Lula recebe 50 sindicalistas para comemorar veto

O veto do Lula da Silva à decisão do Congresso de obrigar entidades sindicais a prestar contas do uso do imposto sindical ao Tribunal de Contas da União (TCU) foi comemorado numa animada solenidade, ontem, no Palácio do Planalto.

Participaram mais de 50 sindicalistas, liderados pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, e pelo deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, presidente da Força Sindical. A festa que lotou o Salão Leste do Planalto começou a portas fechadas. A alegação foi de que seria um encontro privado e que nem a Radiobrás poderia registrar. Depois de protesto dos jornalistas, a solenidade de sanção da lei que legaliza as centrais sindicais foi aberta à imprensa.

Os dirigentes sindicais se revezaram no microfone para bajular o presidente e agradecer o veto à medida que abriria a caixa-preta do uso de cerca de R$ 1,2 bilhão anuais — R$ 100 milhões só para as centrais. Lula foi o último a falar. Disse que, desde a aprovação da lei, nunca teve dúvidas de que vetaria a fiscalização. Por Maria Lima - O Globo


IMPOSTO SINDICAL
O Ministério do Trabalho não tem a estrutura do TCU para fiscalizar contas. Além disso, o imposto sindical seria o único imposto cujo repasse ficaria isento de fiscalização de tribunal de contas.

Na campanha eleitoral que elegeu o presidente Lula pregou a reforma da CLT e o fim do imposto sindical. Chegou a alegar que, como sindicalista, sabia que o imposto serve para sustentar o chamado peleguismo.

O tempo passou e, ontem, o presidente invocou seu passado sindical para vetar a parte da lei sobre centrais sindicais, que submeteria ao Tribunal de Contas da União (TCU) o uso desse imposto, pago por patrão e por empregado. O empregado trabalha um dia por ano para sustentar o sindicato.

Alegam os congressistas que aprovaram a lei que a fiscalização por parte do TCU fez parte do acordo que manteve o imposto sindical, que quase foi extinto e substituído por contribuição voluntária. As centrais sindicais de patrões e empregados se uniram para pedir o veto. Não querem que o TCU fiscalize, por quê?

O Ministério do Trabalho não tem a estrutura do TCU para fiscalizar contas. Além disso, o imposto sindical seria o único imposto cujo repasse ficaria isento de fiscalização de tribunal de contas. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) alega que não é dinheiro do estado, mas do trabalhador. Mas não é um fundo de garantia nem um fundo de amparo ao trabalhador. Chama-se imposto.

Não querer que a aplicação de um imposto, que significa parte do faturamento de empresas e um dia de trabalho do assalariado, e não querer que a aplicação seja fiscalizada pelo TCU parecem querer evadir-se dos princípios da transparência e da moralidade. Por Alexandre Garcia – Bom dia Brasil


MILITAR MORRE COM SUSPEITA DE DENGUE NO RIO
O tenente médico do Exército, Daniel Lins, 27 anos, morreu ontem com suspeita de dengue hemorrágica, de acordo com denúncia feita pela família do militar. Ainda de acordo com parentes, mesmo passando mal, Daniel teve a dispensa negada pelo oficial superior. Ele faria atendimento numa das tendas do Exército, mas como não estava bem, foi obrigado a trabalhar no quartel. O militar faria 28 anos no próximo mês. O Comando Militar do Leste confirmou a morte, mas não informou a causa. JB Online


SENADORES CITAM “GALINHA CACAREJADORA”, “GREVE DE BANHO” e “CRÉU” EM SESSÃO

O senador Mão Santa (PMDB-PI) provocou ontem polêmica no Senado ao comparar a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) a uma "galinha cacarejadora" porque ela tem viajado para divulgar as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Ele acusou o governo de copiar estratégia do ministro da propaganda de Adolf Hitler, Joseph Goebbels. – “Se formos buscar, lá, na história de Hitler, eles dizem que Goebbels orientava o partido dele a ficar gritando "obras, obras, obras", como uma galinha cacarejadora. Antes de fazer e depois. Ela pode ser muito bem a galinha cacarejadora desse governo."

A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), não gostou da comparação: "Ele disse que a ministra não é a mãe do PAC, mas uma galinha cacarejadora. Não vou admitir, como mulher, que qualquer mulher seja desrespeitada".

O senador disse que manteria suas palavras e acusou o governo todo de "cacarejar". Ideli afirmou que quer punição ao colega. "Vai ter algum tipo de punição e pode vir até da própria ministra", avisou.

Antes, Mario Couto (PMDB-PA) ameaçou fazer "greve de banho" para, segundo ele, ficar "fedorento" e sensibilizar os colegas a aprovarem o projeto que reajusta benefícios do INSS. Romeu Tuma (DEM-SP), que presidia a sessão, desabafou: "Só faltou a dança do créu [funk] aqui no Senado hoje". (AM e AC) Folha

2 comentários:

Anônimo disse...

Um bando de sindicalistas INÚTEIS, pelegada safada, que fica rindo da nossa cara, enquanto nos roubam descaradamente.

Anônimo disse...

É a farra para debochar da nossa cara.
No editorial do Estadão de hoje, "O poder do baronato sindical" está que: "...nada menos de 45% dos cargos mais altos da administração federal são ocupados por sindicalistas, segundo uma pesquisa da FGV."
Esse poder paralelo também quer influir no reajuste do salário mínimo, nas correções da tabela do IR e do funcionalismo.
E sua nova meta é a INCLUSÃO DE SINDICALISTAS NOS CONSELHOS DE ADMINISTRAÇÃO DAS ESTATAIS!!!

Socorrro!!!
Parem este país que eu quero descer!!!

Joana D'Arc