Milícia Nacional Bolivariana e Golpe de Estado na Venezuela

Milícia Nacional Bolivariana - 60 batalhões deste engendro já funcionam em Caracas

Esta excrescência veio oficializar legalmente a criação das Milícias Bolivarianas como um corpo armado paralelo, com direito a portar armas de modo permanente, comandar tropas e, sem haver cursado nenhuma academia militar, assumir funções dos oficiais da Aviação, do Exército, da Armada e da Guarda Nacional.

 Esta nova lei modifica totalmente o panorama político nacional, dotando o presidente do instrumento eficaz para “corrigir” qualquer erro dos eleitores. Segundo o texto, a reforma procura “conseguir a maior eficácia política e qualidade revolucionária na construção do socialismo”, quer dizer, diz expressamente que “a milícia tem a finalidade de maximizar a força e eficácia política do cidadão que está no poder, com vistas a uma modificação estrutural da sociedade”. 

 Texto Completo

Tradução e comentários - Graça Salgueiro
Mas o assunto de hoje é novamente a Venezuela e os desmandos absurdos do ditador psicopata de Miraflores, considerado “o mais novo melhor amigo” do traidor presidente Santos, da Colômbia, que não vi comentado em nenhum jornal nacional, e que ocorreu antes mesmo da lamentável tragédia da escola no Realengo. A propósito, recomendo enfaticamente o artigo do meu amigo Heitor De Paola, intitulado “Os ‘especialistas’ atacam novamente!”. Ainda sobre este tema, me doeu até as entranhas ver aquelas cenas de terror, e não me canso de ficar perplexa com o comportamento das “autoridades” (ou “especialistas”) sobre a investigação. 

É impressionante como os órgãos de segurança nacionais (PF, ABIN, GSI, etc.) descartam com uma ligeireza irresponsável uma investigação mais séria quando se fala em terrorismo no Brasil.

 O general Jorge Armando Félix (ex-GSI) fez isto com a denúncia de que as FARC financiaram a campanha do PT em 2002, a PF e os militares, de que as FARC têm bases e operam no território nacional (comprovadas depois minhas denúncias com o caso “Tatareto”) e agora com a possibilidade do assassino da escola do Realengo ter vínculos com terroristas islâmicos. A Polícia já descartou - SEM QUALQUER INVESTIGAÇÃO - a possibilidade de que havia relações entre o assassino e algum terrorista islâmico, afirmando tratar-se de “delírio” esquizofrênico do assassino e ponto final, não se fala mais nisso. 

A propósito, a revista “Veja” da semana passada trouxe em matéria de capa um estudo muito sério e grave a respeito dessas conexões aqui no Brasil, e nesta semana voltou a denunciar o mesmo tema envolvendo gente do PT com esses grupos. Por que então a covardia em enfrentar um problema que é real, e não delírio de meia dúzia de investigadores solitários? Fica aí o alerta.

No dia 21 de março último a “Gaceta Oficial” (o Diário Oficial da Venezuela) publicou mais uma emenda na LOFAN (Lei Orgânica das Forças Armadas Nacionais), onde Chávez vai cristalizando mais e mais o socialismo como regime de governo, cada vez mais idêntico ao cubano. Eu ia viajar dois dias depois e não pude comentar a respeito, e desde que voltei não foi possível atualizar o blog. Entretanto, o assunto continua absolutamente vigente e nos diz respeito também, conforme venho denunciando desde 2004.

Milícia Nacional Bolivariana - 60 batalhões deste engendro já funcionam em Caracas

Esta excrescência veio oficializar legalmente a criação das Milícias Bolivarianas como um corpo armado paralelo, com direito a portar armas de modo permanente, comandar tropas e, sem haver cursado nenhuma academia militar, assumir funções dos oficiais da Aviação, do Exército, da Armada e da Guarda Nacional. Esta nova lei modifica totalmente o panorama político nacional, dotando o presidente do instrumento eficaz para “corrigir” qualquer erro dos eleitores. Segundo o texto, a reforma procura “conseguir a maior eficácia política e qualidade revolucionária na construção do socialismo”, quer dizer, diz expressamente que “a milícia tem a finalidade de maximizar a força e eficácia política do cidadão que está no poder, com vistas a uma modificação estrutural da sociedade”. 

Segundo Chávez, “Em todos os bairros da Venezuela devem-se formar batalhões de milícia, com o objetivo de evitar que voltem a ocorrer situações negativas causadas pela oligarquia... Nós estamos obrigados a triunfar em todas as missões bolivarianas”. Segundo a Constituição, os militares não podem ter filiação política, que é exatamente o que esta reforma impõe na Gaceta Oficial de 21 de março. Quer dizer, Chávez desconhece a Constituição e se auto-intitula acima dela e das Leis, inclusive quando cita expressamente que esta reforma busca a “refundação da nação venezuelana”. 

Em seu Artigo 5, a reforma inclui o lema “Pátria ou Morte!” e cria a figura de oficiais de tropa e de milícia. Já o Artigo 80 estabelece que “O pessoal militar em todos os graus e hierarquias está subordinado ao oficial que ostente o comando”. Isso é extremamente grave porque, como se sabe, a designação dos comandos é prerrogativa exclusiva do Presidente e, nesse caso, Chávez pode - por decreto - designar um miliciano ou um agente do G2 cubano para comandar tropas e dar ordens até a generais, porque “ostentam o comando”.

Três dias depois, a Gaceta Oficial publicou a Resolução nº 01072621 do Ministério da Defesa, intitulada “Educação para a Defesa Integral”, nitidamente inspirada no modelo cubano. Lá, as crianças aprendem a usar fuzis a partir dos 7 anos e repetem diariamente “Seremos como o Che!”. Na Venezuela eles dirão: “Pátria ou morte, ordene, meu comandante!”. Nesta resolução se designa à milícia nacional - agora o quinto componente da Força Armada Nacional - a função de dar aulas obrigatórias de instrução militar nas escolas, liceus e universidades. Sua tarefa é formar crianças-soldados, cuja instrução militar obrigatória inclui formação, desfile, doutrinamento ideológico e treinamento em armas “para defender a Nação”. Vale salientar que isto também é feito pelas FARC, que “recrutam” crianças a partir dos 10, 11 anos.

Em termos de Forças, o Exército Venezuelano profissional supera os 70.000 homens armados. A milícia deseja ter um milhão de homens em armas, conforme disse o general Gustavo González López em janeiro passado, afirmando que há planos para preparar 1.217 batalhões de milicianos no país, dos quais 60 já estariam funcionando em Caracas. Segundo o senador opositor Pablo Medina, “a milícia vai ser usada para controlar as ruas, reprimir os protestos e dissolver uma revolta popular no caso de Chávez perder as eleições de 2012, quando se elege novo presidente na Venezuela. A velha Força Armada vai ser substituída pela milícia”. E o próprio Chávez confirmou isto quando se referiu à reação de seu amigo Kaddafi, na Líbia. 

E esta substituição das Forças Armadas Nacionais é plano antigo do Foro de São Paulo e das FARC, conforme tenho insistentemente denunciado, embora muitos digam que “isto é bobagem, nunca vai acontecer por aqui”. Entretanto, observem o que a terrorista-presidente vem fazendo com os nossos militares e FFAA: tão logo tomou posse, repreendeu o general Elito por suas declarações a respeito das ações saneadoras contra o comuno-terrorismo de 64-83; depois, nomeou a histérica comuna Maria do Rosário como ministra dos direitos dos bandidos; autorizou a criação da “Comissão da Verdade, que só vai contar mentiras; permitiu a nomeação do terrorista Genoíno - para desmoralizar os militares combatentes - como assessor do Ministério da Defesa; proibiu - e vergonhosamente foi atendida sem um pio! - as manifestações em comemoração ao glorioso 31 de março e, finalmente, através de seu ministro da Defesa, decretou que serão abertos ao público os documentos relativos àquele período, exceto o que se refere à vida dos terroristas. TUDO está consoante os planos elaborados pelo Foro de São Paulo e das FARC.

E nesta segunda-feira (11) em artigo publicado pelo diário “El Nuevo País”, de Miami, a jornalista Patricia Poleo nos conta sobre um tal plano intitulado “Pérola do Caribe”, onde Chávez já tem estabelecidas todas as ações para o caso de uma derrota nas eleições presidenciais de 2012. Um documento redigido por oficiais informa que o general Henry Rangel Silva (aquele envolvido com o narco-traficante Walid Makled, que citei em minha entrevista para o site “Vera Dextra”) terá um papel decisivo neste plano. Os detalhes são tão importantes que os traduzo completamente, porque é impossível resumir sem deixar de citar algo grave. São estes os detalhes: 

“a. Retirada das tropas de todos os órgãos de segurança cidadã nacionais, regionais e locais em seus respectivos quartéis, e a manutenção de todos os seus Comandos e Unidades Operacionais, sob às ordens dos Comandos de Área de Defesa Integral.

b. A detenção dos líderes políticos mais caracterizados nas respectivas jurisdições militares.

c. A ocupação militar dos meios de comunicação e a limitação das programações rotineiras com a Milícia Nacional Bolivariana.

d. A ativação de salvo-condutos e a restrição da livre circulação no território nacional.

e. A neutralização das antenas e outros meios técnicos das operadoras de telefonia celular e serviços independentes de Internet.

f. O encerramento dos protocolos de acesso à Internet através do sistema de banda larga pela CANTV (operadora estatal) e as operadoras de telefonia celular.

g. A ocupação militar com a Milícia Nacional Bolivariana dos serviços de água e eletricidade em todo o território nacional.

h. O patrulhamento militar em todo o território nacional com a Milícia Nacional Bolivariana.

i. A manutenção em reserva às ordens do Comandante-em-Chefe das unidades operacionais do Exército Nacional Bolivariano, Armada Nacional Bolivariana, Aviação Militar Bolivariana e Guarda Nacional Bolivariana.

O documento de sete páginas conclui com um parágrafo intitulado: “Requerimentos em Termos de Decisão, Ações e Ordens para a Liderança de toda a sociedade civil”, o qual especifica o seguinte: 

1. Coordenador da MUD (Mesa de Unidade Nacional, opositora a Chávez) em nível nacional, regional e local.
2. Secretários gerias dos partidos políticos integrados na MUD em nível nacional, regional e local.
3. FEDECÂMARAS (Federação do Comércio).
4. Igreja.
5. Chefes de Unidades Operacionais do Plano República em nível nacional.
6. Militares em situação de atividade sem cargos operacionais.
7. Militares aposentados.
8. Meios de comunicação.
9. Empresários.
10. Vizinhos.
11. Estudantes.
12. Exilados.
13. Presos Políticos.

Até aqui nossa informação sobre este documento redigido por militares da ativa, o qual mostra importantes coincidências com temores já expressados publicamente por porta-vozes da sociedade”.

Bem, aí está a explicação para a urgência de Chávez, em dezembro com as tais “Leis Habilitantes” que lhe permitiram criar leis sem necessidade de votação pela Assembléia Nacional, e agora com as alterações feitas na LOFAN. Ele já começou a se preparar para mais um golpe, desta vez um Golpe de Estado, que conta com a prestimosa ajuda de Ramiro Valdés, o carrasco cubano que está comandando todo o serviço de telecomunicações e o forjamento de provas que incriminam opositores, justificando suas prisões, como são os casos de Alejandro Peña Esclusa, do jornalista Leocenis García, do empresário César Camejo Blanco e outros tantos que no Brasil ninguém conhece, se importa ou clama por eles. E enquanto isso, este ditador asqueroso vai à Colômbia mentir sobre os acampamentos das FARC na Venezuela e o pior: Santos acredita e ainda lhe dá de presente o cobiçado Walid Makled. Sobre isto falarei em um próximo artigo. Fiquem com Deus e até a próxima! Fontes consultadas:http://www.analitica.com/va/politica/opinion/6427860.asp ehttp://media.noticias24.com/1104/poleo11x.html

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