Protestos do Brasil na visão de New York Times





Para sustentar seu argumento e explicá-lo ao leitor americano, o jornalista Simon Romero recorre a uma estratégia simples, porém eficaz: a comparação. E, de fato, um aparelho Samsung Galaxy S4, por exemplo, que nos EUA custa US$ 615 aqui custa quase o dobro.

Um berço para bebê na Tok & Stok sai por mais de US$ 440, mais de seis vezes mais caro que um modelo similar na rede americana Ikea. Diz Romero: “Para os brasileiros fervendo de ressentimento com relação aos gastos perdulários da elite política do país, os altos preços que têm que pagar para quase tudo — uma pizza grande de mussarela pode custar US$ 30 — só aumenta a sua fúria.

Diante desse quadro, não é de se estranhar que as contas públicas mostrem um aumento robusto dos gastos dos brasileiros no exterior. Romero cita Luana Medeiros, de 28 anos, funcionária do Ministério da Educação: “As pessoas ficam zangadas porque sabemos que há como obter produtos mais baratos; vemos lá fora, por isso sabemos que há algo errado aqui.”

O peso dos impostos
 O jornalista do “NYT” lembra que as manifestações que incendeiam o país começaram como um protesto contra o aumento das tarifas de ônibus no Rio e em São Paulo. Romero explica ao leitor do jornal nova-iorquino que os cidadãos dessas metrópoles gastam uma parcela bem maior de sua renda do que os residentes de Paris ou Nova York, cidades cujo custo de vida não é dos mais baixos.
E não se está falando em qualidade dos transportes, que é bem inferior nas cidades brasileiras.Romero cita economistas para afirmar que o custo do transporte é apenas um exemplo das dificuldades que o brasileiro enfrenta. “Alugar um apartamento em áreas cobiçadas ficou mais caro do que em Oslo, a capital da endinheirada produtora de petróleo da Noruega”, escreve o jornalista. “Antes dos protestos, a disparada de preços da cesta básica de alimentos, como o tomate, gerou piadas com a presidente Dilma Rousseff e seus conselheiros econômicos.”

O jornalista conclui citando a lei que obriga o varejista discriminar na nota o valor tributado, cuja parcela deixa os consumidores brasileiros indignados.(O Globo)

Um comentário:

Anônimo disse...

o brasileiro nao tem visao das campanhas eleitorais onde os candidatos podem ser barrados pois só entram disfarçadamente mentem para quem desconfiar de suas intençoese sempre com benfeitorias que enchem a mesa dos brasileirose depois de instalado começam a roubarentao tudo se inicia com bom disfarçe na sua bagagempois em sua bagagem nada se perde tudo é usado em oposiçao ao que pronuncia