Lula é o único responsável pela recriação do novo imposto

Em público, Lula e seus ministros dizem que nada têm a ver com a recriação da CPMF. É coisa do Congresso, afirmam. Em privado, o Planalto tenta amolecer resistências mostrando aos congressistas o caminho do cofre. Negocia-se a liberação de emendas levadas ao orçamento de 2008 por deputados e senadores. – Leia mais aqui, no Blog do Josias-



MANOBRA DA OPOSIÇÃO ADIA CRIAÇÃO DE NOVO TRIBUTO

Surpreendido, governo retomará votação terça-feira. A previsão era de que a regulamentação da Emenda 29, com a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS), fosse decidida ontem no voto, mas a oposição resolveu atrapalhar os planos do governo e lançou mão de uma manobra regimental. Após quase oito horas de discussão, o relator da Emenda 29 na Comissão da Seguridade Social da Câmara e presidente da Frente Parlamentar da Saúde, deputado Rafael Guerra (PSDB-MG), pediu vistas das nove emendas de plenário. Agora, o projeto só deve ser votado na próxima terça-feira. – Matéria completa aqui, no JB Online



BATISMO DE SUCESSO
A proposta da nova CPMF, batizada de CSS (Contribuição Social para a Saúde), virou piada no mundo musical, porque a sigla é a mesma da banda Cansei de Ser Sexy. Adriano, do grupo curitibano, não gostou da idéia do novo imposto. "Olha, se todos os problemas do Brasil se resolvessem trocando os nomes... Por que o Lula não muda de nome também? De repente é só isso que ele precisa pra mais um mandato." Carol Parra, integrante do grupo, está mais otimista. "Espero que essa nova sigla dê sorte." – Coluna de Mônica Bergamo FSP



PUXADA POR ALIMENTOS, INFLAÇÃO SOBE MAIS PARA A BAIXA RENDA
A inflação voltou a pesar mais para a população de baixa renda em maio. O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação para as famílias com renda entre um e 2,5 salários mínimos, registrou variação de 1,38% no mês. Matéria completa aqui, no Portal G1



SE QUISESSE, LULA PODERIA DE FATO AJUDAR OS POBRES
Extinção de tributo tiraria 6,4 milhões de brasileiros da pobreza, diz Ipea

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Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) apresenta nesta quinta ao Senado, durante audiência que discute tributação, um levantamento que aponta que a eliminação da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) resultaria em um ganho de renda para as camadas mais pobres. Leia matéria completa aqui, na Folha Online




LAP WAI CHAN, UM ESTRANGEIRO, É QUEM MANDA, DE FATO, IRREGULARMENTE, NA VARIGLOG

Especial para o JB
No mundo real tudo continua igual: a VarigLog segue como a primeira empresa de aviação do Brasil comandada por estrangeiros. O juiz de São Paulo José Paulo Camargo Magano mantém o fundo de investimentos Matlin Patterson, dos Estados Unidos, na gestão da companhia. O gestor do fundo, Lap Wai Chan, continua rindo das autoridades brasileiras, enquanto o seu preposto Santiago Born tem a gestão oficial e não toma nenhuma atitude administrativa sem o consultá-lo por e-mail.

O dinheiro continua bloqueado na Suíça e a sociedade não sabe o destino dos U$ 86 milhões de dólares. O fundo Matlin Patterson não apresentou a carta de fiança solicitada pela justiça. Os gestores judiciais estão ganhando salários de marajás. Os sindicatos dos aeroviários e dos aeronautas protestam pela demissão em massa, sem o pagamento das verbas indenizatórias.

Os sócios brasileiros afastados do comando da empresa são acusados de pertencerem a uma quadrilha. Leia matéria completa aqui, no JB Online




TRAPAÇA NA VEIA
Por Dora kramer

Não se pode dizer que a CPI dos Cartões Corporativos tenha frustrado expectativas. Ninguém esperava coisa alguma de uma comissão de inquérito marcada por acordos nebulosos e muita mentira, tanto por parte do governo como da oposição.

Mas o desfecho, depois de três meses de pura embromação, acabou superando qualquer prognóstico. Nem os mais dantescos chegaram perto do que seria o relatório final lido pelo deputado Luiz Sérgio na última terça-feira e a ser votado hoje na sessão conclusiva da CPI.

À falta de uma boa história para livrar o governo Luiz Inácio da Silva de explicar por que as despesas com cartões corporativos cresceram 129% de 2006 para 2007 e por que só 11% dos gastos no ano passado foram postos sob a luz da transparência, o deputado simplesmente distorceu os fatos e considerou altamente suspeitas as contas de cinco ministros do governo anterior.

Já os ministros de Lula flagrados no exercício dos abusos que deram origem ao escândalo e à própria CPI, na versão de Luiz Sérgio foram vítimas de “equívocos”.

Nem uma palavra sobre o dossiê dos gastos do governo Fernando Henrique Cardoso, mas isso se mostrou dispensável, pois o relatório é o próprio dossiê.
À falta de investigação, Luiz Sérgio não se apertou: inocentou os amigos e condenou os inimigos. Tudo sem disfarces nem meias palavras, cambalacho direto na veia. Quem gostou, ótimo, quem não gostou, gostasse.

O deputado Luiz Sérgio é do PT. Não do time de estrelas, que desde o início ficou preservado, mas da equipe reserva escalada para a tarefa de defender o indefensável, como dizia gente da direção do partido quando tudo começou, para explicar o predomínio do baixo clero na CPI dos Cartões.Os graúdos evitaram se expor, mas não escapam do vexame de ver o PT, um partido que deu vida às comissões parlamentares de inquérito, passar à história no papel de mestre de cerimônia no enterro oficial das CPIs. Pelo menos tal como foram concebidas - instrumentos de fiscalização da minoria - estão mortas.

O governo usa a maioria para manipular de maneira tosca e a oposição, quando não abre mão de suas prerrogativas, copia o adversário na arte do embuste.

Depois de antecipar, e justificar, uma conclusão anódina, os oposicionistas prometem para hoje o pedido de indiciamento da ministra Dilma Rousseff, sem terem conseguido produzir uma só prova contra ela, não obstante as evidências.

“Dilma mentiu”, alega a presidente da CPI, senadora Marisa Serrano. Mentiu. E a senadora engana quando finge desconhecer que o depoimento da ministra na Comissão de Infra-Estrutura não tem validade na CPI.


LOBISTA DE CASA
Os próximos acontecimentos dirão se a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil Denise Abreu está certa quando acusa a ministra da Casa Civil de interferir na compra da Varig ou se é Dilma Rousseff quem está correta quando nega a acusação. Mas do relato de Denise ao Estado resta desde já um ponto inquestionável: entre 2006 e 2007, o governo conviveu impávido com a acusação de que, dos quatro principais diretores da Anac, dois faziam lobby para a TAM e dois eram lobistas da Gol.

Isso no auge da crise aérea, enquanto o Palácio do Planalto assegurava a lisura e a competência da diretoria da Anac. Se, na época, Dilma Rousseff quis tomar alguma providência, não teve respaldo de cima. Se não quis, compactuou.

Apenas na segunda hipótese existe a possibilidade de o presidente Lula não ter tido conhecimento do fato que, no caso, põe em xeque a lealdade de Dilma. Ou não. O Estado de São Paulo

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