Fiquei sabendo que a turma do Fora do Eixo
está brava comigo. Que pena! Se forem os chefões, não ligo. Se for a mão de
obra similar à escravidão que se explora por lá, pior para os… próprios
escravos. A VEJA desta semana traz uma reportagem de Helena Borges sobre a
turma. A coisa me parece bem mais grave do que se supunha. Reproduzo um trecho
estarrecedor. Volto em seguida.
(…)
Alguns dos moradores [das casas Fora do Eixo] deixaram seus filhos para viver na comunidade. Nesses casos, é o Fora do Eixo que paga a pensão das crianças. No ano passado, nasceu o primeiro bebê que, segundo o Facebook do grupo, será criado coletivamente. “Benjamin Guarani-Kaiowá”, anunciou alegremente o FdE em um post, “tem mãe e pai biológicos, mas será criado por uma enorme rede, veloz e nômade. Nasceu on-line com registro midialivrista e será uma construção/experimentação dos novos bandos urbanos”. Se a turma de Capilé soa assim meio fora do eixo, seu líder não rasga dinheiro — pelo menos não o de verdade.
Alguns dos moradores [das casas Fora do Eixo] deixaram seus filhos para viver na comunidade. Nesses casos, é o Fora do Eixo que paga a pensão das crianças. No ano passado, nasceu o primeiro bebê que, segundo o Facebook do grupo, será criado coletivamente. “Benjamin Guarani-Kaiowá”, anunciou alegremente o FdE em um post, “tem mãe e pai biológicos, mas será criado por uma enorme rede, veloz e nômade. Nasceu on-line com registro midialivrista e será uma construção/experimentação dos novos bandos urbanos”. Se a turma de Capilé soa assim meio fora do eixo, seu líder não rasga dinheiro — pelo menos não o de verdade.
Voltei
Por onde a gente começa? A última vez em que crianças foram tratadas como “construção/experimentação” foi, não há por que não lembrar, no regime nazista. “Gente”, como se sabe, não é brinquedo e não pode ser submetida a esses, como posso chamar?, testes. Aliás, já há aí material suficiente para que o Ministério Público se interesse pelas “casas” de Capilé, tanto o setor do MP empenhado no combate ao trabalho escravo como aquele que zela pelos direitos dos infantes. Lembro que a proteção à criança, no Brasil, como está claro no ECA, transcende a vontade dos país. Se há notícia de maus-tratos físicos ou psicológicos, o estado tem o dever de intervir.
Por onde a gente começa? A última vez em que crianças foram tratadas como “construção/experimentação” foi, não há por que não lembrar, no regime nazista. “Gente”, como se sabe, não é brinquedo e não pode ser submetida a esses, como posso chamar?, testes. Aliás, já há aí material suficiente para que o Ministério Público se interesse pelas “casas” de Capilé, tanto o setor do MP empenhado no combate ao trabalho escravo como aquele que zela pelos direitos dos infantes. Lembro que a proteção à criança, no Brasil, como está claro no ECA, transcende a vontade dos país. Se há notícia de maus-tratos físicos ou psicológicos, o estado tem o dever de intervir.
Segundo entendi, o pobre Benjamin
Guarani-Kaiowá está sendo educado pelo estado paralelo inventado por Capilé — o
homem que pega a grana em reais da Petrobras ou de governos e “paga” seus
escravos com uma moeda própria, os “cubo cards”. Quando chegar a hora de o pai
ou a mãe ir à reunião da escola, o “coletivo” é que vai comparecer? Tadinho do
Guarani-Kaiowá… Os outros meninos têm de, simbolicamente, matar um só pai, ele
terá de enfrentar um coletivo; os outros têm só uma Jocasta… Este terá todas!
É um escândalo que essa gente aloprada
possa fazer e escrever essa barbaridade. Até porque, como é sabido, uma
“construção/experimentação” pode dar certo ou errado, não é mesmo?
Enquanto o chefe da seita se regozija com
sua “construção/experimentação”, outras crianças estão crescendo longe de seus
respectivos pais, que decidiram largar tudo para se internar no “mosteiro” de
Capilé. Generoso, ele, por intermédio das casas Fora do Eixo, paga a pensão da
garotada. Benjamin Guarani-Kaiowá, assim, tem um monte de pais; os outros não
têm pai nenhum!
Não custa lembrar que a Petrobras e a Lei
Rouanet respondem por parte do dinheiro dessa gente. Empresas públicas e
privadas que financiam Capilé e sua turma se tornam moralmente
responsáveis por seus métodos.
Por Reinaldo Azevedo
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