O Acordo Ortográfico obrigará a “atualização” dos livros didáticos. A festa das editoras custa R$ 970 milhões ao Ministério da Educação. Por ano.
NÃO DÁ “IDÉIA”’
Lula, que assinou ontem na Academia Brasileira de Letras o decreto do novo acordo ortográfico, deve ter lamentado a manutenção do plural. Por Cláudio
IMAGINA O QUE NÃO DIZIAM
Depois que Lula deixou a Academia Brasileira de Letras, onde esteve para assinar decreto de reforma ortográfica, um grupinho de imortais continuou até tarde no local fazendo piadinhas as com os erros de português do presidente. Ô, raça, né não?! Por Tutty Vasques
AMIGO DE LULA FAZ CAMPANHA MILIONÁRIA
Campanha de Marinho é mais cara que a de Marta
O ex-ministro Luiz Marinho(PT), amigo do presidente Lula, faz uma campanha milionária para prefeito de São Bernardo (SP), gastando, por eleitor, quase seis vezes mais que Marta Suplicy (PT) na capital paulista. O custo também já é maior que as campanhas no Rio de Janeiro. Marinho declarou despesas de R$ 1,7 milhão até 6 de setembro, e sua previsão é de gastar R$ 15 milhões. O rival Orlando Morando (PSDB) fala em “tsunami financeiro”. O Globo
PROCESSO CONTRA GILBERTO CARVALHO É ARQUIVADO
A Comissão de Ética Pública arquivou ontem o processo contra o chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, suspeito de repassar informações sigilosas da Operação Satiagraha da Polícia Federal. O relator do processo, o advogado Roberto Caldas, avaliou que o assessor não cometeu desvios éticos numa conversa por telefone com o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, ex-deputado pelo PT e consultor do Grupo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas.
Em 29 de maio, a PF grampeou uma conversa em que Greenhalgh pede informações de interesse de seu cliente Humberto Braz, ligado a Daniel Dantas. O advogado quis saber se a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ou a PF investigava Braz no Rio. Carvalho respondeu que não havia ninguém designado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ou no governo investigando Braz. A Operação Satiagraha prendeu Dantas e Braz, que depois foram soltos pela Justiça.
A transcrição da conversa dos dois foi anexada ao inquérito da PF. À época, Carvalho e Greenhalgh negaram tráfico de influência. Carvalho chegou a afirmar que não sabia que o ex-deputado prestava consultoria ao Opportunity. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa do assessor. O processo contra o chefe de gabinete da Presidência na Comissão de Ética não durou 35 dias. Por Leonencio Nossa – O Estado de São Paulo
AMIGO DE LULA FAZ CAMPANHA MILIONÁRIA
Campanha de Marinho é mais cara que a de Marta
O ex-ministro Luiz Marinho(PT), amigo do presidente Lula, faz uma campanha milionária para prefeito de São Bernardo (SP), gastando, por eleitor, quase seis vezes mais que Marta Suplicy (PT) na capital paulista. O custo também já é maior que as campanhas no Rio de Janeiro. Marinho declarou despesas de R$ 1,7 milhão até 6 de setembro, e sua previsão é de gastar R$ 15 milhões. O rival Orlando Morando (PSDB) fala em “tsunami financeiro”. O Globo
PROCESSO CONTRA GILBERTO CARVALHO É ARQUIVADO
A Comissão de Ética Pública arquivou ontem o processo contra o chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, suspeito de repassar informações sigilosas da Operação Satiagraha da Polícia Federal. O relator do processo, o advogado Roberto Caldas, avaliou que o assessor não cometeu desvios éticos numa conversa por telefone com o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, ex-deputado pelo PT e consultor do Grupo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas.
Em 29 de maio, a PF grampeou uma conversa em que Greenhalgh pede informações de interesse de seu cliente Humberto Braz, ligado a Daniel Dantas. O advogado quis saber se a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ou a PF investigava Braz no Rio. Carvalho respondeu que não havia ninguém designado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ou no governo investigando Braz. A Operação Satiagraha prendeu Dantas e Braz, que depois foram soltos pela Justiça.
A transcrição da conversa dos dois foi anexada ao inquérito da PF. À época, Carvalho e Greenhalgh negaram tráfico de influência. Carvalho chegou a afirmar que não sabia que o ex-deputado prestava consultoria ao Opportunity. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa do assessor. O processo contra o chefe de gabinete da Presidência na Comissão de Ética não durou 35 dias. Por Leonencio Nossa – O Estado de São Paulo
NA CONTRAMÃO – Editorial O Globo
Seguidor do "bolivarianismo" de Hugo Chávez, o presidente do Equador, Rafael Correa, superou quem o inspira, ao conseguir aprovar domingo, em referendo, a nova Constituição, redigida no figurino nacional-populista defendido pelo caudilho venezuelano. Se o plano de Chávez de aprovar uma nova Carta foi derrotado nas urnas, e outro dos seus seguidores, o boliviano Evo Morales, está sendo forçado a recuar no projeto de impor ao país uma Constituição aprovada por seus correligionários, sem a presença de oposicionistas, e dentro de um quartel, Correa conseguiu avançar.
O presidente do Equador aplica com êxito o "kit bolivariano" de tomada do poder e virtual perpetuação nele, usando contra a democracia a mais democrática das armas, o voto. Agora, Correa poderá reeleger-se até 2017. Não apenas isso. Será ele também o responsável pela política monetária, já que o Banco Central perdeu autonomia. O Estado terá grande poder de intervenção, que exercerá certamente com o viés autoritário e xenófobo já demonstrado pelo presidente.
Para azar da população equatoriana, pois a guinada que o país dá na contramão da História coincide com o agravamento da crise financeira mundial. Em situação normal, o Equador já enfrentaria dificuldades na atração de investimentos. Na crise, ficará ainda mais isolado no mundo.
JÁ COMEÇOU. REFERENDO LEVA A RENÚNCIAS NO JUDICIÁRIO
O dia seguinte à aprovação da nova Constituição do Equador testemunhou as primeiras mudanças nas instituições do país, antes mesmo de a Carta entrar em vigor. O presidente da Corte Suprema, Roberto Gomes Mera, anunciou ontem que, assim como os demais juízes do órgão, apresentará sua renúncia ao cargo. De acordo com Gomes Mera, o regime de transição previsto na Carta requer o afastamento dos juízes. Um artigo da nova Constituição determina que, do grupo de 31 magistrados, 21 – a serem escolhidos por sorteio – integrariam de forma interina a nova Corte Nacional de Justiça, tribunal que substituirá a Corte Suprema. Posteriormente, eles seriam substituídos por nomes definitivos. Os juízes, porém, não aceitaram participar do sorteio – e, por isso, vão renunciar. Leia mais aqui, no Zero Hora
O presidente da Venezuela está transformando seu país no provedor de polpudos auxílios financeiros de caráter político a hispano-americanos deste subcontinente, cis e pós-andino. Ao receberem, assumem compromisso que os expõem a certo grau de dependência. Na área andina, os fartos petrodólares, produzidos pela alta do petróleo, ajudaram a vencer eleições presidenciais na Bolívia e no Equador.
No Peru, o candidato de Chávez foi derrotado. Na Colômbia, o presidente Uribe está vencendo as Farc, enfant gaté do vizinho. Da Argentina, fez-se aliado do colega Nestor Kirchner, adquirindo-lhe títulos desvalorizados por efeito do calote de 75% da dívida externa. No momento em que redijo este artigo, leio a confissão do empresário venezuelano Guido Antonini ao FBI, que o investigava. Teve, em plena campanha presidencial argentina, apresada certa maleta pesada, em Buenos Aires. Flagrado pela aduana, disse que a maleta levava livros. Aberta, os livros transformaram-se em US$ 790 mil destinados a ajudar a propaganda eleitoral da hoje presidenta Cristina Kirchner.
Portador de nacionalidade dupla, venezuelana e norte-americana, o prestimoso emissário Antonini, que mora em Miami faz mais de 15 anos, pressionado pelo FBI, confirmou que os dólares eram parte da contribuição da empresa venezuelana estatal de petróleo PDVSA. Adiantou que a ajuda não se limitava ao que continha a maleta. Outras remessas, mais bem-sucedidas, teriam atingido US$ 6 milhões. A admiração que tenho pela Argentina fez-me inicialmente desacreditar da notícia. Igualmente me recusei a admitir verdadeira a versão da suposta contribuição de Fidel Castro, de US$ 4 milhões, para a campanha de nosso preclaro presidente. Claro que a eficiente e isenta Polícia Federal, do delegado Lacerda, teria prontamente averiguado, posto que até hoje não haja esclarecido o famoso dossiê flagrado em São Paulo, nas últimas eleições para governador. A confissão de Antonini, porém, é tão comprometedora que está residindo em lugar secreto, protegido pelo FBI, pois criou inimigos poderosos, que vão da Patagônia a Maracaíbo.
A revolução bolivariana está em curso. O sonho de Bolívar era unir todo o território sul-americano sob um mesmo governo, embora na Carta da Jamaica reconhecesse a impossibilidade prática de realizá-lo. A pedra no caminho era o Brasil. “Por desgraça, o Brasil limita com todos nossos estados. Tem, por isso, facilidades muitas para fazer-nos a guerra, com sucesso, como o quer a Santa Aliança”, escreveu Bolívar na carta de Lima, de 1825. Mal informado, desconfiava que, monarquia após a independência, o Brasil seria um instrumento da Santa Aliança para restaurar o domínio da Espanha, perdido na guerra de descolonização.
O boliviarismo de Chávez não deve chegar ao sonhado por Bolívar, mas já comanda, como fanal a indicar o rumo do “socialismo do século 21”, a Bolívia e o Equador. Evo Morales divide a Bolívia e Chávez trombeteia: “Se quiserem depor meu amigo, minhas tropas impedirão”. Fala como senhor, passando carão: “O ministro da Defesa boliviano não cumpre as ordens de seu presidente”. Se Evo expulsa o embaixador americano, logo o imita, usando a linguagem escatológica, que lhe é própria: “Fuera, yankees de mierda”.
Compra dispendioso e moderno material bélico na Rússia e na China, prevenindo-se contra a sempre anunciada invasão da Venezuela pelas tropas do “império”, a quem vende milhões de barris de petróleo por dia. Com isso, falseia sua intenção de tornar suas Forças Armadas as mais bem equipadas deste continente. Associa-se a Putin e responde aos Estados Unidos, que restauraram a Esquadra Naval do Caribe. Fará manobras com a Marinha Russa, com suas mais poderosas belonaves, no Caribe.
Nossa política internacional de “ajudar o irmão mais pobre” da Bolívia virou “ajudar o irmão menor” do Equador. Já sofremos, resignados, o desafio armado de Evo Morales, que vê com maus olhos o Brasil desde que aprendeu termos como “comprado o Acre por um cavalo”. Para mostrar o grau de adestramento de seu Exército, atacou e conquistou duas refinarias da Petrobras e nos seus mastros hasteou a bandeira boliviana.
Seu exemplo fez doutrina. Citou-lhe a receita nacionalista o bispo licenciado Fernando Lugo, em campanha bem-sucedida para eleger-se presidente do Paraguai: “Se o Evo enfrentou o Brasil, por que não nós, em Itaipu?” O presidente do Equador rompeu com a Odebrecht, ocupou militarmente as obras e dependências administrativas da empresa, obrigando os funcionários a continuarem o trabalho, mas com sentinelas armadas, à vista. Não parou aí. Suspendeu os “direitos constitucionais” dos executivos brasileiros, enquanto outros se homiziaram na embaixada brasileira em Quito. Declarou ilícito o empréstimo de US$ 200 milhões tomado no BNDES.
Dir-se-á que é normal sanção a uma empresa privada coincidentemente brasileira, por execução da cara obra defeituosa. Nesse caso, por que hostilizar a Petrobras, que lá descobriu petróleo, a ponto que se vê obrigada a deixar o Equador? A provocação é clara. Lula disse ter certeza de que receberia imediata chamada telefônica de Correa, a respeito. Não precisa. Nosso chanceler já disse que o Equador só tomou medidas preventivas! Saudades de Pizarro!
Estamos substituindo, nestas latitudes, a obsessão antiamericana, pela obsessão antibrasileira. Há um adágio local que diz: “Da ameaça ao fato há um grande caminho”. Caiu em desuso.
Jarbas Passarinho foi Foi ministro de Estado, governador e senador
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