“Pior do que um partido revolucionário só outro partido revolucionário” (Raymond Aron)
Sumiu do noticiário da mídia amestrada no
comunismo o caso da deputada Janira Rocha, presidente do PSOL do Rio de Janeiro
e líder do partido na Assembleia Legislativa do Estado. A deputada Janira,
sempre engajada na luta pela urgente implantação do socialismo cubano no Brasil
e intransigente defensora da ação dos mascarados nas manifestações de rua, está
sendo investigada pela Corregedoria da Alerj por “quebra de decoro
parlamentar”, um procedimento que, em tese, visa expurgar da atividade
legislativa os políticos envolvidos em fraudes, desvios, roubos e falcatruas.
Em
retrospecto, os “malfeitos” da deputada são inúmeros, a começar pelos crimes de
cotização, caixa 2, boca de urna e desvio de dinheiro do Sindicato dos
Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social (Sindsprev/RJ), entidade
acusada de sonegar o Imposto de Renda, do qual a deputada psolista foi diretora
financeira. (Numa gravação entregue à Corregedoria da Alerj, Janira confessa
que usou o dinheiro desviado do Sindsprev/RJ não só para se eleger, como para
bancar outras campanhas e para a criação e estruturação do próprio PSOL).
No que
tange ao crime de “cotização” – delito em que o parlamentar se apossa dos
proventos de servidores fantasmas -, a líder revolucionária logra até 80% dos
salários que atingem, em média, a casa de R$ 8.000 mensais. Dado instrutivo: em
depoimento à Corregedoria da Alerj, Maria das Graças Santos, uma das suas 15
“assessoras cotistas”, diz que a coisa ultrapassou os limites quando a exigente
deputada, reunida em grupo, “alegou que iria precisar de mais dinheiro para
mudar o perfil e atrair o eleitor formador de opinião. Ela precisaria gastar
para se vestir melhor e pagar fonoaudiólogo para ter um timbre de voz
diferente”.
O Partido
Socialismo e Liberdade (PSOL), como se sabe, é uma agremiação radical
instituída em 2004 a partir do cisma dos seus integrantes com o PT de Lula –
este, por sua vez, tido pelos então dissidentes como “conservador”. O PSOL
reúne leninistas, trotskistas, marxistas libertários, eurocomunistas e maoístas
disfarçados, todos rezando pela cartilha do teórico Antonio Gramsci,
literalmente um monstro físico e moral (corcunda, estuprou a esposa russa) que
pretende impor à sociedade a “revolução passiva” – no fundo, o mesmo
totalitarismo estatal preconizado por Marx, Lênin et caterva. (Numa linguagem
cifrada, largada no mistifório obscuro de seus “Cadernos”, o fanático italiano
chama o marxismo de “filosofia da práxis”, em vez de classe, usa a expressão
“grupo social” e inventa os conceitos de “hegemonia”, “intelectual orgânico” e
do “Moderno Príncipe” – uma chupação do Príncipe de Maquiavel para definir
partidos tais como o PT e facções comunistas em geral).
PSOL e
PT, palmatórias do mundo, são irmãos siameses. As práticas criminosas adotadas
pela sua presidente no Rio de Janeiro são as mesmas utilizadas nos primórdios
pelo Partido dos Trabalhadores, viciado, quando assumiu o mando das primeiras
prefeituras, na arrecadação de propinas, aparelhamento dos órgãos públicos,
achaques, cotização, caixa 2 e quantas estripulias fossem necessárias para que
hoje viesse a se tornar dono do Brasil e um dos partidos mais ricos do mundo. O
PSOL aspira chegar ao poder, quem sabe no lugar do PT de Don Lula e, uma vez
nele, reeditar a máxima consagrada pelo melancólico Príncipe de Lampedusa: “É
preciso que tudo mude para que tudo, depois, retorne à mesma”.
Como no
filme de Milestone, não há nada de novo no front: em geral, sabemos todos, os
partidos da esquerda salvacionista, especialmente quando no monopólio do
governo foram, são ou serão corruptos, mentirosos, arbitrários e, havendo
margem, genocidas. Lênin, que dizia ter materializado na URSS as ideias de
Marx, planejava assaltos bancários e aparatos de tortura – no que era tipo
refinado. Fidel, por sua vez, antes mesmo de se tornar cultuado líder, foi
sicário funcional.
Sim,
estas são lições e práticas do mundo revolucionário. Por que vocês acham que o
velho Brasil transformou-se no “tudo isto que ai está”?
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