O MST diz que não tem como impedir que o criminoso José Rainha, cuja pena soma 18 anos de prisão, use o nome da entidade para fazer campanha para o candidato a vereador do Rio, Luiz Cláudio de Oliveira (PSDC), o “claudinho da academia”, cuja base eleitoral no Morro da Rocinha é dominada pelos traficantes.
Nas matérias que seguem abaixo, de O Globo, o deputado Jungmann denuncia que o referido candidato a vereador, para o qual o sr. José Rainha trabalha – é um associado do tráfico. No final das contas faz sentido emprestar a imagem da organização mafiosa chamada MST à bandidagem do morro. É tudo uma coisa só.
Segundo o departamento jurídico da organização fantasma – MST - eles não têm o que fazer com relação a isso, porque não têm figura jurídica para representar contra ninguém, muito menos contra o José Rainha.
No entanto, o advogado do MST, Aton Fun Filho, está denunciando junto à ONU e à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) a tentativa de "criminalização dos movimentos sociais e a parcialidade do Ministério Público gaúcho", as ações judiciais impetradas contra os sem-terra e a violência de policiais contra trabalhadores, pedindo garantias para os militantes do MST. Leia aqui, matéria completa na UOL.
Apesar de um dos chefes mais representativos do bando trabalhar descaradamente para o tráfico, apoiando candidatos mancomunados com o crime, o MST teve a coragem de dizer que está em andamento no país um processo para caracterizar o MST como organização criminosa, o que, segundo o texto, "constitui ameaça à democracia".
Vejam no vídeo abaixo – A Verdadeira Face do Movimento dos sem terra – MST - o que esses criminosos bestiais e ordinários aprontaram na Fazenda Coqueiros, sacrificando covardemente os animais da fazenda e destruindo a propriedade de gente trabalhadora que respeita as leis e paga seus impostos.
O MST é uma organização criminosa da pior espécie, é o exército armado do Lula - que está tentando solapar o estado de direito no nosso país. Ou acabamos com eles, ou eles sim, acabam destruindo definitivamente com a nossa democracia. Assine o apoio ao pessoal do Sul e repasse para sua lista. É o mínimo que podemos fazer. Por Gaúcho/Gabriela
PACTO QUE AMEAÇA A DEMOCRACIA
O Repórter de Crime Jorge Antonio Barros (O Globo) analisa, com a competência que fez dele uma estrela da internet brasileira, as ligações entre o tráfico da Rocinha e o MST, descobertas em plena campanha eleitoral carioca. É leitura obrigatória. Por Ancelmo Góis (material abaixo)
JUNGMANN: TRÁFICO CONTRA PEÕES DO PAC
Deputado denuncia ligação de bandidos e líderes de comunidades
O presidente da Comissão de Segurança da Câmara, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), denunciou ontem ao diretor interino da Polícia Federal, Romero Menezes, que chefes do tráfico se associaram a líderes políticos da Rocinha e do Complexo do Alemão para controlar a contratação de peões nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nas favelas. Segundo Jungmann, o grupo se associou para pressionar eleitores a votar em candidatos indicados pelos chefes locais.
- É chocante. Meio milhão de pessoas sem poder votar livremente. É a ditadura do narcotráfico em plena democracia - disse.
Segundo o deputado, Menezes prometeu repassar as informações à Diretoria de Inteligência. Menezes sugeriu a Jungmann que apresente as denúncias também ao Ministério Público Eleitoral. A partir daí, seriam abertos procedimentos formais de investigação criminal relacionada às eleições no Rio neste ano.
Jungmann entregou dossiê com detalhes de encontros entre líderes comunitários e chefes do tráfico. O documento aponta supostos vínculos entre o presidente da Associação de Moradores da Rocinha, Luiz Cláudio de Oliveira, o Claudinho da Academia, candidato a vereador pelo PSDC, e Nem, acusado de chefiar o tráfico na favela. O relatório informa que Nem chefia reuniões com mais de cem líderes comunitários todas as noites de quarta-feira. Numa delas, teria pedido a todos que fizessem campanha para Claudinho e não permitissem a entrada de adversários. Também teriam sido distribuídas fichas para cadastrar eleitores. Com base nas fichas, seria possível saber se os eleitores cumpriram a promessa de votar nos indicados. O clima de coação geral também se repetiria nas áreas do Complexo do Alemão controladas por um traficante conhecido como Jorginho. Para militante, o povo é 'passivo demais'
NIÚRA LEVA “IDEIAIS” DO MST À FAVELA
Niúra Antunes militou durante sete anos no Pontal do Paranapanema (SP), onde liderou um movimento feminino. Formada em serviço social, fez a monografia na faculdade sobre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Diz ser amiga de José Rainha e de sua mulher Diolinda. Quando foram presos, em 1999, deu assistência aos filhos do casal.
- A partir desse momento, meu interesse como militante era ter um trabalho para essa população. Foi quando entendi a violência urbana. A população é passiva demais - diz a militante, nascida em Presidente Prudente. Ela apareceu na terça-feira, ao lado do candidato a vereador Claudinho da Academia (PSDC), dizendo ser do MST. Niúra afirmou trabalhar com formação política dentro da favela. Em entrevista concedida anteontem, no entanto, a assistente social diz não pertencer mais ao movimento, representando somente seus "ideais".
- É um processo de conscientização política. Jogam isso para uma análise muito rasa, sempre para o lugar comum para o tráfico de drogas - disse. Niúra é diretora do Instituto de Audiologia Santa Catarina, em Duque de Caxias. Segundo ela, há atendimento de 1.500 pessoas por mês. As consultas são mantidas por convênio estabelecido com o Sistema Único de Saúde (SUS), do Ministério da Saúde.
DO PONTAL À ROCINHA
Comandante dos sem-terra no Pontal do Paranapanema (SP), José Rainha Júnior virou personagem da disputa eleitoral na Rocinha por seu estímulo à candidatura de Luiz Cláudio de Oliveira, conhecido como Claudinho da Academia. Rainha contou que freqüenta a comunidade desde 1997 e que tem orientado a organização da população local. A última vez que esteve na Rocinha, segundo relatou, foi no lançamento de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), em março deste ano, em evento que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Com longa atuação no comando de invasões de propriedades rurais, tendo sido durante anos um dos coordenadores nacionais do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), Rainha já foi condenado pela Justiça por incêndio criminoso, furto qualificado e porte ilegal de arma. Em abril de 2000, foi absolvido por quatro votos a três da acusação mais rumorosa: era réu em caso de duplo homicídio, suspeito de ter assassinado um fazendeiro e um ex-policial em Pedro Canário (ES), em 1989. No primeiro julgamento, realizado em 1997, Rainha havia sido considerado culpado da co-autoria dos assassinatos e condenado a 26 anos e meio de prisão, mas a defesa conseguiu a anulação. Rainha foi defendido pelo advogado e ex-deputado petista Luiz Eduardo Greenhalgh.
COMANDO MST
Com ou sem o beneplácito da direção do movimento, a participação de militantes do MST na campanha eleitoral na Rocinha, em defesa do candidato do curral eleitoral da favela, é mais um indício de que ele se converteu numa organização política cujo foco vai muito além da reforma agrária.
Não É a primeira vez na América Latina que organizações de esquerda radical se aproximam de grupos de criminosos. A experiência ensina que, primeiro, os militantes são atraídos pela marginalidade devido a um misto de ingenuidade e oportunismo, por considerarem o banditismo inimigo da "ordem burguesa". Depois, tendem a se converter em sócios da criminalidade. Nas selvas colombianas há um exemplo atual e esclarecedor. O Globo
Líder, porém, afirma que continua à frente de sem-terras no Pontal e comanda uma marcha de protesto na região
O departamento jurídico do MST informou ontem que, apesar de um de seus líderes, José Rainha Junior, fazer campanha para o candidato a vereador da Rocinha Claudinho da Academia usando o nome e a bandeira do movimento, o grupo não tem como entrar com ação contra ele porque não é figura jurídica. Em entrevista para tratar da criminalização dos grupos sociais, a direção do MST afirmou que Rainha foi afastado do movimento por não se submeter às orientações do MST e que "não tem o que fazer" se ele decidiu, "por conta própria", fazer campanha para Claudinho da Academia, na Rocinha.
- O MST não tem o que fazer diante disso. Você vê um monte de gente com bandeira e camiseta do MST. Não cabe ação jurídica porque o MST não tem personalidade jurídica. Não reclamam porque ninguém pode entrar com ação contra o MST, pois o movimento também não pode mover ação contra ninguém - disse o advogado do MST, Aton Fon Filho.
A direção do MST informou ontem que não tem vinculação política com candidatos, partidos políticos ou governos de todas as esferas. No entanto, deu explicações evasivas sobre a participação de Rainha no movimento. Sem explicar se o líder sem-terra foi expulso da organização, um dos coordenadores nacionais do MST, José Batista de Oliveira, disse ontem que Rainha não integra mais a organização. Rainha, porém, está comandando uma marcha do MST no Pontal do Paranapanema e diz que jamais saiu do MST e que não pretende sair.
Nenhum comentário:
Postar um comentário