Nesta terça (25), o que já é bem ruim vai ficar muito pior. Médicos que atendem à clientela pobre do SUS vão cruzar os braços em pelo menos 21 Estados.
A paralisação vai afetar as consultas e os exames laboratoriais. Decidiu-se manter o atendimento nas unidades de emergência e urgência.
Batizado de ‘Movimento Saúde e Cidade em Defesa do SUS’, o protesto visa chamar a atenção para flagelos conhecidos: baixos salários e alta ineficiência da rede pública.
Encabeçam o movimento três entidades: CFM (Conselho Federal de Medicina), AMB (Associação Médica Brasileira) e Fenam (Federação Nacional dos Médicos).
A paralisação de um dia ocorrerá em 18 Estados: AC, AL, AP, AM, BA, CE, ES, GO, MA, MT, MG, PA, PB, PE, RN, RS, RO e SE.
No Piauí, a encrenca será maior. Em vez de um dia, os médicos vão interromper os atendimentos do SUS por três dias.
Em Santa Catarina, a paralisação vai durar apenas uma hora. Em São Paulo, se estenderá por toda a terça, mas apenas em algumas unidades.
Param em São Paulo os seguintes hospitais: Emílio Ribas, Hospital do Servidor Estadual e Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.
No Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio e Tocantins, os médicos farão protestos e manifestações. Mas preferiram não parar.
Um dos organizadores do movimento, o doutor Aloísio Tibiriçá, 2º vice-presidente do CFM, explica:
"Com a mobilização, queremos chamar a atenção das autoridades para a necessidade de mais recursos para a saúde, melhor remuneração para os profissionais e melhor assistência à população."
A paralisação ocorre num instante em que o Senado trata a golpes de barriga o projeto que deveria resolver o problema de financiamento da saúde pública.
Conforme já comentado aqui, chamados a votar a proposta, os senadores inauguraram um novo movimento político: o ‘deixa-pra-laísmo’.
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