Por Leonel Rocha – Da equipe do Correio
O Clube Militar, entidade que entre os anos 1970 e 1980 funcionava como uma espécie de braço político do Exército, entrou ontem na polêmica sobre a interpretação da Lei de Anistia e o processo movido pelo Ministério Público Federal contra oficiais acusados de tortura durante a ditadura.
Uma nota divulgada no site da entidade que agrega fardados da reserva ataca os ministros da Justiça, Tarso Genro, e da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, por defenderem a punição de militares acusados de tortura durante a ditadura (1964-1985) e a não aplicação da Lei de Anistia.
O protesto do clube lamenta que o ministro Vanucchi não tenha pedido demissão do cargo, como ameaçou, em protesto pela contestação da Advocacia-Geral da União à ação dos procuradores.
“Todos os brasileiros menos ingênuos sabiam que o ministro não largaria assim de maneira tão fácil as benesses e mordomias que o cargo lhe proporciona”, diz a nota. Assinada pelo general da reserva do Exército Gilberto Barbosa de Figueiredo e intitulada “Coerência da AGU”, a nota defende a ação dos advogados da União: “A correta decisão da AGU é fundamentada na interpretação de que a lei de anistia considera inimputáveis os crimes cometidos pelos oponentes de qualquer matiz ideológico”.
A manifestação do clube reflete o pensamento dos oficiais que ainda estão na ativa e acusa os dois ministros de opinarem sobre o assunto visando ganhos políticos e eleitorais. “A atitude dos ministros, inoportuna e facciosa, denota claramente propósitos políticos, quando já se articulam candidaturas e coligações visando às eleições de 2010”, diz o texto. Outro argumento utilizado pelo clube é que a lei de anistia foi promulgada antes da Constituição de 1988, que tipificou a tortura como crime e que, portanto, não poderia prever a mudança legal com quase uma década de antecedência.
“Todos os brasileiros menos ingênuos sabiam que o ministro não largaria assim tão fácil as benesses que o cargo proporciona”
Nota do Clube Militar divulgada no site da entidade
TARSO QUER ANTECIPAR DISPUTA ELEITORAL PARA SUCESSÃO DE YEDA
Tarso avisou esta manhã que tudo o que está abaixo não faz sentido e foi plantado por seus adversários para desestabilizá-lo no governo. O ministro não disse se os adversários a que se referiam são do front interno ou do front externo. A notícia circula dentro do PT com ares de verdade, e se não é verdadeira, com certeza é bem contada.
O ministro da Justiça, Tarso Genro, está preparando a sua saída do governo, porque quer antecipar a disputa eleitoral de 2010 no RS, trabalhando sua candidatura ao Piratini. As últimas "confusões" protagonizadas pelo ministro, a principal das quais é a insistência em punir os torturadores do regime militar, permitiram a saída em grande estilo de Tarso. O PT não dispõe de candidato mais competitivo ao Piratini e toda a oposição teme Tarso Genro. Dentro do Partido, apenas Olívio Dutra poderia confrontar a candidatura, mas o próprio Partido não o quis candidato à reeleição em 2002. Por Políbio Braga
O Clube Militar, entidade que entre os anos 1970 e 1980 funcionava como uma espécie de braço político do Exército, entrou ontem na polêmica sobre a interpretação da Lei de Anistia e o processo movido pelo Ministério Público Federal contra oficiais acusados de tortura durante a ditadura.
Uma nota divulgada no site da entidade que agrega fardados da reserva ataca os ministros da Justiça, Tarso Genro, e da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, por defenderem a punição de militares acusados de tortura durante a ditadura (1964-1985) e a não aplicação da Lei de Anistia.
O protesto do clube lamenta que o ministro Vanucchi não tenha pedido demissão do cargo, como ameaçou, em protesto pela contestação da Advocacia-Geral da União à ação dos procuradores.
“Todos os brasileiros menos ingênuos sabiam que o ministro não largaria assim de maneira tão fácil as benesses e mordomias que o cargo lhe proporciona”, diz a nota. Assinada pelo general da reserva do Exército Gilberto Barbosa de Figueiredo e intitulada “Coerência da AGU”, a nota defende a ação dos advogados da União: “A correta decisão da AGU é fundamentada na interpretação de que a lei de anistia considera inimputáveis os crimes cometidos pelos oponentes de qualquer matiz ideológico”.
A manifestação do clube reflete o pensamento dos oficiais que ainda estão na ativa e acusa os dois ministros de opinarem sobre o assunto visando ganhos políticos e eleitorais. “A atitude dos ministros, inoportuna e facciosa, denota claramente propósitos políticos, quando já se articulam candidaturas e coligações visando às eleições de 2010”, diz o texto. Outro argumento utilizado pelo clube é que a lei de anistia foi promulgada antes da Constituição de 1988, que tipificou a tortura como crime e que, portanto, não poderia prever a mudança legal com quase uma década de antecedência.
“Todos os brasileiros menos ingênuos sabiam que o ministro não largaria assim tão fácil as benesses que o cargo proporciona”
Nota do Clube Militar divulgada no site da entidade
TARSO QUER ANTECIPAR DISPUTA ELEITORAL PARA SUCESSÃO DE YEDA
Tarso avisou esta manhã que tudo o que está abaixo não faz sentido e foi plantado por seus adversários para desestabilizá-lo no governo. O ministro não disse se os adversários a que se referiam são do front interno ou do front externo. A notícia circula dentro do PT com ares de verdade, e se não é verdadeira, com certeza é bem contada.
O ministro da Justiça, Tarso Genro, está preparando a sua saída do governo, porque quer antecipar a disputa eleitoral de 2010 no RS, trabalhando sua candidatura ao Piratini. As últimas "confusões" protagonizadas pelo ministro, a principal das quais é a insistência em punir os torturadores do regime militar, permitiram a saída em grande estilo de Tarso. O PT não dispõe de candidato mais competitivo ao Piratini e toda a oposição teme Tarso Genro. Dentro do Partido, apenas Olívio Dutra poderia confrontar a candidatura, mas o próprio Partido não o quis candidato à reeleição em 2002. Por Políbio Braga
O presidente Lula fará uma viagem a Itália no início da próxima semana e terá um encontro reservado, dia 13, com o Papa Bento XVI, no Vaticano. Na reunião, Lula e o Papa podem assinar um tratado entre os dois países sobre a atuação da Igreja Católica no Brasil. Ele chega à Itália na segunda-feira (10) e também terá reuniões com o primeiro-ministro italiano, Sílvio Berlusconi, e outras autoridades italianas. O presidente se encontrará com empresários locais para debater investimentos no PAC. No dia 13, após encontro com o papa, Lula segue aos Estados Unidos para a cúpula econômica com os representantes das maiores economias do mundo em Washington, nos dias 14 e 15. Por Cláudio Humberto
COMENTÁRIO
Sabemos bem que esses compromissos obedecem rigorosamente à liturgia do cargo. Quanto ao encontro reservado com o Papa Bento 16, impossível imaginar uma conversa a altura do cargo, com o Lula da Silva.
O papa já conhece a trajetória da bispaiada / padrecos comunistóides que, com a conivência da CNBB, andam embolsando nossa grana nessa farra das indenizações aos perseguidos pela ditadura e com essa história da carochinha de missionários da terra em nome de Jesus. São todos do BANDO do Lula.
Seguramente que o Papa é bem informado e tem suas próprias fontes, mas, pelo sim pelo não, o MOVCC encaminha diariamente nosso bulletin letter para Vossa Santidade (V.S) – e olha que nunca são devolvidos para nossa caixa postal.
Quanta hipocrisia desse Lula da Silva. A verdade é que ele precisa se mostrar ao mundo, principalmente, nessa hora em que Obama é o populista da vez. Só mesmo indo ao Papa para virar notícia. Ele não perde a oportunidade de armar esses encontros para se mostrar, ainda que precise fingir crença em Deus. Lula devia assinar um tratado de decência moral, antes de tratar do Divino.
Alpinista inveterado, Lula da Silva sempre dá um jeitinho de se meter com os importantes, de fato, faz tudo para cavar espaços e manchetes. Imaginem o que deverá ser para o Sílvio Berlusconi, o primeiro Ministro da Itália – encontrar-se com Lula da Silva?
Com certeza, trata-se de um encontro rigorosamente protocolar, pois, Lula nada tem a dizer por lá, ainda mais para o Berlusconi, que não sente simpatia nenhuma por comunistas. Mas o seu Lula vai lá, encher a paciência dos empresários italianos com esse de tal (PAC), o embrulho imaginário, a miragem, a peça publicitária do desgoverno Lula que, de real, só serve mesmo para desviar nosso dinheiro suado. Por Gabriela/Gaúcho
Gasto federal em Educação estagnou entre 2000 e 2006. Estados e municípios passaram a gastar mais, mas o investimento direto da União ficou estável em 0,7% do PIB nos últimos oito anos
O investimento direto em Educação no País passou de 3,9% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2000, para 4,4% em 2006. O crescimento, comemorado pelo governo federal, não é, no entanto, mérito da União. No mesmo período, o gasto federal ficou estável em 0,7% do PIB. Foram Estados e municípios que passaram a gastar mais. Os dados estão em um estudo preparado pelo próprio Ministério da Educação (MEC), obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo, e que atualiza os dados de investimentos dos últimos oito anos. Continue lendo aqui, no Portal RPC
Republicamos uma postagem que o Reinaldo publicou ontem, em seu blog, uma analise da jornalista Melanie Phillips, da The Spectator. Se você ainda não leu, então leia, pois vale à pena.
Quanto aos posicionamentos pessoais do Reinaldo sobre a análise da jornalista ( ele faz suas considerações no meio da tradução), ele classifica o texto como “muito duro”, afirma que espera que Melanie “esteja errada”, etc. Enfim, são os pontos de vista de cada um.
Nós, do MOVCC, concordarmos Ipsis litteris com a jornalista que, antes de ser adjetivada como “conservadora”, como fez o Reinaldo, é muito realista, exatamente, como o texto que publicamos ontem, do Olavo de Carvalho, “Derrota Inevitável”. Por Gaúcho/Gabriela
“UMA ANÁLISE CONSERVADORA” (Título do Reinaldo)
A jornalista Melanie Phillips, da The Spectator, tem um blog no site da revista britânica, bem antiga, fundada em 1828. É uma conservadora sem dúvida.
Escreveu um texto muito duro sobre a eleição de Barack Obama. Melanie não tem dúvida de que, com a eleição do democrata, o mundo se tornou bem menos seguro. Não tenho sobre o mandato do democrata a mesma perspectiva pessimista que ela tem — e espero que uma analista sem dúvida aguda, inteligente, esteja errada. Ou estamos todos fritos.
Mas há pelo menos dois trechos do seu artigo com os quais concordo inteiramente. No primeiro, ela observa que a América votou, aparentemente ao menos, por mudança. Mas qual mudança? Não quer mais Bush? E, então, vem a sacada realmente importante: “Bush já deixou de ser Bush. Sua política externa está zanzando na paralisia (redimida apenas pelo gênio estratégico do general Petraeus” — ela se refere ao comandante das tropas americanas no Iraque; indaga também o que será dele agora. Ela lembra ainda que os EUA estão submetidos às exigências do Tesouro e que o Congresso, controlado pelos democratas, ajudou a criar a crise da bolha imobiliária. Em suma, o Bush que está sendo aposentado – “a” mudança – não é mais Bush, mas um pato manco.
Entende-se que Melanie considera que o verdadeiro sentido do “change” de Obama é outro. E agora vem a segunda questão importante, que é uma preocupação reiterada da colunista — e, como sabem, minha também. Primeiro vamos a ela. Depois faço algumas considerações necessárias:
Segundo Melanie, a eleição revela que a América votou para mudar porque, de fato, já está em processo de mudança. E não por conta de questões demográficas, com a diminuição da importância dos brancos e maior diversidade étnica. Ela acredita que a “mudança” é o resultado do que chama de “guerra cultural”. E não tem dúvida: a civilização ocidental está perdendo. A agenda da extrema esquerda, diz Melanie, foi incorporada pelo “mainstream”. Nas escolas, por exemplo, ensinam as crianças a odiar os valores fundamentais do seu país, e elas são “seqüestradas” pela cultura do vitimismo das minorias.
Isso é exato. É fato nos EUA, na Grã-Bretanha ou no Brasil. Ou não é verdade que a cultura média — estimulada pelo mainstream infiltrado pela esquerda — trata o terrorismo islâmico, por exemplo, como mera reação às ações do Ocidente (entenda-se: EUA)? De fato, o Bush de verdade foi o “Bush de manual” com o Irã, por exemplo?
Onde não endosso inteiramente o pensamento de Melanie? Vamos ver: não tenho a menor dúvida de que as pessoas empenhadas nessa guerra cultural — tenham ou não clareza do que estão fazendo — votaram em Obama ou são seus entusiastas. E continuam a ser elas a pautar boa parte das análises feitas no Brasil e mundo afora. O que não dou como certo, e ela sim, é que Obama vá seguir essa pauta. Por alguma estranha razão, sem conhecê-lo — nem eu e nem ninguém —, acho que ele vai decepcionar essa turma. Olhem como sou otimista!!!
Mas é, sim, inquestionável que os inimigos dos Estados Unidos e do Ocidente estão em festa. Não é questão de juízo de valor, mas de fato. Eles estão nos jornais e nas revistas dizendo o que acham.
O artigo de Melanie traz algumas outras abordagens muito interessantes. Ela acusa os conservadores americanos — e britânicos — de não atacar os adversários nas questões que realmente dizem respeito aos valores fundamentais do país, aderindo, também eles, entende-se, à agenda do “progressismo”. Sobre McCain, observa que, quando ele se lembrou de fazer isso, a vaca já tinha ido pro brejo, e o expediente cheirou a desespero de perdedor.
Vale a pena ler o artigo. Reitero: não tenho sobre as questões que ela aponta a mesma perspectiva pessimista, sempre torcendo para ela estar errada. Mas o aparato intelectual, com raras exceções, que tem explicado a vitória de Obama, a despeito do próprio, revela o quão profundo é o ódio ao Ocidente e à América em particular.
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