PT (Valter Pomar) defende as FARC no Foro de São Paulo, em Montevidéu

FORO DE SÃO PAULO ABRE DEBATES - Material do jornal "PrensaEscrita" do Uruguai. Tradução - Arthur (MOVCC)



O presidente da Frente Ampla, Jorge Brovetto, e o intendente municipal de Montevidéu, Ricardo Ehrlich, teão a seu cargo esta noite, no Edifício Mercosur, a cerimônia inaugural do XIV Encontro do Foro de São Paulo.

O Foro de São Paulo em sua 18º edição, contará com a participação dos representantes dos partidos de esquerda da América Latina e do Caribe, assim como de observadores de países europeus e asiáticos.

Os detalhes sobre o Foro foram dados ontem, durante uma conferência à imprensa na sede da Frente Amplia (FA), por Belela Herrera da FA, Valter Pomar do PT do Brasil, e Saúl Escobar Toledo do Partido Revolucionário Democrático (PRD) do México.

Herrera começou recordando que a primeira sessão do Foro foi no ano 1990 no Brasil, foi inaugurada na época, pelo atual presidente do Brasil "Lula" da Silva e pelo atual presidente da Nicarágua, Daniel Ortega. Naquele momento nenhum partido de esquerda estava no poder na América Latina.


Ele afirmou que durante esse encontro o objetivo é realizar um "relançamento" do Foro de São Paulo, e que ele seja "um momento de reflexão sobre o desenvolvimento dos partidos de esquerda latino-americanos".

"Pretendemos que seja um encontro muito fraterno, com ricas discussões em vários temas e que, finalmente, possamos emitir um documento final por consenso", afirmou Herrera. Considerou também que nas discussões estarão presentes grandes bandeiras da esquerda, como a liberdade, a justiça social, democracia e direitos humanos, e também os novos desafios progressistas como a ecologia, a defesa do meio ambiente, as questões de gênero contra todas as formas de exclusão, racismo e xenofobia.


PLENÁRIOS E HOMENAGENS
Ontem, começaram as tarefas do Grupo de Trabalho do Foro de São Paulo e a partir de hoje, pela manhã, se desenvolverão os trabalhos por partidos e por região. Também haverá homenagens a Nani Stuart, aos 80 anos de Ché Guevara e aos 100 anos de Salvador Allende. Na segunda-feira, às 9 da manhã, irá se realizar uma cerimônia para Augusto César Sandino, na praça que leva seu nome.


O TEMA DAS FARC E O VALTER POMAR DO PT
Escobar Toledo, representante do PRD de México - país que será sede do próximo encontro do Foro de São Pablo – disse que a experiência deste tipo de encontro é inédita no mundo, não somente por sua diversidade quanto às culturas, histórias, trajetórias e experiências dos partidos, como também pela realização de um Foro "que nos agrupa, segundo nossa visão, à pertinência da esquerda latino-americana, com metas, objetivos, propósitos, sonhos e utopias que compartilhamos".

O secretario de relações internacionais do PT de Brasil, Valter Pomar, respondeu a uma pergunta, se pode haver uma condenação do Foro aos seqüestros das FARC na Colômbia.

"Pretendemos dar muito espaço aos debates sobre a Colômbia, onde há décadas que está em curso um enfrentamento militar, que tem como atores o Estado, os paramilitares e as “forças insurgentes” . Ao Foro de São Paulo interessa a paz e que haja um processo de negociação para atingir este objetivo", disse.

"Estamos convencidos de que os maiores interessados nessa guerra são a direita colombiana e o governo norte-americano, porque isso permite a presença de tropas de Estados Unidos em nosso continente", argumentou Pomar.

Disse ainda, que o Foro deverá tomar posição sobre a paz na Colômbia e não restringir-se à condenação a uma das partes. "Não se pode responsabilizar a esta ou aquela força política, por um processo de guerra civil que tem como causas sociais e políticas que já vêem desde há muito tempo", afirmou Pomar.

De sua parte, Escobar Toledo disse que muitos partidos que integram o Foro de São Paulo não compartilham com os métodos das FARC, porém "o tema não é esse, e sim, encontrar um caminho para a paz, é nisso que pretendemos enfocar. Não é bom fazer condenações e desqualificações que entorpeçam o caminho, por isso, seremos cuidadosos para que o papel do Foro não seja desviado", pontualizou.


OS PARTICIPANTES
República Dominicana, Brasil, Equador, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru, Venezuela, Colômbia, Cuba, México, Nicarágua, San Salvador, Guatemala y Uruguai.

Entre as delegações que ainda faltam chegar:
África do Sul, Alemanha, Angola, Austrália, Áustria, Moçambique, Noruega, Portugal, Reino Unido, Suécia, Estados Unidos, Finlândia, Francia, Grécia, Holanda, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Bélgica, Canadá, Espana e China.

No total serão mais 500 pessoas que participarão representando aos distintos partidos políticos da esquerda do mundo inteiro. Entre os assistentes se destacarão: O presidente de Nicarágua, Daniel Ortega, Marco Aurélio García, assessor das relações internacionais do Lula Da Silva, Carlos Gaviria, presidente do Pólo Democrático Alternativo - partido de oposição a Álvaro Uribe - e Gustavo Larrea, ministro de Segurança do Equador. Fonte: “PrensaEscrita” do Uruguai

Foto 1 - Belela Herrera fala sobre os detalhes do encontro. A sua esquerda, Valter Pomar do PT de Brasil e Escobar Toledo PRD de México.

Foto 2 - No NH Columbia. Primeira sessão do Grupo de Trabalho do Foro de São Paulo.





A ESCÓRIA DO MUNDO - Olavo de Carvalho


“Cuanto más alto sube, baja al suelo.” (Frei Luís de León)

Vou resumir aqui umas verdades óbvias e bem provadas, que uma desprezível convenção politicamente correta proíbe como indecentes.

Todo comunista, sem exceção, é cúmplice de genocídio, é um criminoso, um celerado, tanto mais desprovido de consciência moral quanto mais imbuído da ilusão satânica da sua própria santidade.

Nenhum comunista merece consideração, nenhum comunista é pessoa decente, nenhum comunista é digno de crédito.

São todos, junto com os nazistas e os terroristas islâmicos, a escória da espécie humana. Devemos respeitar seu direito à vida e à liberdade, como respeitamos o dos cães e das lagartixas, mas não devemos lhes conceder nada mais que isso. E seu direito à vida cessa no instante em que atentam contra a vida alheia.

Nos anos 60 e 70, a guerrilha brasileira não foi nenhuma epopéia libertária, foi uma extensão local da ditadura cubana que, àquela altura, já tinha fuzilado pelo menos dezessete mil pessoas e mantinha nos cárceres cem mil prisioneiros políticos simultaneamente, número cinqüenta vezes maior que o dos terroristas que passaram pela cadeia durante o nosso regime militar, distribuidos ao longo de duas décadas, nenhum por mais de dois anos – e isto num país de população quinze vezes maior que a de Cuba. Nossos terroristas recebiam dinheiro, armas e orientação do regime mais repressivo e assassino que já houve na América Latina, e ainda tinham o cinismo de apregoar que lutavam pela liberdade.

Agora que estão no poder, enchem-se de verbas públicas e justificam a comedeira alegando que o Estado lhes deve reparações. O dinheiro do Estado é do povo brasileiro e o povo brasileiro não lhes deve nada. Eles é que devem aos filhos e netos daqueles que suas bombas aleijaram e seus tiros mataram.

Perguntem aos cidadãos, nas ruas: “O senhor, a senhora, acham que têm uma dívida a pagar aos terroristas, pelo simples fato de que a violência deles foi vencida pela violência policial? O senhor, a senhora, acham justo que o Estado lhes arranque impostos para enriquecer aqueles que se acham vítimas injustiçadas porque o governo matou trezentos deles enquanto eles só conseguiram, coitadinhos, matar a metade disso?”

Façam uma consulta, façam um plebiscito. A nação inteira responderá com o mais eloqüente NÃO já ouvido no território nacional.

É claro que os crimes que esses bandidos cometeram não justificam nenhuma barbaridade que se tenha feito contra eles na cadeia. Mas justifica que estivessem na cadeia, embora tenham ficado lá menos tempo do que mereciam. E justifica que, surpreendidos em flagrante delito e respondendo à bala, fossem abatidos à bala.

Mas eles não acham isso. Acham que foi um crime intolerável o Estado ter armado uma tocaia para matar o chefe deles, Carlos Marighela, confessadamente responsável por atentados que já tinham feito várias dezenas de vítimas inocentes; mas que, ao contrário, foi um ato de elevadíssima justiça a tocaia que montaram para assassinar diante da mulher e do filho pequeno um oficial americano a quem acusavam, sem a mínima prova até hoje, de “dar aulas de tortura”.

Durante a ditadura, muitos direitistas e conservadores arriscaram vida, bens e reputação para defender comunistas, para abrigá-los em suas casas, para enviá-los ao exterior antes que a polícia os pegasse. Não há, em toda a história do último século, no Brasil ou no mundo, exemplo de comunista que algum dia fizesse o mesmo por um direitista.

Sim, os comunistas são diferentes da humanidade normal. São diferentes porque se acham diferentes. São inferiores porque se acham superiores. São a escória porque se acham, como dizia Che Guevara, “o primeiro escalão da espécie humana”.

Eles têm, no seu próprio entender, o monopólio do direito de matar. Quando espalham bombas em lugares onde elas inevitavelmente atingirão pessoas inocentes, acham que cumprem um dever sagrado. Quando você atira no comunista armado antes que ele o mate, você é um monstro fascista.

Por isso é que acham muito natural receber indenizações em vez de pagá-las às vítimas de seus crimes.

Quem pode esperar um debate político razoável com pessoas de mentalidade tão deformada, tão manifestamente sociopática?

Um comunista honesto, um comunista honrado, um comunista bom, um comunista que por princípio diga a verdade contra o Partido, um comunista que sobreponha aos interesses da sua maldita revolução o direito de seus adversários à vida e à liberdade, um comunista sem ódio insano no coração e ambições megalômanas na cabeça, é uma roda triangular, um elefante com asas, uma pedra que fala, um leão que pia em vez de rugir e só come alface. Não existiu jamais, não existe hoje, não existirá nunca. Diário do Comércio (editorial), 20 de maio de 2008

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