Se voto é fonte de legitimidade para Dilma, então ela aceitaria fazer um “recall”?

A legitimidade do governo vai ser medida por sua aprovação: ZERO!

Presidente mais impopular da história, Dilma Rousseff fez nesta sexta-feira mais um esforço para implementar a agenda positiva e tentar afastar a crise política – mas o fantasma do impeachment assombrou o discurso da petista. Dilma afirmou, em cerimônia de entrega de unidades do Minha Casa, Minha Vida em Boa Vista (RR), que “aguenta pressão, que aguenta ameaças”, que já passou por momentos muito mais difíceis do que os atuais e que a democracia tem que ser respeitada. “Voto é a fonte da minha legitimidade e ninguém vai tirar essa legitimidade que o voto me deu”, afirmou. “Podem ter certeza que, além de respeitar, eu honrarei o voto que me deram”, completou.
Só tem um detalhe que ela ignora: seus votos foram obtidos com o maior estelionato eleitoral da história! Ou seja, os votos obtidos em outubro de 2014 foram com base em mentiras escancaradas, em jogada de marketing, em terrorismo eleitoral, em abuso da máquina estatal. Isso sem falar do óbvio: com o uso de recursos ilegais! O que, por si só, já configuram um quadro de possível impeachment. Os votos não estão acima das leis, e a petista deveria saber disso.
Mas há uma forma mais fácil de verificar se Dilma tem mesmo a legitimidade dos votos: fazer como os americanos e chamar um “recall”, para que o povo avalie se mantém ou não a legitimidade dada nas urnas em 2014. Que tal? Será que Dilma aceita confirmar essa legitimidade em nova votação? Será que o PT, partido que defende a “democracia direta”, quer mesmo ouvir a voz do povo nas urnas? Porque nas ruas será obrigado a ouvir no dia 16 de agosto, mas com certeza não será para dar aval e legitimidade a essa farsa de governo…
Rodrigo Constantino

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