Publicado em Mídia Sem Máscara
Os governantes do Foro de São Paulo têm em mente dois passos claros: legitimar as FARC como partido político sem rótulo de terroristas e reconhecê-las como força beligerante com domínio, o que originaria uma guerra civil das FARC e dos comunistas latino-americanos contra a Colômbia.
Golpeadas as estruturas dirigentes, isoladas do mundo, sem indício de categorização política, as FARC e seus cúmplices nacionais e internacionais persistem, por todos os meios, para sair da lista de bandos terroristas. Os meios são audaciosos e demandam suma atenção do governo colombiano.
Para isso recorrem aos estabelecimentos de seu Plano Estratégico, à cumplicidade de Lula, Correa, Chávez e os demais mandatários servis de Fidel Castro, à propaganda gratuita que lhes fazem os "colombianos pela paz" e agora à jogada de mão dupla que pretende legitimar os terroristas e, ao mesmo tempo, re-legitimar a destituída senadora Piedad Córdoba.
É de se supor que o governo colombiano analisará com pinças cirúrgicas o oferecimento da libertação unilateral de cinco seqüestrados, com a brusca imposição de que este "gesto humanitário" será um desagravo à "agredida" pacifista.
A audaciosa proposta das FARC tem veneno implícito, pois busca obter rendimentos políticos e politiqueiros desde vários setores. Um, para avançar na legitimação do grupo terrorista com o apadrinhamento de Lula e da "compatriota" Dilma. Dois, para pressionar decisões jurídicas que devolvam a investidura de senadora a Piedad Córdoba, quer dizer, para que sirva de caixa de ressonância da estratégia do grupo terrorista e se legitime como a "porta-bandeira" da paz.
Três, para pôr o governo de Santos contra a parede, principalmente porque o "novo melhor amigo de Santos" faz parte da farsa, e assim Iván Márquez e os demais bandidos que vivem na Venezuela ficarão mais tranqüilos para continuar em contatos com o Movimento Bolivariano Clandestino e o governo chavista.
Quatro, para instigar os familiares dos demais seqüestrados a pressionar o presidente Santos para que ceda à negociação. Cinco, para evitar que a pressão militar do Estado Colombiano chegue aos acampamentos de Cano e de Catatumbo. Seis, para aliviar a pressão internacional que Correa e Chávez ainda não resolveram, derivada dos computadores de Raúl Reyes.
Sete, se antecipar a que o governo colombiano, que por politicagem e tropeços de falsa diplomacia, não quis trazer à luz pública os explosivos segredos dos computadores de Jojoy e Tirofijo, que por razões óbvias contêm todos os elementos para a morte política das FARC e de seus cúmplices.
Oito, a ousada proposta das FARC coincide com a época natalina, do mesmo modo que pretendiam há um ano quando seqüestraram e degolaram o governador de Caquetá, porém já contavam com a estultícia funcional de um bispo no Vaticano e a cumplicidade do governo argentino para publicar um filme propagandístico e buscar a legitimação política das FARC.
As reflexões anteriores obrigam o presidente Santos e sua chanceler Honguín a restabelecer a atitude submissa frente a Chávez e os demais cúmplices das FARC, pois se não se deram conta o anúncio de Lula, Kirchner e Mujica de reconhecer o "Estado Palestino", é uma mensagem clara e concreta para a Colômbia. Todos os governantes do Foro de São Paulo, comandados pela ditadura cubana, têm em mente dois passos claros:
Primeiro, legitimar as FARC como partido político sem rótulo de terroristas e segundo, reconhecê-las como força beligerante com domínio, o que originaria uma guerra civil das FARC e dos comunistas latino-americanos contra a Colômbia, com o apoio dos governos pró-terroristas do hemisfério. Os governos da Argentina, Brasil e Uruguai acabam de confirmar qual é a intenção das FARC e de seus cúmplices. Então, presidente Santos, chanceler Holguín, ministros do gabinete, congressistas da República, abram os olhos e não vão morder a isca. Apertem a ofensiva militar, política e diplomática contra as FARC. Está em jogo a liberdade, a ordem e a democracia.
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