Leiam a matéria completa. É de estarrecer a "seita fora do Eixo" e Pablo Capilé.
Por Reinaldo Azevedo - Veja Online
No post anterior (leiam), anuncio que vou tratar do depoimento de
Laís Bellini, que também fala sobre a sua experiência com o Fora do Eixo e Pablo
Capilé. Laís diz ter se sentido estimulada a revelar o que viveu ao ler as revelações feitas pela cineasta Beatriz Seigner, a que este
blog deu destaque.
Muito
bem! O texto da moça é gigantesco. Mais de 45 mil toques. Essa parece ser,
aliás, uma constante das pessoas que conseguem se desligar da seita. Estão de
tal sorte sufocadas pela pressão que decidem falar tudo ao mesmo tempo. Talvez
seja a reação natural de quem estava exposto a uma tirania. Ainda que algumas
já tenham deixado o Fora do Eixo há algum tempo, não tinham um canal para se
expressar. Ao contrário: viam Pablo Capilé, o Kim Jong-un do movimento, nos
píncaros da glória.
À
diferença da cineasta Beatriz, a estudante de jornalismo Laís (abandonou, à
época, o curso para se dedicar à causa!!!) passou a ser uma “interna” da Casa
Fora do Eixo São Paulo. Passou a morar na “comunidade”, submetida à ditadura de
Pablo Capilé e de alguns de seus, como posso dizer?, “ministros”.
O
relato é de arrepiar e coincide com outros tantos que estão na rede.
- o Fora do Eixo é uma monarquia absolutista, e é proibido questionar Pablo Capilé;
- Laís relata o que é o dia a dia de pessoas submetidas a uma forma moderna de escravidão;
- a sociedade “Fora do Eixo” é rigidamente hierarquizada, e os que ainda não têm lastro (tempo de casa) só podem conversar com os seus “gestores” (os chefes);
- o contato com as outras pessoas dentro da casa é rigidamente controlado, e as amizades são desestimuladas, censuradas ou mesmo proibidas — nada que desvie as pessoas do trabalho;
- ninguém recebe salário ou algo semelhante; no máximo, as pessoas ganham um “bônus”, uma moeda inventada por Capilé;
- para sair da Casa, é preciso pedir permissão;
- é proibido se relacionar com pessoas que não pertençam ao Fora do Eixo;
- Laís relata o que, tudo indica, parece ser um esquema de fornecimento de notas frias para que o Fora do Eixo justifique gastos — afinal, recebe dinheiro tanto de empresas públicas como privadas (e tem a Lei Rouanet);
- o Fora do Eixo monitora a vida afetiva e sexual de seus internos;
- pessoas são instruídas a assediar novatos, numa técnica chamada de “pós-amor” (???);
- os novatos, fica claro, funcionam como escravos de Pablo Capilé e daqueles que dividem com ele o controle do Fora do Eixo;
- o clima de trabalho se dá em regime de terror, humilhação, xingamentos;
- discriminadas, as mulheres vão para a cozinha; os rapazes discutem política;
- Laís confirma relato feito por Beatriz e diz que Pablo Capilé tem profundo desprezo pela leitura de livros, uma coisa, segundo ele, ultrapassada.
- o Fora do Eixo é uma monarquia absolutista, e é proibido questionar Pablo Capilé;
- Laís relata o que é o dia a dia de pessoas submetidas a uma forma moderna de escravidão;
- a sociedade “Fora do Eixo” é rigidamente hierarquizada, e os que ainda não têm lastro (tempo de casa) só podem conversar com os seus “gestores” (os chefes);
- o contato com as outras pessoas dentro da casa é rigidamente controlado, e as amizades são desestimuladas, censuradas ou mesmo proibidas — nada que desvie as pessoas do trabalho;
- ninguém recebe salário ou algo semelhante; no máximo, as pessoas ganham um “bônus”, uma moeda inventada por Capilé;
- para sair da Casa, é preciso pedir permissão;
- é proibido se relacionar com pessoas que não pertençam ao Fora do Eixo;
- Laís relata o que, tudo indica, parece ser um esquema de fornecimento de notas frias para que o Fora do Eixo justifique gastos — afinal, recebe dinheiro tanto de empresas públicas como privadas (e tem a Lei Rouanet);
- o Fora do Eixo monitora a vida afetiva e sexual de seus internos;
- pessoas são instruídas a assediar novatos, numa técnica chamada de “pós-amor” (???);
- os novatos, fica claro, funcionam como escravos de Pablo Capilé e daqueles que dividem com ele o controle do Fora do Eixo;
- o clima de trabalho se dá em regime de terror, humilhação, xingamentos;
- discriminadas, as mulheres vão para a cozinha; os rapazes discutem política;
- Laís confirma relato feito por Beatriz e diz que Pablo Capilé tem profundo desprezo pela leitura de livros, uma coisa, segundo ele, ultrapassada.
Abaixo,
meus caros, vai um testemunho do que é a Casa dos Horrores. Eu cortei bastante
coisa, mas ainda ficou enorme (há o link com a íntegra). Mas vale a pena ler.
Eu havia pensando, nos primeiros dias, que esse tal Fora do Eixo era só, assim,
um CPC (Centro Popular de Cultura) fora de época e, claro!, com muito menos
qualidade. Não é, não!
Os
relatos que estão na rede dão conta de que estamos diante de algo bem mais
complexo e, em muitos aspectos, perigoso. Há um frenético trabalho de cooptação
de jovens e, percebe-se pelos testemunhos, de lavagem cerebral mesmo.
Pablo
Capilé, parece, pretende ser uma mistura de Che Guevara pós-moderno com Jim
Jones, aquele maluco que conduziu 918 pessoas ao suicídio, em novembro de 1978,
na Guiana.
Recoloco
a questão: como é que estudantes universitários descolados, que se querem,
vamos ser claros, mais inteligentes do que os “caretas conservadores”, caem
nessa conversa e acabam atuando como escravos de alguns espertalhões?
Estarreçam-se
com o relato de Laís. Os entretítulos são deste editor.
O começo e o fim
2011 começou como o que seria meu último ano em Bauru, cidade onde cumpria meu curso de jornalismo pela Unesp, mesma universidade que uniu os primeiros integrantes do Enxame Coletivo, ponto da rede Fora do Eixo por lá. (…) Me encantei, e como sempre faço quando me apaixono por qualquer coisa, me joguei. Fui fundo, bem fundo, tapei meus olhos, cerrei minha boca (fui cerrando aos poucos, melhor dizendo). Meus ouvidos, a cada mês, ficavam mais aguçados (recebiam bem as mensagens vindas de cima) e a mente, mais convencida e dependente… 9 meses depois, antes que chegasse a bater a cabeça no fundo do poço, segurei numa cordinha que pendia perto da minha queda e voltei à realidade. Frustrada sim, decepcionada por demais, mas enfim, voltei a pensar. Leitura completa aqui
2011 começou como o que seria meu último ano em Bauru, cidade onde cumpria meu curso de jornalismo pela Unesp, mesma universidade que uniu os primeiros integrantes do Enxame Coletivo, ponto da rede Fora do Eixo por lá. (…) Me encantei, e como sempre faço quando me apaixono por qualquer coisa, me joguei. Fui fundo, bem fundo, tapei meus olhos, cerrei minha boca (fui cerrando aos poucos, melhor dizendo). Meus ouvidos, a cada mês, ficavam mais aguçados (recebiam bem as mensagens vindas de cima) e a mente, mais convencida e dependente… 9 meses depois, antes que chegasse a bater a cabeça no fundo do poço, segurei numa cordinha que pendia perto da minha queda e voltei à realidade. Frustrada sim, decepcionada por demais, mas enfim, voltei a pensar. Leitura completa aqui
Um comentário:
DORAVANTE: VOTOU PT, VOTOU NO CAPILÉ!
O CAPILÉ COM SEU JEITÃO E SUA SEITA DARÁ UMA IMENSA FORÇA A MAIS PARA O PT SER AINDA MAIS REPUDIADO!
Ele e os do PT não imaginariam o quanto cairão mais ainda no conceito popular depois de se descobrir esse estranhíssimo Capilé com seu escabroso esquema conforme denuncias no conceito do PT e de quem se alia a ele!
CAUSARÁ MAIS AINDA REPUGNANCIA E NOJO!
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