A
presidente telefonou para o Secretário-Geral da ONU a pedido do Egito. Ban
Ki-Moon pede cessar-fogo e voará à região
MADRID.
A pedido do Egito, a presidente Dilma Rousseff telefonou, na noite deste
domingo, para o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, pedindo que
ele convoque o Conselho de Segurança na busca de uma solução para o conflito
entre Israel e a Palestina. Marco Aurélio Garcia, assessor especial da
Presidência, criticou a inércia do Conselho quanto se trata de Israel e
Palestina:
—
Em qualquer assunto, como foi no caso do Congo, o Conselho de Segurança da ONU
se reuniu imediatamente. Mas quando se trata do Oriente Médio, nada. Não dá
para continuar esta inércia no tratamento do Oriente Médio!
Também
neste domingo, Ban Ki-Moon pediu, em comunicado, Israel e Palestina trabalhem
com o Egito visando um cessar-fogo:
—
Isto deve parar. Exorto firmemente as partes a cooperar com os esforços
liderados pelo Egito pela obtenção de um cessar-fogo imediato. Qualquer
escalada maior inevitavelmente aumentará o sofrimento da população civil
afetada e deve ser evitada — defendeu.
Ban
deverá viajar à região para dar auxílio aos esforços de cessar-fogo, mas seu
itinerário não foi divulgado. Ele se disse “profundamente triste” com as
notícias de civis mortos neste domingo.
Dilma
conversa com presidente do Egito
Pela
manhã, a presidente Dilma conversou por telefone com o presidente do Egito,
Mohamed Mursi, que tem atuado na negociação de paz. Segundo a Presidência, foi
Mursi quem pediu para falar com ela. O assessor especial de assuntos
internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, não descartou a hipótese
de o Brasil participar de uma mediação no conflito:
—
O Brasil sempre disse como intermediou mediação em várias outras ocasiões, em
outras crises.
Mas
disse que o telefonema de Mursi não foi para discutir ou propor mediação, mas
sim fazer uma “consulta” sobre a posição do Brasil:
—
Ele (Mursi) ficou muito satisfeito com a posição brasileira. Vamos continuar
acompanhando a situação. No momento atual tudo indica que haverá possibilidade
de uma posição mais negociada e de curto prazo.
Marco
Aurélio criticou severamente o chamado quarteto para o Oriente Médio — isto é,
as potências encarregadas de propor uma solução para o conflito — Estados
Unidos, Rússia, União Europeia e ONU. Para Marco Aurélio, uma solução negociada
no curto prazo é possível, mas no longo prazo é mais complexa :
—
O grande problema é seguinte: o buraco está mais embaixo. Enquanto continuar
essa política intransigente e esta desídia das grandes potências em relação ao
conflito, esses fenômenos (os conflitos) vão se multiplicar.
Ele
imagina que com uma crise grave como esta isto possa representar um “puxão de
orelha” nos governantes.
—
Em primeiro lugar (puxão de orelha) no quarteto, que está se ocupando mal do
assunto. Em segundo lugar, que esse assunto seja levado ao Conselho de
Segurança da ONU. Enquanto o Conselho não discutir isso…O ponto mais crítico de
segurança entre Palestina e Israel não é discutido no Conselho de Segurança!
Há
apenas dois meses, o quarteto saiu de um encontro em Nova Iorque sugerindo um
acordo final de paz entre israelenses e palestinos “antes do final de 2012” e
anunciando que um encontro preparatório seria organizado um mês depois para
fechar a agenda da negociação. O que se produziu, no lugar disso, foi uma
escalada da violência como há anos não ocorria.
Marco
Aurélio também se mostrou preocupado com a sorte da região como um todo. Desde
o início, segundo ele, o governo brasileiro está alertando que o problema na
Síria iria agravar a situação no Oriente Médio, pois mexe com as situações no
Líbano, na Jordânia. Sobre se o governo brasileiro vai ou não reconhecer o
Conselho Nacional da Síria (a oposição) como interlocutor no país, como fez a
França, ele disse que esta questão não foi colocada na mesa.
—
Tem que examinar essa situação. A França deve ter seus argumentos.
Marco
Aurélio disse que o não falou nem com autoridades israelenses nem com
palestinos desde o início do conflito. O comunicado condenando a violência e
pedindo solução pacífica apresentado ao Conselho de Segurança da ONU, segundo o
assessor da presidência, foi feito em nome de todos os países-membros do
Mercosul “para dar mais força”.
Já
o novo comando islamista do Egito tem dito que não vai deixar Gaza —território
palestino que está no centro do conflito e é dominado pelo grupo islamista
Hamas — sozinha.
—
O Egito de hoje não é o Egito de ontem, e os árabes de hoje não são os árabes
de ontem — alertou Mursi na sexta-feira, segundo a agência estatal do Egito,
Mena.
Nos
bastidores, o Egito — o único da região, junto com Jordânia, a ter tratado de
paz com Israel — quer evitar a qualquer custo uma escalada no conflito entre
palestinos e israelenses.
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Comentário: Existe doidos e doidas que apesar da incompetência em seus países, tomaram gosto pelo poder de forma que, se acham capacitados para resolver problemas mundiais, inclusive, de se intrometer em guerras sinalizando o lado preferido. Ora, Sra Presidente! O que está acontecendo em São Paulo e em Sta Catarina não despertou nenhum interesse em querer ajudar dentro do seu país. Por quê será? A síndrome LULA está contaminando de forma assustadora. Aqui, nossos brasileiros morrem assassinados todos os dias, ônibus estão sendo incendiados ao
bel-prazer do interesse do TERRORISMO, porque quer o PODER a qualquer preço. MOVCC
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