Na
hora que o que realmente precisa, os militares serão os que vão assumir, com
toda presteza, lealdade e eficiência, o trabalho dos companheiros "de
chapa", porque Dona Dilma, sabedora de quem são os que a elegeram,
não confia neles. O que devemos aprender com isto?
Se
há algo já muito bem conhecido em relação aos petistas, são seus modos toscos.
Nem o mais fino algodão egípcio, nem o mais requintado vinho Romanée-Conti ou a
miliardária bolsa kelly da grife Hérmes são capazes de
transformar trogloditas em seres humanos.
Pelo
contrário, somente de pensar isto minha memória quase que automaticamente puxa
da gaveta quantas pessoas humildes tenho conhecido na vida que se fazem
naturalmente nobilíssimas por suas atitudes moderadas, pelos gestos suaves,
pela voz serena e pelos pensamentos mais enlevados. Recordo dos meus pais,
bem como de professores, mestres e mesmo chefes que, usando da atitude
mansa, mas firme, corrigiram-me os desvios.
Ainda
me recordo de um dia, quando garoto, em que assistia ao meu pai no quartel
falando a um cabo para que não batesse nas mãos dos soldados que não estavam
corretamente espalmadas na posição de "sentido", mas que a ele as
ajustasse no modo correto, de modo que o soldado, ao invés de intimidar-se,
tornar-se-ia confiante. Aquilo para mim foi uma lição para toda a vida.
No
ambiente militar, especialmente no estudantil, os novatos são chamados de
"bichos" ou "feras". Claro, trata-se de um trote, que
apesar de não ser bem visto por alguns civis, ou mesmo por causa de eventuais
excessos, possui um significado essencial, que é o de evidenciar a falta de
disciplina nos que estão chegando: senso de higiene, de paciência, de
autoridade, de horário, e de honra, lealdade e responsabilidade, por
exemplo.
Não
há muito tempo atrás, uma coluna do jornalista
Cláudio Humberto noticiou que um dos postos mais vistosos da nação, a
ajudância-de-ordens da República, tem sido evitada pelos jovens oficiais das
três armas,
fartos que estão das humilhações a eles impostas. Cá eu digo que um militar,
disciplinado o suficiente para engolir sapo-boi, para tomar tal atitude,
é porque já estava engolindo boi-sapo.
Além
deste fato, que por si só já revela um vexame, mesmo porque o cargo de
Presidente da República não é propriedade particular da atual mandatária, pois
que também é sujeita a comportar-se conforme o protocolo, tem rolado na
internet outra infâmia, que infelizmente, não consegui confirmar, mas que a
tenho como plenamente plausível: Consta que o chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
República, general-de-exército José Elito Carvalho Siqueira, tentou seguir no
mesmo elevador com a presidente, ao que recebeu da própria a seguinte
ordem: “- Saia do elevador. Aqui não cabe a presença de um milico
de merda junto com a presidente da república."
Tudo o que vai acima, prezado leitor, fiz questão de
trazer à baila por um motivo bastante peculiar: Não bastasse o revanchismo da
gestão lulo-dilmista de perseguir os militares, de instaurar uma orwelliana
"Comissão da Verdade", e de conseguir a patética condenação civil do
Sr Cel Ustra, vem a neologística "presidenta" a convocar as Forças
Armadas para assumirem o papel de provimento da segurança por ocasião
da Copa das Confederações, da Copa do Mundo de Futebol e Olimpíadas, até
então institucionalmente atribuído à Polícia Federal, por conta do movimento
paredista desta.
Em
outras palavras: na hora que o que realmente precisa, os militares, os eternos
inimigos, os protagonistas da ditadura entoada mais do que os cânticos
corânicos nas madrassais, serão os que vão assumir, com toda presteza, lealdade
e eficiência, o trabalho dos companheiros "de
chapa", porque Dona Dilma, sabedora de quem são os militantes
utilitaristas que a elegeram, não confia neles.
Como
tenho dito, os servidores públicos andam completamente perdidos: por anos a
fio, desenvolveram a mais veemente campanha difamatória contra o governo de
Fernando Henrique Cardoso, acusando-o de toda sorte de epítetos, especialmente
os de "neoliberal", "ditador", e "entreguista";
aliás, não só fizeram isto como também muitos participaram ativamente
da máquina de espionagem e ativismo administrativo e judicial contra quem quer
que fosse que o PT apontasse o dedo, e votaram alegres, confiantes, e
esperançosos, não poucos com lágrimas nos olhos, crentes que a administração da
estrela vermelha fosse conduzi-los ao Parnasso.
A
realidade, como se tem visto, mostrou-se bem diferente: Nas duas gestões
lulistas, houve tão somente um aumento para o funcionalismo público civil, e
vejam, ora só: o mesmo que fez FHC! E aqui estamos, perante uma crise mundial,
com os cofres públicos já arrombados pelas farras do seu padrinho político
(ninguém mais fala de herança maldita, né...?), com todo o funcionalismo
sentindo-se ludibriado e a exigir aumentos exatamente pelos mesmos meios com
que foi ensinado e por décadas instigado...hã...deixe-me ver...ah, sim...pelo
PT!
Assim
tem agido o PT: apesar de todo o discurso estatista, igualitarista e populista,
recorre à iniciativa privada para construir e gerir estádios, aeroportos e
estradas, como fez com as obras da Copa e agora, com o bisonho plano batizado
de PNLI -Plano Nacional de Logística Integrada; estabelece cotas para
universidades, mas mantém à distância o IME e o ITA, centros de excelência
acadêmica mantidos pelo Exercito e pela Aeronáutica, respectivamente; e agora,
confia às três forças o papel de agir como agentes de imigração e segurança
pública para os perdulários eventos que contraiu para o país.
O
que mais é preciso para denunciar como falso, hipócrita e fracassado o ideário
petista? Está na hora de os brasileiros perceberem que o PT fora do poder não
fará nenhuma falta!
Bacharel em Ciências Náuticas no Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar, em Belém, PA. Analista-Tributário da Receita Federal com cursos na área de planejamento, gestão pública e de licitações e contratos administrativos. Dedicado ao estudo autoditada da doutrina do liberalismo, especialmente o liberalismo austríaco. Dono do blog LIBERTATUM (http://libertatum.blogspot.com), escreve para o Mídia Sem Máscara e outros sites. Em 2006, foi condecorado como "Colaborador Emérito do Exército", pelo Comando Militar da Amazônia.
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