UNASUL – O Clube dos Ditadores foi inaugurado ontem

EDITORIAL DO BLOG

A UNASUL não passa de um tribunal arbitrário de justiçamento, um clube de ditadores que serve aos depravados para promoverem seus rituais grotescos, em nome da democracia, tentando dar ares de legitimidade às violações de direito.

O que assistimos no Chile foi o esquartejamento imoral da liberdade, onde os cínicos investidos de sua magistratura, autorizaram o abuso de poder e o uso da força bruta contra as populações das regiões autonomicas.

A democracia foi seriamente agredida ontem, quando o Clube
declarou seu apoio a Morales, fazendo um contrato de passe livre para a ditadura.

Deram veredicto favorável às perseguições, à violência e à repressão brutal de Evo-Hugo (Ego). Autorizaram que se imponha o socialismo na Bolivia a qualquer preço. Certamente, que eles esperam pelo mesmo respaldo quando chegar a nossa vez.



A SITUAÇÃO REAL NESTE MOMENTO
Neste momento, Santa Cruz está toda cercada por campesinos, armados até os dentes. A tática é asfixiar a população crucenã impedindo a chegada de provisões e alimentos na cidade. Eles ameaçam marchar para cidade agora pela manhã.

Os cocaleros de Evo estão impondo condições absurdas para retirar os bloqueios das estradas: eles exigem que as autoridades locais (eleitas reiteradamente pelo povo) entreguem seu cargo e se entreguem para a polícia, sob ameaça de invadirem e tomarem todas as propriedades privadas da região.

Enquanto isso, os militares estão invadindo casas na calada da noite, prendendo pessoas e forçando - sob a mira de armas - que elas assumam pelas mortes ocorridas durante os confrontos. Eles alegam que a ação visa apreender as armas que estão de posse dos civis.

Como podemos verificar, pela “inauguração” do clube dos tenebrosos, esse tribunal tem um claro papel a cumprir. Para os que ainda não se deram conta, aquele tal "dia" acabou de chegar: - "Um dia vieram e levaram meu vizinho” (...) - Por Gaúcho/Gabriela




CAMPONESES DE MORALES CERCARAM AS CIDADES COM DINAMITES E ARMAS


30.000 campesinos estão prontos para marchar até Santa Cruz (Foto da UOL) - (Observem as escopetas)


A decisão foi tomada ontem, apesar de os chamados "comitês cívicos", aliados do governador regional autonomista, Rubén Costas, já terem suspendido os bloqueios de estrada que tinham imposto, segundo disse à agência Efe Juan Carlos Morales, representante do Comitê Cívico de Santa Cruz.

Enquanto isso, os massistas de Evo radicalizaram suas medidas e aumentaram as barricadas nas estradas. Ontem, eles se juntaram aos bloqueios em Santa Rosa del Sara, ao Minero, Puesto Fernández, Chané e à San Pedro. Eles próprios admitem que estão armados. Os Campesinos do (MAS) estão armados com escopetas, dinamite e outras armas e ameaçam marchar para Santa Cruz. Félix Martínez, presidente do Comitê Cívico de San Julián, admitiu que são mais de 5.000 os colonizadores armados que se encontram prontos para iniciar a marcha à capital, e ainda afirmou que as armas são escopetas e machados utilizados para a agricultura.

Em Chané, ao norte de Santa Cruz, um grupo de massistas agrupados próximo da Confederação das 4 províncias do Norte, não esconderam sua disposição ao uso da dinamite para defender o que eles chamam de “unidade do país” e ameaçaram em tomar todas as propriedades agrícolas, criações de gado, empresas e indústrias privadas na zona, se em 48 horas não forem desocupadas as oficinas estatais que tomadas por unionistas e universitários.

Florencio Orko - secretario de Tierra y Território dessa Confederação, exigiu que o prefeito Rubén Costas, restitua as oficinas estatais. “Devem entregar como estavam antes de serem saqueadas”.

Eustaquio Sullka - secretario de Tierra y Território da Confederação Sindical Única Central de Trabalhadores Campesinos da Bolívia, que se encontra em Yapacaní, advirtiu que a marcha se iniciará hoje antes do meio dia se não houver um entendimento no dialogo entre o prefeito de Tarija, Mario Cossío e Evo Morales.

Em Yapacaní, a 200 quilômetros da capital oriental, os campesinos mantêm 3 bloqueios, no marco do cerco à Santa Cruz. Similar posição assumiram os campesinos e colonizadores de San Julián na Rodovia Trinidad, onde eles mantêm bloqueadas 14 pontos diferentes pontos.

A situação não difere em Tiquipaya, a 15 km de El Torno na rodovia antiga a Cochabamba, donde cresce o número de bloqueadores com a chegada de mais campesinos de Cochabamba, que estão implantando mais bloqueios pela rodovia.





CAMPESINOS IMPÕEM SUAS CONDIÇÕES

Dirigentes campesinos deram as condições para suspender suas medidas, através de um documento que foi lido por Sullka, onde eles exigem a renúncia dos prefeitos de Santa Cruz, Rubén Costas, de Pando, Leopoldo Fernández e de Beni, Ernesto Suárez.

Estas autoridades regionais devem comparecer perante a justiça pelos assassinatos de Pando e pelos estragos causados aos bens estatais. Exigem que o IDH (imposto) seja destinado diretamente aos municípios e não através das prefeituras. .
El Nuevo Dia





PERSEGUIÇÃO POLÍTICA, CENSURA E MEDO


Oito políticos estão escondidos e, ontem, Militares invadiram com explosivos a casa da presidenta do Comitê Cívico de Pando, Ana Melena, e manipularam todos os seus pertences (foto). Ela teve que fugir

Ontem foi realizada uma jornada de operações militares em busca dos principais dirigentes pandinos, e terminou com a detenção de onze cívicos. Eles foram levados àa La Paz, para que se declarem culpados pelas mortes ocorridas durante os enfrentamentos em Porvenir, segundo o ministro de defesa, Walker San Miguel.

Os militares, comandados pelo ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, segundo a população, utilizaram armas de fogo e explosivos para adentrar na casa da presidenta do Comitê Cívico, Ana Melena, que só não foi presa porque conseguiu fugir 20 minutos antes, alertada de sua possível detenção. “Isto é terrorismo”, disse a cívica, explicando que ainda se encontra no país.

A Casa do vice presidente cívico, Ricardo Shimokawa, também foi invadida Ele está escondido no Brasil desde a semana passada.

Estas incursões foram realizadas da 1hora às quatro da madrugada, com tiros para o ar, para afugentar a população.

"Se me julgam por genocídio, quero dizer-lhes que estou caminhando pelas ruas de Pando, podem vir me buscar, só espero que o façam à luz do dia, e não como fizeram com os demais dirigentes cívicos, atacando suas casas durante a noite", afirmou o prefeito de Pando

Os nomes das pessoas presas são: Hugo Apaza Sahonero, Gualberto Paz Mugiro Ruiz, Felipe Bigabriel Villarroel, Gabriel René Delgadillo Vargas, José Antonio Salinas Bazán, Rubén Franco Tuno, Mirtha Sosa del Chalar, Adhemar Herrera Guerra, Juan Claudio Franco Egüez, Osvaldo Valdivia y Néstor Da Silva Rivero.

O diretor executivo da Associação de Municípios de Pando, Mario Menacho, denunciou que oito dos cidadãos se declararam culpados, na clandestinidade, por temor de serem presos violentamente.

Depois de cinco dias de decretado o Estado de Sítio, a população continua resistindo, porém, está atemorizada pelas permanentes patrulhas que os militares realizam em seus caminhões.

Os jornalistas se queixaram porque não lhes dão garantias para que realizem seu trabalho, e os estão censurando nos envios de notícias pela internet. Um grupo de comunicadores foi obrigado a retornar à La Paz porque não lhes permitiram sair do aeroporto. O jornalista da Unitel, Carlos Lazcano, denunciou que seu câmera recebeu ameaças pelo celular. “Mandaram que terminássemos nosso trabalho e que fossemos embora”. Matéria completa aqui (em espanhol), no
El Nuevo Dia

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