Fora da lei – No anunciado corte no Orçamento da União de 2011, o Palácio do Planalto acabou reduzindo as verbas federais destinadas aos assentamentos agrários, decisão que acionou colocou mais combustível no “Abril Vermelho”, período do ano em que os sem-terra se mobilizam para exigir celeridade pro parte do governo federal na reforma agrária.
Desde que chegou ao poder central, o Partido dos Trabalhadores vem sendo leniente com as ações criminosas dos sem-terra, como se o MST fosse uma exceção à regra jurídica do País e desrespeitando o constitucional direito à propriedade. A partir do momento que o Estado, como um todo, cobra de qualquer cidadão impostos sobre uma propriedade, esta deve receber todo tipo de proteção oficial, estando imune inclusive às invasões.
Se por um lado o descontentamento do MST com os palacianos aumentou na era Dilma Rousseff, o que fez crescer o número de invasões em vários estados, por outro o movimento tem servido para desestabilizar politicamente os que fazem oposição à esquerda verde-loura. Em São Paulo, unidade da federação que há anos está sob o comando do PSDB, o número de invasões desde o início de abril chegou a 55. E a onda de desrespeito à legislação não deve parar tão cedo.
Outro estado que vem sendo alvo de invasões é Pernambuco, que tem no comando do governo local o pessebista Eduardo Campos, que desde o início do governo de Dilma Rousseff vem travando uma hercúlea queda de braços por cargos no segundo escalado da máquina federal. E as invasões se transformaram no instrumento silencioso dos situacionistas para enviar recados aos opositores.
Porém, engana-se quem pensa que o governo de Dilma Rousseff tomará alguma medida para conter as invasões de propriedades rurais, pois é preciso lembrar que no episódio da invasão e depredação da Câmara dos Deputados, em 6 de junho de 2006, ninguém foi punido. Fora isso, o tresloucado Bruno Maranhão, chefão do MLST e comandante da ação, continua dando ordens nos bastidores do PT.
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