Esqueceram de colocar as Farc que, possivelmente, devem estar atuando para tomar São Paulo. Não devemos nos habituar com esse inferno que estamos submetidos pelo bando de criminosos que orquestram o Brasil. Movcc/Gabriela
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Engenheiro Taveira, Araçatuba - O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) anunciou uma nova onda de ocupações no estado de São Paulo. Chamada de "Janeiro Quente", ela terá início a partir da segunda quinzena de janeiro, sem prazo para terminar. O objetivo é ocupar pelo menos 50 propriedades rurais nas regiões do Pontal do Paranapanema, Alta Noroeste, Noroeste e Alta Paulista.
O anúncio foi feito neste sábado pelo líder da ala dissidente do MST, José Rainha Júnior, após encontro com 1,5 mil líderes sem-terra, que se reuniram num circo armado no bairro rural de Engenheiro Taveira, em Araçatuba, a 535 km DCE São Paulo. Nas ocupações, o grupo de Rainha, que controla 12 acampamentos com 2,5 mil acampados, vai contar com ajuda de outros grupos de luta pela terra, como Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MTST), União dos Trabalhadores da Terra (Uniterra), Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) e sindicatos de trabalhadores rurais ligados à Central Única do Trabalhador (CUT), que também anunciaram participação nas ocupações.
A nova onda foi discutida e debatida nos acampamentos e assentamentos do MST nas últimas semanas. A intenção dos sem-terra é reivindicar para reforma agrária uma área de 92,6 mil hectares, na região do Pontal do Paranapanema, cujas terras foram consideradas devolutas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e por isso, no entendimento deles, devem ser destinadas para reforma agrária. Na gleba, chamada de 15º Perímetro, entre os municípios Teodoro Sampaio e Euclides da Cunha, estão instaladas dezenas de propriedades produtivas.
Além das fazendas, uma usina de açúcar e álcool da ETH Bionergia, do grupo Odebrecht, está dentro da gleba. "Esta usina está em terras consideradas devolutas pela Justiça e terras devolutas são para reforma agrária", afirmou declarou Rainha Júnior. Mas ele garantiu que o movimento não vai paralisar a linha de produção da usina. "Não sou louco de paralisar 3 mil empregos diretos", disse.
A ideia, segundo ele, é montar acampamento próximo da usina e chamar para negociação governos estadual e federal, donos da usina e MST. "Vamos propor que, em troca daquela área que eles ocupam ilegalmente, apresentem outra área para reforma agrária", diz. A mesma proposta, segundo ele, será feita aos fazendeiros da região, mas estes não ficarão livres das ocupações.
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