Baixada Fluminense - Grupo armado compra jornais para censura

MP INVESTIGARÁ AÇÃO DE GRUPO CONTRA O "EXTRA"

Homens compraram 30 mil exemplares do jornal para evitar divulgação de reportagem sobre gazeta de candidatos O Globo

O Ministério Público Eleitoral investigará a compra de mais de 30 mil exemplares do Jornal "Extra" por grupos armados, na madrugada de ontem, para evitar a divulgação da reportagem sobre a gazeta de deputados estaduais candidatos a prefeito em campanha. Segundo o procurador regional eleitoral, Rogério Nascimento, há indícios de crime eleitoral no episódio e o caso representa uma ameaça à democracia.

A segunda edição de domingo do jornal "Extra", com a manchete "Deputados em campanha mentem para garantir salário de R$13 mil", não chegou à maioria das bancas da Baixada Fluminense. Um grupo de homens, alguns armados, comprou os exemplares antecipadamente no centro de distribuição de Belford Roxo, impedindo que os jornais chegassem aos leitores. O mesmo grupo percorreu bancas de São João de Meriti e de municípios vizinhos para checar se havia algum exemplar do "Extra" disponível.

Jornaleiros que se negaram a vender jornais acabaram cedendo, depois de sofrerem intimidação de homens armados. Temendo represálias, os jornaleiros não registraram ocorrência na delegacia. Por volta das 2h de domingo, homens num Vectra e num caminhão estiveram na sede do jornal, na Rua Irineu Marinho, com o mesmo objetivo: comprar antecipadamente exemplares do "Extra". O chefe do grupo, que se identificou como coronel do Corpo de Bombeiros, disse que o objetivo era adquirir dez mil exemplares, mas acabaram levando apenas 850, comprados com distribuidores na porta do jornal.

A reportagem relacionada à manchete denunciou que os candidatos Marcelo Simão (PHS), Rodrigo Neves (PT) e Alessandro Calazans (PMN), todos deputados, faltaram a sessões da Alerj e inventaram compromissos para ter as faltas abonadas e garantir o salário integral de R$13 mil. Marcelo Simão é candidato a prefeito em Meriti; Rodrigo Neves, em Niterói; e Alessandro Calazans, em Nilópolis. O procurador regional eleitoral, Rogério Nascimento, reprovou a ação:

- Isso não pode ser tolerado porque fere um princípio da democracia: o da liberdade de imprensa. O eleitor se alimenta de informações. Sem uma imprensa livre, não há democracia.

Presidente do TRE diz que ação é golpe eleitoral
Corregedor do Corpo de Bombeiros, o coronel Marcos Tadeu investigará o caso: - Vamos tomar providências para identificar quais oficiais são ligados a esses candidatos.

Segundo Rogério Nascimento, esses parlamentares podem ter a candidatura anulada ou, se eleitos, o mandato como prefeito cassado. O presidente em exercício do Tribunal Regional Eleitoral, Alberto Motta Moraes, emitiu uma nota oficial classificando a ação como um golpe eleitoral: "O TRE repudia com veemência essa ação, que nos parece claramente um golpe de natureza eleitoral. A compra de grande quantidade de exemplares numa mesma região tem todos os indícios de uma tentativa de impedir que informações chegassem a uma parcela do eleitorado. Igualmente graves são as denúncias de que jornaleiros foram coagidos a vender todo o estoque, o que só fortalece a hipótese de se negar à população informações que lhe ajudasse a decidir o voto de forma livre e consciente".

O método usado para que 30 mil exemplares do "Extra" não chegassem aos leitores foi considerado uma afronta à liberdade de informação por associações de jornais e jornalistas do Brasil. O presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Maurício Azêdo, condenou o fato de grupos ainda usarem o poder econômico para privar eleitores de informações.

O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo de Andrade, observou que, embora a atitude do grupo não configure crime judicial, pode ser considerada prática criminosa contra a sociedade, pois impede eleitores de terem informações sobre candidatos. Segundo ele, essa postura aumenta ainda mais a falta de credibilidade da população em relação aos políticos:

- Esse é um tipo de prática que deve ficar no passado.
A notícia da privação de informações deixou perplexa a presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio, Suzana Blass. Para ela, foi violado o direito dos leitores de terem acesso às informações, o que é inconstitucional: - É um ato de coronelismo. Um retrocesso no processo democrático.

Candidato diz que não conseguiu comprar jornal
Um dos candidatos a prefeitura de São João de Meriti, o deputado Marcelo Simão (PHS) garante ter certeza de que a falta de exemplares do "Extra" no município foi uma estratégia do candidato Sandro Matos (PR) para ganhar a eleição:

- Quando a campanha começou, eu estava com 3% e ele com mais de 60% das intenções de voto. Hoje, a disputa está embolada. Ele está desesperado.

Já Sandro atribuiu a falta de exemplares à reportagem que ele classificou de comprometedora. O candidato diz que não conseguiu comprar o jornal: - Um amigo, Rodrigo, procurou na cidade e em Nilópolis. Também não encontrou. Por isso, foi até a sede do "Extra", comprou cerca de 200 exemplares e distribuiu no meu evento de campanha.




BRASILEIRO PERDE 13 ANOS COM DOENÇA
A expectativa de vida no Brasil passou de 69,3 para 72,7 anos em uma década, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Um terço dos homens e um quinto das mulheres nascidos entre 2000 e 2005, porém, não chegarão nem aos 65 anos. E, para piorar, o tempo de vida saudável dos brasileiros após os 60 anos é bem inferior ao de países desenvolvidos. No País, chega a 13,5 anos o período que os homens passam doentes e 11,5 anos, para as mulheres, revela pesquisa do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea). "As pessoas passam mais de uma década com condições de vida precárias, o que tem impacto nas finanças públicas, com perda de produtividade e custos hospitalares", diz o autor da pesquisa, Milko Matijascic, diretor do Ipea. Na comparação com outros países em desenvolvimento, a situação só é pior na Índia, Rússia e África do Sul. Agência do Estado Via UOL – Leia mais
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ACORDO ORTOGRÁFICO – UMA ESTUPIDEZ
O presidente Lula assina uma estupidez, nesta segunda-feira: o decreto fixando o cronograma para a vigência do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, produto do lobby de editoras de livros didáticos. Milhões de exemplares atuais serão inutilizados, e os títulos, claro, novamente impressos, adquiridos e pagos regiamente pelo Ministério da Educação. E o pior: o acordo é rejeitado por intelectuais do Brasil e d’além mar. Cláudio Humberto




A ESQUERDOPATIA SE JUNTA AMANHÃ, EM MANAUS

Sim, os delinqüentes irão se encontrar amanhã, para mancomunarem-se sobre os próximos passos que visam alimentar a Onda Vermelha que encobre cada vez mais os céus do Continente. O Correa conseguiu instaurar o socialismo em seu país. O incompetente índio boliviano ainda patina, mas já prometeu um novo cerco ao Congresso no dia 12 de outubro para forçar a aprovação da nova Carta. O gorila venezuelano, cada vez mais odiado pelo seu povo, segue levando seus sonhos bélicos às últimas conseqüências, agora, falando em energia nuclear. E o Lula certamente irá posicionar os companheiros sobre o andamento de seus planos para alcançar o mesmo objetivo dos vizinhos: que o PT vai arrebatar a maioria das prefeituras no país, no próximo dia 05, o passo derradeiro para o controle absoluto do que virá pela frente. Por Gaúcho/Gabriela

3 comentários:

Anônimo disse...

Muy interesante entrada. Estamos en momentos críticos. Un gran saludo, Martha

Unknown disse...

Martha
Estamos unidos pela mesma causa.

Um abraço!

gabriela

Unknown disse...

Martha
Estamos unidos pela mesma causa.

Um abraço!

gabriela