Assentamentos organizados pelo governo federal(MST) lideram a lista de destruidores, ocupando, os seis primeiros lugares entre os 100 piores desmatamentos da região. O Incra diz que em terras de indígenas é ainda pior.
As seis primeiras posições do ranking, que classificou os desmatadores pelo tamanho da área derrubada, são de assentamentos de reforma agrária, todos no Estado de Mato Grosso. Só em agosto, a Floresta Amazônica perdeu 756 quilômetros quadrados. A área equivale à metade do município de São Paulo. Juntos, os assentamentos do Incra foram responsáveis por mais de 220 mil hectares de devastação da Amazônia. No acumulado deste ano, a Amazônia Legal sofreu desmatamento, praticamente quatro vezes a área da cidade de São Paulo.
É fato público, notório, que o Incra é um braço do Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Seu presidente, Rolf Hackbart, é um dos comandados de João Pedro Stédile, que indica também os diretores regionais. Assim, sempre que se falar em Incra, é bom ter claro que se está falando de MST. Adiante.
Ontem, ficamos sabendo que o instituto lidera os desmatamentos no país. Fiz a conta, como vocês podem ver no post de ontem: seis de seus oito assentamentos são os primeiros em áreas desmatadas; na lista de 100 desmatadores, os oito projetos respondem por 44% da área total. E como reagiu Hackbart?
Bem, ele está enxergando, claro, uma conspiração contra a reforma agrária. Já trato desse assunto. Antes, cumpre indagar? Será que aquela entidade da floresta chamada Marina Silva nunca soube disso? Será que o próprio Hackbart ignorava o assunto? Será que o ministro da Reforma Agrária não tinha ciência do fato?
Dou a essas pessoas todas duas alternativas apenas:
a) são idiotas, incompetentes;
b) agiram com má-fé ideológica.
Em se tratando do grupo, acho que a segunda opção será sempre mais forte do que a primeira, sem jamais descartá-la, já que uma ideologia rombuda, que faz o pacto com o atraso, é sempre íntima da ignorância.
Não! Quem divulgou o levantamento não foi o DEM, que o PT anuncia por aí que quer esmagar; quem divulgou o levantamento não foram os produtores de soja. Quem divulgou o levantamento foi o Ministério do Meio Ambiente. Não dá para acusar, desta feita, uma conspiração dos adversários. Mas o sr. Hackbart se dá por achado? De jeito nenhum! Continuou a acusar os produtores de soja.
E por que ele faz isso? Porque, seguindo as orientações de seu chefe — que não é Lula, mas Stédile —, ele também é contra o agronegócio, que gera emprego e traz divisas para o país. E foi adiante: aproveitou para acusar outro organismo federal de desmatar ainda mais do que o Incra: a Funai. Segundo ele, em terras indígenas, a situação é muito pior.
Alô, senhores ministros do Supremo. Alô ministro Ayres Britto, que cantou as glórias preservacionistas dos indígenas naquele voto equivocado sobre Raposa Serra do Sol: o Incra está dizendo que índios e Funai são notórios “desmatadores”. Alguém vai se interessar pelo assunto? Hackbart, afinal, é governo...
VIGARICE ARGUMENTATIVA
A vigarice argumentativa dessa gente não tem limites. Ao mesmo tempo em que nega o desmatamento, o sr. Hackabart aproveita para informar que os oito assentamentos foram feitos entre 1995 e 2002. Entenderam? 1995 é o primeiro ano do primeiro mandato de FHC, e 2002 é o último do segundo. Se lhe perguntarem quem garantiu a reforma agrária ali, ele certamente dirá que foi Lula; se lhe indagarem quem é responsável pelo desmatamento, aí é FHC mesmo... O valente quer nos fazer crer que a devastação se deu até 2002, mas só foi percebida agora.
Estamos diante de uma máquina de fabricar mentiras e mistificações. Sempre se soube que os ditos sem-terra não têm qualquer compromisso com a chamada preservação ambiental. E será tanto pior quanto mais se investir da mistificação pilantra de que todo mundo que “quer” terra tem direito a "ter" terra.
Os “amantes dos oprimidos" devem estar muito chocados. Não sabem agora se preservam a floresta ou defendem os sem-terra-com-terra-desmatada e, pois, a continuidade dos desmatamentos. O Incra já deve ter uma idéia: por que não expropriar as terras produtivas? Stálin fez isso na URSS, e Mao, na China. Com excelentes resultados...
DE OLHO NA AMAZÔNIA
Este vídeo do Portal Amazônia mostra o avanço da destruição por meio de um mapa interativo. Abastecido continuamente com informações enviadas por satélite para o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os dados - que são os mais precisos e confiáveis sobre a região - passam por até seis atualizações diárias. Isso significa que é possível, por exemplo, acompanhar um foco de incêndio no momento exato em que ele está acontecendo. Portal G1
NOVAS NORMAS DE DEMARCAÇÃO DE TERRA QUILOMBOLAS SERÃO APRESENTADAS HOJE
O ministro interino da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Elói Ferreira de Araújo, o consultor- geral da Advocacia-Geral da União (AGU), Ronaldo Jorge Vieira, e o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, apresentam hoje (30) as novas normas de demarcação de terras quilombolas. Será às 10h30 na sede da AGU.
Um grupo de trabalho foi formado em 2007, com o objetivo de rever as normas que garantem a titulação de terras remanescentes de quilombos. O resultado do trabalho foi uma nova instrução normativa do Incra - que deverá ser publicada no Diário Oficial da União de hoje (30) - que disciplina o Decreto 4887/03, definindo etapas e responsabilidades ao longo de todo o processo de demarcação. O texto final, já aprovado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi elaborado pela AGU , que coordenou os trabalhos do grupo, com as contribuições de cerca de 30 órgãos de governo e de comunidades quilombolas. Da Agência Brasil
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