A Editora Sarandi, cujo principal cliente é o Ministério da Educação, do qual o chefe é Lula, acaba de lançar a vida do companheiro em quadrinhos. O texto é de Toni Rodrigues, autor dos livros infantis, e os desenhos, do argentino Rodolfo Zalla. A Sarandi arranjou um bom pretexto para transformar Lula em personagem de gibi: o lançamento da coleção “História do Brasil em Quadrinhos”. Não há qualquer interesse em disfarçar o caráter oficialista do negócio. A saga termina afirmando que o futuro de Lula ainda é uma página em branco, sugerindo a sua volta. No arremate, uma mensagem do próprio, tratando a si mesmo como um símbolo do povo brasileiro. É uma cascata política autopromocional. Foram impressos 37 mil exemplares, a R$ 4,50 cada. Na última vez em que se decidiu transformar Lula em “produto cultural”, o resultado foi um fiasco: o filme “Lula, O Filho do Brasil”. O título do gibi segue a pegada da megalomania nacionalista: “Luiz Inácio Brasileiro da Silva”.
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