A democracia sangra, mas denúncia contra Renan não tem prazo para ser analisada por Lewandowski

Em tempos de apagões e de energia elétrica falsamente mais barata, o último a sair que apague a luz, pois a democracia está em chamas e à caminho da UTI. Lembrando que os aeroportos são saídas eficazes, principalmente em temporada de promoções de passagens aéreas.



Ucho.Info

Sem esperança – República bananeira, o Brasil está sendo diuturnamente infectado pelo chorume do conchavo, o que corrói a cidadania e o Estado Democrático de Direito. Leis são desrespeitadas acintosamente pelos próprios legisladores. Os desafios que se impinge diariamente ao Judiciário são como provocações de botequim de esquina. Decisões judiciais são alvo de zombaria. Corruptos se unem e debaixo de discursos prolixos azeitam o corporativismo.

O Brasil involui a cada segundo. Caminha na direção da ilógica, abraça a ilegalidade. Mudar é possível, assim como resistir também. Mas é preciso mobilização, união dos brasileiros de bem. Contestar o status quo criminoso que se instalou no Congresso Nacional é algo inócuo, uma vez que o Mensalão do PT continua atuante e com outra fantasia. Não bastasse o discurso insosso da oposição, os adversários do Palácio do Planalto são alvo de engessamento político. De nada adianta gritar, pois qualquer grito soará como sussurro.

Renan Calheiros é alvo de denúncia da Procuradoria-Geral da República, com a garantia do procurador Roberto Gurgel que há provas suficientes e incontestáveis para a condenação em três crimes, mas a denúncia remetida ao Supremo Tribunal Federal não tem data para ser analisada e caiu nas mãos do ministro Ricardo Lewandowski.

Não se trata de duvidar da retidão de Lewandowski e muito menos do seu conhecimento jurídico, mas sua atuação no caso do Mensalão do PT deixa os brasileiros com o pé atrás. Com a pauta do Supremo emoldurada por uma extensa fila de processos que aguardam julgamento, inclusive no plenário da Corte, Renan Calheiros é capaz de se reeleger presidente do Senado sem que seu processo seja analisado, caso a denúncia seja aceita.

Em tempos de apagões e de energia elétrica falsamente mais barata, o último a sair que apague a luz, pois a democracia está em chamas e à caminho da UTI. Lembrando que os aeroportos são saídas eficazes, principalmente em temporada de promoções de passagens aéreas.

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