"O plebiscito para 2014 já foi enterrado. Já teve até missa de sétimo dia", deputado Eduardo Cunha (RJ), líder do PMDB
Laryssa Borges, de Brasília
FIM DA LINHA - Líderes dos partidos na Câmara decidem sepultar a tentativa do governo de mudar o sistema eleitoral brasileiro para as eleições de 2014 (Fernando Bizerra Jr./EFE)
Os líderes dos
principais partidos na Câmara dos Deputados decidiram enterrar nesta
terça-feira a proposta da presidente Dilma Rousseff de realizar um plebiscito
às pressas para aprovar a reforma política válida para as eleições do próximo
ano.
A decisão foi tomada após um encontro dos líderes na
casa do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), seguido de uma
reunião oficial no Congresso. Paralelamente, os ministros Aloizio Mercadante
(Educação) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais) também se reuniram com
deputados da base.
Foi a segunda vez que os deputados sentaram à mesa
para deliberar o mesmo assunto: que o Congresso não tem condições de definir as
perguntas do plebiscito e convocar a consulta popular em poucas semanas, como
quer a presidente. "A questão do plebiscito é de ordem prática. Dentro do
prazo que a anualidade constitucional exige, não haveria como fazer o
plebiscito para a eleição de 2014. Isso é uma constatação de todos. Em termos
práticos, se tornou inviável para 2014", sentenciou Alves, que anunciou a
formação de um grupo de trabalho para elaborar uma proposta de reforma política
no prazo de três meses.
Na semana passada, os deputados já haviam comunicado
ao vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), encarregado de negociar a
proposta com o Congresso, sobre a resistência das bancadas em levar o tema
adiante de afogadilho. Na saída do encontro,Temer
anunciou o recuo do
governo em tentar aprovar o plebiscito para 2014, mas, horas depois, foi
desautorizado por Dilma. Paralelamente, o PT ainda tentou pressionar pela
aprovação da proposta, aumentando o constrangimento ao vice.
Desde
então, perdido e sem o apoio dos partidos aliados, o governo tenta buscar uma saída
"honrosa" para o plebiscito oportunista que inventou.
Dilma chegou
a pedir socorro na
semana passada ao PT para tentar retomar o diálogo com sua base, especialmente
com o PMDB, mas seus articuladores políticos não conseguiram contornar a crise.
PT - Nesta terça, o próprio PT acabou isolado durante
a discussão. O partido agora afirma que tentará recolher 171 assinaturas para
apresentar um projeto de decreto legislativo destinado a insistir na ideia de
armar um plebiscito válido para o ano que vem.
Nas bancadas aliadas, cresceu a insatisfação com a
forma afobada que o governo conduziu a tentativa de impor a convocação do
plebiscito ao Congresso. "O plebiscito para 2014 já foi enterrado. Já teve
até missa de sétimo dia. Não se pode criar uma frustração para a população e
aprovar algo que não pode aplicar na próxima eleição. O PT pode conseguir as
assinaturas [para a tramitação do projeto de decreto legislativo], mas não vai
conseguir aprovar", disse o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ).
A avaliação nas siglas aliadas foi que o PT quis
se aproveitar do calor dos protestos nas ruas para aprovar mudanças no sistema
eleitoral que beneficiassem o partido. No Congresso, o PT trabalhava para
emplacar um modelo de financiamento que permitisse ao partido com maior número
de votos nas eleições anteriores - no caso, em 2010, o próprio PT - ficar com a
maior fatia dos recursos públicos.
2 comentários:
NÃO SE ILUDAM PORQUE ELES NÃO VÃO DESISTIR NUNCA!!!!!
Só lembrando: As Centrais Sindicais vão passar por prova de fogo no dia 11, quinta-feira, quando a liderança dessas entidades será testada em greves e manifestações pelo país. Eles prometem PARAR o Brasil.
E também a capital paulista vai sediar, de 31 de julho a 4 de agosto, a 19º Encontro do Foro de São Paulo.
Vejam essa notícia: Avião da Força Aérea Venezuela aterriza em Cpo. Grande.
http://wphotography.altervista.org/blog/aviao-da-forca-aerea-venezuela-aterriza-em-cpo-grande-guerrilheiros/
OPA!
Quebrou o focinho mais uma vez; com as projeções sombrias para o PT dos órgãos internacionais para o Brasil e o que sucede eles estão é desesperados e a greve de amanhã será um fracasso, por serem também muito divididos entre si e os donos das crises querendo serem os gerenciadores da crise!
Eles são os donos delas!!
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