Amante,
segundo o Aurélio, é a palavra que se aplica a “pessoa que tem com outra
relações extramatrimoniais”. O dicionário autoriza o uso dos sinônimos amásia, concubina e amiga. Assaltada por um surto de pudicícia, a
imprensa escolheu a terceira opção para referir-se a Rosemary Noronha.
Depois
da reportagem publicada
pela Folha neste sábado,complementada
brilhantemente por Reinaldo Azevedo, os jornalistas podem dispensar-se de cautelas
farisaicas e contar o que muitos sabem desde o século passado: Rose é mais que
amiga de Lula. É amante.
Lá na terra de onde eu venho ninguém confunde amizade
com amigação. Em Taquaritinga, todo lula-com-rose — seja ele o prefeito
ou o mais humilde eleitor — não tem uma amiga: tem amigada. As duas letras a
mais eliminam quaisquer dúvidas adubadas por ambiguidades.
Não, não estou invadindo a privacidade do
ex-presidente. Só invocam esse argumento messalinas fantasiadas de vestais. O
modo de agir dos integrantes da quadrilha desbaratada pela Operação Porto
Seguro reafirma que foi o casal que removeu a fronteira entre o público e o
privado. Ele por garantir a vida mansa de Rose com o dinheiro dos pagadores de
impostos. Ela por transformar uma relação íntima em gazua a serviço de
assaltantes de cofres públicos.
O noticiário sobre o escândalo da vez, que está apenas
em seu começo, precisa substituir imediatamente esse “amiga” pela expressão
correta. Amigada, admito, soa um tanto vulgar. “Amásia” lembra manchete de
jornal de antigamente. “Concubina” é adereço de monarquias. Fiquemos com a
velha e boa “amante”.
Como os seus sinônimos, “amante” tem numerosas contra-indicações
e os efeitos colaterais podem ser devastadores. Mas é a palavra certa. E o
primeiro mandamento do jornalismo ordena que se conte a verdade.
PS: Reproduzo e endosso o recado de
Reinaldo Azevedo aos leitores: “Não deixem que a sordidez da história contamine os
comentários. Há sempre o risco de se ultrapassar a linha do decoro em temas
assim. Façam o que Lula não fez”.
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PS: Sem eufemismo. Até que enfim, estamos lendo matéria jornalística real, sem disfarçar o conteúdo por meio de expressões que suavizam toda essa bandidagem.
Ladrão é ladrão, amante do ladrão é amante e ladra. Por razões explícitas contadas diariamente sobre os ROUBOS efetuados pela quadrilha, é que, o nosso país está ficando na miséria sem dinheiro para todos os benefícios sociais. Bandidos!! Cadê a Cadeia? MOVCC/Gabriela
2 comentários:
Mulaaaa....
“Concubina” é adereço de monarquias. Fiquemos com a velha e boa “amante”).
...Eu acho que concubina fica bem melhor e encaixa perfeitamente aos "lustrados".. e não "ilustres" parlamentares. que se venderam e que ainda se mantém como objetos vendidos e carimbados, cuja utilidade é blindar o governo ptsta,escondendo nos bolsos as bandalheiras do ex-presidente Lula e toda a horda que o cerca. ..Oh que nojo dessa corja porca e podre.
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