ucho.infoPano quente – Quando o PT paulistano se acanhou diante da imposição de Lula, que determinou que o ex-ministro Fernando Haddad, da Educação, seria o candidato do partido à prefeitura de São Paulo, a senadora Marta Suplicy “mostrou os dentes” antes de aceitar a decisão. Meses depois, mais precisamente no começo da atual legislatura, Marta descumpriu o acordo de entregar a primeira vice-presidência do Senado ao “companheiro” José Pimentel (PT-CE), na esperança de conseguir uma vaga na Esplanada dos Ministérios, a reboque da reforma anunciada pela presidente Dilma Rousseff.
Desde a confirmação da candidatura de Haddad, a senadora petista passou a disparar frases contundentes na direção do protegido de Lula da Silva. Em matéria publicada no último dia 29 de março, o ucho.info destacou que Haddad só teria o apoio de Marta Suplicy se a contrapartida fosse minimamente interessante. E que caberia a Lula negociar com Dilma um cargo de destaque para a estridente e sempre mal humorada senadora.
Há dias, quando perguntada sobre seu eventual apoio a Fernando Haddad, a senadora Marta Suplicy, do alto de sua soberba, disse que o candidato petista deveria “gastar sola de sapato”. A declaração não caiu bem no partido e obrigou o ex-presidente Lula a entrar no circuito. Depois garantir calmaria temporária na base aliada, que se rebelou contra o Palácio do Planalto, o ex-metalúrgico passou a tratar dos interesses de Marta.
O que se comenta em Brasília, contrariando os diplomatas de carreira, é que Marta Suplicy deve ser nomeada pela presidente da República para a embaixada brasileira em Washington. Ser representante diplomática do País é um sonho antigo da senadora petista, que em tempos outros teve o nome cogitado para assumir a embaixada do Brasil em Paris. Se confirmada a informação que circula nas coxias do poder, Dilma estará arriscando a credibilidade do País lá na Terra do Tio Sam, pois a única vocação que a “companheira” Marta não tem é para a diplomacia. E o seu histórico confirma isso.
Pelo sim ou pelo não, a essas alturas o esquife do Barão do Rio Branco está todo revirado.
Um comentário:
PT centra fogo em Demóstenes, mas esquece que Cachoeira fez currículo na Casa Civil, com o aval de Dirceu
Esticando a corda – O escândalo capitaneado por Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e que envolve o senador Demóstenes Torres (sem partido – GO) não deve acabar tão cedo, se o final depender do desejo do Partido dos Trabalhadores e do Palácio do Planalto.
Com petistas “cinco estrelas” cobrando punição exemplar aos investigados pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo, o assunto parece ser o maior caso de corrupção de todos os tempos. Os culpados devem enfrentar as garras da lei, sim, mas enquanto a culpa for reconhecida pela Justiça nada pode ser feito pela sociedade, a não ser se entregar à indignação. Quando o ucho.info afirma que política é negócio dos bons e exclusividade de ínfima minoria, muitos são os políticos que torcem o nariz, mas vez por outra algum imbróglio surge no horizonte para ratificar a nossa tese.
A indignação popular diante de mais um escândalo é absolutamente justa, mas não pode tomar proporções descomunais a ponto de ofuscar a corrupção que grassa nas entranhas do governo do PT e que cresceu de forma assustadora desde a chegada de Lula ao poder. O oportunismo é figura constante no cenário político, mas não se pode esquecer que Carlinhos Cachoeira foi coadjuvante do primeiro escândalo de corrupção da era Lula da Silva, em conluio com Valdomiro Diniz e o endosso de José Dirceu de Oliveira e Silva, então chefe da Casa Civil.
Ou seja, os petistas que recolham as armas, pois tiro pela culatra é algo absolutamente possível quando quem as empunha é um franco atirador.
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