Dilma Rousseff explica o segundo emprego de Afif Domingos: ‘É necessário um processo de expansão para depois abrir um processo de redução e assinamento’

Afif ensinou como deve beijar a mão da dona quem acabou de juntar-se à criadagem da casa-grande.



“Não vou renunciar ao cargo de vice-governador porque fui eleito”, reincidiu Guilherme Afif Domingos nesta sexta-feira. Mais uma tapeação de quinta categoria, constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA. Em 2010, o eleito foi Geraldo Alckmin, que voltou ao Palácio dos Bandeirantes com o apoio de uma aliança antipetista. Brasileiro vota no cabeça de chapa. Vice vem na garupa. Afif não foi escolhido pelos eleitores, mas pelos pajés do DEM oposicionista ─ que depois trocaria pelo invertebrado PSD.

Sem ficar ruborizado, o 39° ministro de Dilma Rousseff alega que resolveu continuar no posto que  abandonou para não decepcionar os eleitores atraiçoados, que já lhe riscaram a testa com a marca da infâmia. Quem ouve Afif sem se sentir nauseado deve ter achado muito claro e convincente o palavrório despejado por Dilma Rousseff para justificar a engorda do primeiro escalão. “E por que um novo ministério?”, perguntou a presidente na cerimônia de posse em que Afif ensinou como deve beijar a mão da dona quem acabou de juntar-se à criadagem da casa-grande.
Em países que fazem sentido, a resposta de Dilma à pergunta de Dilma teria induzido qualquer bebê de colo a exigir aos berros a imediata internação da declarante num hospício de segurança máxima.”No Brasil nós temos de ter e de reconhecer que é necessário um processo de expansão para depois abrir um processo de redução e assinamento”, desandou a Doutora em Nada. Como isto é o País do Carnaval, a plateia amestrada aplaudiu com bastante entusiasmo o que também não entendeu.
O Brasil que resiste à Era da Mediocridade ficaria menos perplexo se os dois parceiros contassem a verdade. Até a caxirola que a madrinha dos inventores de araque ganhou de Carlinhos Brown sabe que  Afif foi incorporado à multidão de ministros porque contrato é contrato. Numa das cláusulas do contrato de aluguel costurado por Dilma e Gilberto Kassab, ficou combinado que o PSD, em troca do apoio do Planalto, receberia também um pedaço do primeiro escalão (cofres incluídos).
É o pedaço que acaba de ser confiado a um velho inimigo do do lulopetismo que hoje não é de esquerda, nem de direita e nem de centro. Afif é do governo, e nenhum governo parece tão sedutor quanto o que estimule e facilite a realização de negócios extraordinariamente lucrativos. O resto é conversa de 171, muito apreciada tanto pelo vendedor que não diz o que sabe quanto pela compradora que não sabe o que diz.

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