Quando os ratos começam a deixar o navio é aviso que há a iminência de um naufrágio, mas quando um rato dos grandes o faz é o prenúncio que o afundamento está muito mais próximo do que se pensa.
O metalúrgico Paulo Pereira a Silva tornou-se sindicalista e, em 1994, na presidência da Força Sindical, transformou-a na maior central sindical do setor privado do país, fato que lhe valeu o apelido com que é mais conhecido, Paulinho da Força.
Seu início na política foi um tanto burlesco, pois aceitou ser candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Ciro Gomes (2002). No ano seguinte filiou-se o PDT e, em 2004, foi derrotado ao tentar eleger-se prefeito paulistano, mas descobriu o caminho das pedras aliando-se ao PT, assim em 2006 e 2010 foi eleito com expressiva votação deputado federal (SP).
Durante sua ascensão política foi o símbolo da subserviência aos poderosos, um exemplo de puxa-saco, baba-ovo, capacho e todos os correlatos. Por esta proximidade também se tornou um corrupto de truz, envolvendo-se num esquema criminoso de desvio de verbas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Entre os anos de 2006 e 2010, ocupou o terceiro lugar na lista dos parlamentares ligados ao movimento sindical, que apresentaram maior variação patrimonial. Em 4 anos de mandato, o seu teve um aumento 493%. À sua frente aparecem os deputados Geraldo Magela (PT-DF) e Luiz Sérgio (PT-RJ).
É este pulha, que com a aliança, tornou-se um rato grande, sentindo que a economia nacional só tende a piorar, resolveu vingar-se do tempo quando tinha que chegar junto a presidente Dilma Rousseff, abanando o rabo como um vira-latas satisfeito e resolveu peitá-la, pois deixar o barco nesse momento lhe será politicamente vantajoso.
Diz sobre o assunto Dora Kramer: “Nota-se um evidente desconforto. No caso das centrais sindicais é mais do que isso: o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, com a grosseria que o notabiliza, desafiou a presidente da República.
Fez advertências públicas a Dilma Rousseff (‘cuidado, Fernando Henrique começou assim’), reclamou do tratamento considerado ‘distante’ por parte dela aos companheiros sindicalistas e considerou ‘nefasta’ a proposta do governo de reajustar a tabela do Imposto de Renda em troca de um salário mínimo de R$ 545 ou, no máximo, R$ 550”.
Dilma não pode reclamar, pois de ingênua não tem nada e, ao aceitar nos palanques eleitorais o apoio de Paulinho da Força, sabia de antemão o risco que estava correndo.
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