Quando Lula agarra um microfone, os
plurais saem em desabalada carreira, a gramática se refugia na embaixada
portuguesa, a regência verbal se esconde no sótão de um casarão abandonado, o
raciocínio lógico providencia um copo de estricnina (sem gelo) e os dicionários
se apavoram com a iminência de outra selvagem sessão de tortura. Já no primeiro
parágrafo, os brasileiros que não tratam o idioma a socos e pontapés ficam
pálidos de espanto ou vermelhos de vergonha. Menos os devotos da
seita lulopetista.
“Quando Lula fala, o mundo se ilumina”, jura há quase
10 anos Marilena Chauí, professora da USP que também jura ser filósofa. A
descoberta resumida numa frase explica o lugar reservado à companheira no
“Encontro com Intelectuais sul-americanos”, promovido nesta segunda-feira
pelo Instituto Lula: a foto mostra Marilena no palco, sentada à direita do
Mestre. Com o rosto apoiado numa das mãos, ela espera o momento em que a
luminosidade provocada pelo orador obrigará a plateia a proteger os olhos com
óculos escuros.
Os presentes, como informa a inscrição no painel, são
Intelectuais, com I maiúsculo. E participam não de um “encontro de”, mas de um
“Encontro com”. Com Lula, naturalmente. O ex-presidente avisou no começo da
discurseira que estava ali para ouvir. Só parou de falar quando a garganta
implorou por descanso. Gastou alguns minutos louvando a integração dos
Intelectuais da América do Sul. O tempo restante foi reservado ao que
efetivamente interessa a um palanqueiro permanentemente em campanha há quase 40
anos.
Primeiro, Lula comunicou que está finalmente
aprendendo a ser ex-presidente. Depois, ensinou que “é necessário tomar cuidado
para fazer política sem parecer que quer continuar no cargo de mandatário”. Em
seguida, avisou que continuará a fazer exatamente o contrário. “Lula vai cuidar
pessoalmente das articulações com a base de Dilma para tentar garantir apoio à
reeleição da presidente”, contou o companheiro Paulo Vanucchi aos jornalistas
proibidos de testemunhar a aula de incoerência. Segundo o diretor do Instituto
Lula, o chefe “vai gastar toda a energia para a manutenção da aliança entre PT,
PMDB e PSB”. Ou seja: para assegurar a permanência de Dilma Rousseff no poder,
Lula resolveu reduzir-lhe os poderes e nomear-se co-presidente.
O primeiro encontro entre a presidente eleita e o
presidente que nunca desencarnou do Planalto deveria ocorrer em Brasília. Dilma
lembrou que estará em São Paulo nesta sexta-feira, para as comemorações do
aniversário da cidade, e sugeriu que conversassem no Instituto Lula. A aparente
demonstração de subserviência camufla uma esperteza geopolítica. Assombrado
pelo caso Rose e pelo pau de macarrão de Marisa Letícia, tudo o que Lula quer é
ficar longe de casa. A presidente vai mantê-lo por aqui no feriadão que
começa no dia 25.
Pena que a afilhada não se anime a bater de frente com
o padrinho. Se lhe estendesse o tratamento que dispensa aos ministros, Dilma
convidaria Lula para encontrá-la no escritório da Presidência da República em
São Paulo. Assim que o visitante entrasse na sala, perguntaria se notou alguma
mudança na paisagem, Ou se acha que está faltando alguém.
2 comentários:
Tenho nojo do Lula e todos os imbecis que o apoiam.
O país está desgraçadamente aniquilado.
DESCONFIEMOS DE LULA E PADRES VINCULADOS ÀS IDEIAS E POLÍTICAS DO PT.
Sempre que se deparar com discursos de Lula e membros ordenados da Igreja católica, padres e até bispos vinculados ao planos e ideias do PT, desconfie: seriam apostasiados – o caso dos afiliados à esquerdo-comunista Teologia da Libertação, a Marxologia da Subversão, parceira do PT ou seriam agentes comunistas infiltrados na Igreja, há muitos casos, estão aí para desmerecê-la, passando-se falsamente como verdadeiros obreiros.
Na verdade, sabemos que os pobres nas ideologias comunistas e nas suas ações são apenas “massa de manobras” para interesses escusos para cairmos para os lados deles, em cima de sua pretensa defesa; mentira, só propaganda.
Muito ao contrario, comunistas detestam pobres, confina-os como gado no curral como em Cuba, Coreia do Norte e mesmo na China submetendo-os todos ao escravagismo.
E ai de quem discordar das ideias do governo…
Afinal, que esperar de materialistas e ateus, adeptos de ideias similares às do nazismo?
Vá a Cuba em turismo e “arrependerá” de ter visto o “paraíso dos pobres”…
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