer dos anos, ainda conta como órgão de classista de resquicios de representatividade, pelo menos no ambito legal.
A ingerencia do esperto petista sobre o Sindjor não pode ser considerada em absoluto inofensiva e sem consequencias. Não é fruto da boa fé nem da boa vontade de um parlamentar que se deu bem, apesar de ter obtido a reeleição com muita dificuldade e quase sem os votos necessários, apesar do empenho com que tem se mostrado no proscênio da política potiguar e em troca de apoios questionáveis, como o que fez dele um dos principais colaboradores da ex-governadora Wilma de Faria, que o eleitorado potiguar varreu da politica do Rio Grande do Norte no recente pleito.
É - o digo sem sobrosso nem temor - um passo decisivo em direção à implantação de um projeto muito caro ao Partido dos Trabalhadores, de amordaçamento dos meios de comunicação do país, nessa fase preparatporia e decisiva de legitimação, se podemos dizer desta forma, de um governo totalitário inspirado nas tiranias cubana, venezuelana e iraniana, inspiradoras do presidente Lula em sua guerra de guerrilha contra a incipiente democracia brasileira.
Esta semana, por exemplo, a deputada Rachel Marques, do PT cearense, conseguiu aprovar na Assembléia Legislativa daquele estado um projeto de lei que põe em prática as restrições impostas pelo PNDH3 e, sob a aparencia de legalidade, impõe a cnesura prévia à imprensa local, num flagrante ataque à democracia e à própria Constituição Federal que assegura ser livre em território nacional manifestação do pensamento. Trata-se de uma norma pétrea, ou seja, de um principio inviolável. E o que não pode deixar de chamar a atenção, a deputada petista obteve o apoio não apenas de seus pares, mas da totalidade dos membros do Sindicato de Jornalistas do Ceará, que amarraram o laço em torno do próprio pescoço…
Convém ficarmos de olhos eabertos e sentidos alertas para as futuras movimentações de Fernando Mineiro que, mineiramente, na calada, usando o seu mandato em defesa de uma cateogria desprestigiada, fez a sua estréia como defensor dos interesses da classe dos jornalistas norte-rio-grandenses, ou seja, botou o tacão do PT dentro do Sindicato da categoria.
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