PM será investigada por atuação em reintegração de posse na USP


Ministério Público Estadual de SP solicitou abertura de inquérito policial.
Estudantes alegam abuso de autoridade por parte da polícia.

Do G1 SP
Estudante deixa a reitoria da USP, cercada
por PMs do Choque (Foto: Juliana Cardilli/G1)

A Polícia Militar será investigada por suspeita de abuso de autoridade durante a reintegração de posse da reitoria da Universidade de São Paulo (USP), realizada na madrugada do dia 8 de novembro.

O Ministério Público Estadual de São Paulo solicitou na segunda-feira (21) a abertura de um inquérito policial junto ao Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), ao Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial (Gecep), do próprio Ministério Público, e à Corregedoria da PM.
Segundo o MPE, a polícia será investigada por suas ações no Conjunto Residencial da USP, o Crusp. De acordo com o promotor Eduardo Valério, cerca de 20 estudantes denunciaram o fechamento dos acessos ao Crusp, o uso de bombas de efeito moral, ameaças e intimidações por parte da PM durante a desocupação da reitoria da USP.

Em nota, a PM afirmou que não houve a utilização de munições químicas e que não houve "exagero, arbitrariedade ou abusos por parte do efetivo que lá estava". A polícia divulgou imagens da desocupação. O vídeo não mostra brigas ou confrontos, apenas os alunos recebendo ordens para ficar sentados no prédio da reitoria, que estava sem luz.

Na ocasião da reintegração de posse, o major Marcel Soffner, da assessoria de imprensa da PM, informou que foi feita uma barreira policial entre o Crusp e o prédio ocupado para impedir a entrada de estudantes na reitoria. Soffner, entretanto, negou que tenha havido um cerco ao Crusp e agressões a estudantes.

Os estudantes
Pelo menos três vídeos da desocupação da reitoria da USP foram postados em redes sociais pelo movimento estudantil que havia ocupado o prédio. As imagens mostram a PM dentro da USP e foram feitas por uma mesma pessoa, uma jovem que se identifica como aluna e diz constantemente aos policiais que é jornalista e está trabalhando.

Ao lado dela, também aparece um aluno de barba e óculos. As cenas registraram os gritos dessa mulher, que afirma ter sido agredida pelos policiais. Apesar de a suposta agressão a ela não ser captada pelas câmeras, é possível ver o momento em que o homem que a acompanha é imobilizado pelas costas e empurrado por um policial.

O primeiro vídeo, intitulado "Crusp Cercado! USP sitiada" , tem cerca de quatro minutos de duração. Nele, a mesma aluna comenta que o Crusp foi cercado e que os policiais não estavam permitindo a saída dos alunos. “O Crusp foi cercado, não estão deixando nenhum aluno passar, nenhum aluno sair do Crusp”, diz a jovem. “Está tudo cercado”, diz ela se referindo à PM. Em seguida, a garota classifica a ação como “emboscada”.

Um comentário:

Anônimo disse...

só mesmo nesse lixo ocidental é que a policia e investigada por estar cumprindo sua missão de desalojar maconherios de predio publico.
o MPE, vcs não coisas mais importantes para para fazer, para justificar os astronomicos salarios que nós lhe pagamos.

cusp...cusp...cusp...