Seja em ciência política, seja no mero comentário jornalístico, a análise de um candidato a qualquer cargo eletivo, para ter o mínimo de confiabilidade, tem de abranger os seguintes aspectos e suas interrelações:
1. Sua imagem publicitária, o "personagem" criado pela sua campanha, o qual pode coincidir em mais ou em menos com a sua personalidade real.
2. Seu programa de governo ou plano de ação, considerado na sua pura lógica interna.
3. A comparação entre esse plano e a situação externa objetiva que ele promete alterar ou corrigir.
4. As correntes de pensamento atuais ou pretéritas que, de maneira mais próxima ou mais remota, se refletem nesse plano.
5. Os grupos políticos, econômicos e culturais que apóiam o candidato de maneira ostensiva ou discreta.
6. A posição real do candidato ante esses grupos, seja como seu líder efetivo, como seu parceiro permanente ou temporário ou como seu agente e serviçal.
7. As alternativas reais ou possíveis contra as quais sua candidatura se opõe de maneira explícita ou velada.
Só quando esses sete fatores estão esclarecidos você pode ter uma certeza razoável de que conhece o candidato e sabe a que ele veio. É essa a condição sine qua non do alardeado voto consciente. E não é preciso dizer que essa condição depende, fundamentalmente, dos formadores de opinião – dos intelectuais públicos e da mídia.
Pois bem: em duas eleições sucessivas o brasileiro votou em Lula sem ter a menor idéia de que ele era o fundador e presidente da maior organização revolucionária que já existiu na América Latina. Faltaram por completo, na imagem pública do candidato, os itens 5, 6 e 7 da lista. Essas informações foram propositadamente, sistematicamente sonegadas ao eleitor pela propaganda partidária e por toda a grande mídia, com a cumplicidade passiva da Justiça Eleitoral.
Essas duas eleições foram ilegais no mais estrito sentido da palavra. Não atenderam às condições mínimas de informação fidedigna que o público precisa para escolher uma marca de automóvel, uma geladeira ou um remédio para hemorróidas. Todos os proprietários de jornais, revistas e canais de TV sabiam disso perfeitamente. A Justiça Eleitoral sabia disso. As Forças Armadas sabiam disso. A cumplicidade geral deu ao crime ares de legitimidade, marcando a ruptura definitiva entre o debate público e a realidade da vida nacional e gerando a atmosfera de alienação e loucura da qual a corrupção e a violência, em doses jamais vistas no mundo, são apenas o sintoma mais visível e escandaloso. Jamais, na história de qualquer nação, a elite falante, por amor e temor a um grupo político ambicioso e cínico, traiu e ludibriou tão completamente um povo.
Não é de estranhar que, decorridos alguns anos, o hábito da trapaça consciente e fria tenha se impregnado tão profundamente na moral dessa elite que até mesmo ao falar de outros países ela tenha de mentir compulsivamente – e mentir no preciso sentido que interessa ao grupo dominante. Só para dar um exemplo, a cobertura jornalística da candidatura Barack Obama na mídia brasileira limita-se estritamente a vender ao público a sua imagem publicitária - item 1 da nossa lista -, sem chegar a tocar nem mesmo no seu programa de governo. Ela mente em favor de Obama ainda mais espetacularmente do que mentiu em favor de Lula. Nenhum jornal ou canal de TV brasileiro jamais informou que Obama é um apóstolo da Media Reform calculada para eliminar a liberdade de opinião no rádio, um defensor ardente da proibição total de armas de fogo pela população civil (na mesma linha que Hitler adotou na Alemanha), um partidário fervoroso do imediato desmantelamento das defesas americanas anti-míssil (portanto, da rendição incondicional ante qualquer poder nuclear estrangeiro).
Ninguém jamais informou que ele votou contra a proibição de matar bebês que sobrevivam ao aborto e que ele é um discípulo da teologia da libertação na sua versão mais radical e extremada. Ninguém informou que os grupos que o apóiam são círculos bilionários globalistas aos quais ele serve como agente para a destruição da soberania americana e a imediata implantação de um governo mundial pelos meios mais antidemocráticos que se pode imaginar. E ninguém informou que sua maior vantagem ante o concorrente republicano reside precisamente na superioridade dos seus fundos de campanha (400 milhões de dólares contra 85), o que já basta para mostrar que Obama não é de maneira alguma o candidato dos pobres e oprimidos.
Contra todas essas informações essenciais, a mídia brasileira martela e remartela a imagem publicitária baseada exclusivamente na cor da pele. Se Obama fosse candidato a presidente do Brasil, teria a maior votação da nossa história. Jornal do Comércio
1. Sua imagem publicitária, o "personagem" criado pela sua campanha, o qual pode coincidir em mais ou em menos com a sua personalidade real.
2. Seu programa de governo ou plano de ação, considerado na sua pura lógica interna.
3. A comparação entre esse plano e a situação externa objetiva que ele promete alterar ou corrigir.
4. As correntes de pensamento atuais ou pretéritas que, de maneira mais próxima ou mais remota, se refletem nesse plano.
5. Os grupos políticos, econômicos e culturais que apóiam o candidato de maneira ostensiva ou discreta.
6. A posição real do candidato ante esses grupos, seja como seu líder efetivo, como seu parceiro permanente ou temporário ou como seu agente e serviçal.
7. As alternativas reais ou possíveis contra as quais sua candidatura se opõe de maneira explícita ou velada.
Só quando esses sete fatores estão esclarecidos você pode ter uma certeza razoável de que conhece o candidato e sabe a que ele veio. É essa a condição sine qua non do alardeado voto consciente. E não é preciso dizer que essa condição depende, fundamentalmente, dos formadores de opinião – dos intelectuais públicos e da mídia.
Pois bem: em duas eleições sucessivas o brasileiro votou em Lula sem ter a menor idéia de que ele era o fundador e presidente da maior organização revolucionária que já existiu na América Latina. Faltaram por completo, na imagem pública do candidato, os itens 5, 6 e 7 da lista. Essas informações foram propositadamente, sistematicamente sonegadas ao eleitor pela propaganda partidária e por toda a grande mídia, com a cumplicidade passiva da Justiça Eleitoral.
Essas duas eleições foram ilegais no mais estrito sentido da palavra. Não atenderam às condições mínimas de informação fidedigna que o público precisa para escolher uma marca de automóvel, uma geladeira ou um remédio para hemorróidas. Todos os proprietários de jornais, revistas e canais de TV sabiam disso perfeitamente. A Justiça Eleitoral sabia disso. As Forças Armadas sabiam disso. A cumplicidade geral deu ao crime ares de legitimidade, marcando a ruptura definitiva entre o debate público e a realidade da vida nacional e gerando a atmosfera de alienação e loucura da qual a corrupção e a violência, em doses jamais vistas no mundo, são apenas o sintoma mais visível e escandaloso. Jamais, na história de qualquer nação, a elite falante, por amor e temor a um grupo político ambicioso e cínico, traiu e ludibriou tão completamente um povo.
Não é de estranhar que, decorridos alguns anos, o hábito da trapaça consciente e fria tenha se impregnado tão profundamente na moral dessa elite que até mesmo ao falar de outros países ela tenha de mentir compulsivamente – e mentir no preciso sentido que interessa ao grupo dominante. Só para dar um exemplo, a cobertura jornalística da candidatura Barack Obama na mídia brasileira limita-se estritamente a vender ao público a sua imagem publicitária - item 1 da nossa lista -, sem chegar a tocar nem mesmo no seu programa de governo. Ela mente em favor de Obama ainda mais espetacularmente do que mentiu em favor de Lula. Nenhum jornal ou canal de TV brasileiro jamais informou que Obama é um apóstolo da Media Reform calculada para eliminar a liberdade de opinião no rádio, um defensor ardente da proibição total de armas de fogo pela população civil (na mesma linha que Hitler adotou na Alemanha), um partidário fervoroso do imediato desmantelamento das defesas americanas anti-míssil (portanto, da rendição incondicional ante qualquer poder nuclear estrangeiro).
Ninguém jamais informou que ele votou contra a proibição de matar bebês que sobrevivam ao aborto e que ele é um discípulo da teologia da libertação na sua versão mais radical e extremada. Ninguém informou que os grupos que o apóiam são círculos bilionários globalistas aos quais ele serve como agente para a destruição da soberania americana e a imediata implantação de um governo mundial pelos meios mais antidemocráticos que se pode imaginar. E ninguém informou que sua maior vantagem ante o concorrente republicano reside precisamente na superioridade dos seus fundos de campanha (400 milhões de dólares contra 85), o que já basta para mostrar que Obama não é de maneira alguma o candidato dos pobres e oprimidos.
Contra todas essas informações essenciais, a mídia brasileira martela e remartela a imagem publicitária baseada exclusivamente na cor da pele. Se Obama fosse candidato a presidente do Brasil, teria a maior votação da nossa história. Jornal do Comércio
Em meio ao agravamento da crise política do Zimbábue, relatos de mutilações começaram a se somar na quarta-feira ao número crescente de assassinatos e torturas no país. Aliados do presidente Robert Mugabe - que está no poder há 28 anos e tenta mais uma reeleição - estariam cortando as mãos e quebrando os dedos de partidários da oposição para impedi-los de votar no segundo turno das eleições presidenciais, marcado para sexta-feira, noticia o portal Globo Online.
- A violência é maior no interior, as pessoas têm as mãos cortadas e os dedos quebrados - relata um jornalista que preferiu não divulgar o nome, em referência a uma prática que remete à Serra Leoa, país que em 2002 pôs fim a dez anos de uma guerra civil que marcou o mundo pelas imagens de seus mutilados.
O líder da oposição, Morgan Tsvangirai, que retirou sua candidatura no domingo para evitar mais derramamento de sangue e se refugiou na embaixada da Holanda, disse que pelo 86 de seus seguidores foram mortos, 10 mil estão feridos e cerca de 200 mil pessoas foram desalojadas de suas casas. No entanto, médicos e outras fontes da oposição estimam que o número de mortos já possa ser quase seis vezes maior e chegar a 500. Médicos estariam tão ocupados em dar conta dos feridos que não estão conseguindo atualizar seus relatórios. O Conselho de Segurança da ONU disse que uma grande quantidade de pessoas já morreu.
Na quarta-feira Tsvangirai deixou temporariamente a embaixada da Holanda para dar uma entrevista, em que defendeu a negociação de solução política liderada por países africanos. Globo Online
BAIXA PARTICIPAÇÃO MARCA INÍCIO DO 2.º TURNO NO ZIMBÁBUE
Presidente Mugabe concorre sozinho em eleição; opositor pede que população só vote se correr risco de vida. segundo turno das eleições presidenciais do Zimbábue começou nesta sexta-feira, 27, com baixa participação, em uma votação marcada pela ausência da oposição. O presidente Robert Mugabe ignorou os apelos da comunidade internacional para cancelar o pleito concorre sozinho, já que o rival Morgan Tsvangirai desistiu de participar da votação por causa da onda de violência no país que, segundo ele, já matou mais de 90 de seus partidários. Leia matéria completa aqui, no Estado de São Paulo
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