Crise - Demissões no abc

Funcionários da empresa de autopeças Torque, de Rio Claro, que demitiu 480 trabalhadores esta semana, pediram ajuda à Volkswagen, montadora com a qual a Torque tem contrato até 2014. - Correio Braziliense


Em nota, a diretoria da Torque informou que vai manter 800 dos 1.280 postos de trabalho. O motivo seria a inviabilidade econômica que provocou a necessidade de modificações operacionais e contratuais para que a metalúrgica consiga sobreviver à crise. De acordo com a assessoria de imprensa da Volkswagen, a Torque é apenas uma das mil fornecedoras da montadora e a decisão sobre questões operacionais compete exclusivamente à diretoria da empresa de Rio Claro.

Segundo o diretor do sindicato, a entidade está preocupada com a manutenção dos postos de trabalho restantes. Os funcionários empregados estão em licença remunerada de 20 dias. Levantamento feito pelo Sindicato dos Metalúrgicos e divulgado em outubro apontou que ao menos sete empresas do setor de autopeças na região diminuíram o número de horas extras, anunciaram férias coletivas, concederam férias regulares ou deram licença remunerada a seus funcionários no último trimestre deste ano.




FIAT DÁ FÉRIAS COLETIVAS A 3.000 FUNCIONÁRIOS
Decisão deverá ser seguida por dez fornecedoras – Paulo Peixoto – FSP

A Fiat Automóveis adotará entre os dias 17 e 26 deste mês novo período de férias coletivas em Betim (MG), que abrangerá desta vez cerca de 3.000 empregados, segundo a montadora italiana. A novidade desta vez, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, é que a decisão fará com que dez empresas fornecedoras também façam rodízio de férias entre seus funcionários. Por conta do desaquecimento no setor automotivo, a Fiat já havia concedido férias coletivas de dez dias (de 13 a 22 de outubro) para 1.700 empregados e promoveu no final do mês uma parada técnica de três dias envolvendo aproximadamente 8.500 empregados.




PRIMEIRO PLANO – RENDA DO TRABALHADOR RECUA
Renda do trabalhador recua e representa 41,7% do PIB - Viviane Monteiro - Gazeta Mercantil

A estabilidade econômica e os programas sociais contribuíram para reduzir a desigualdade social nos últimos 17 anos. A renda do trabalhador brasileiro, no entanto, caiu neste período, segundo estudo do Ipea. É o que revela estudo que mostra que a participação da renda do trabalhador no PIB recuou de 45,4%, em 1990, para 41,7% em 2007.

A redução da desigualdade de renda no Brasil aconteceu em virtude da combinação de elevação do salário dos trabalhadores de baixa renda e de redução daqueles com maior salário no mercado. Em situação oposta, a renda dos ocupados melhor remunerados caiu 9,8%, de R$ 4,57 mil para R$ 4,13 mil, em igual período. – Assinante lê mais aqui



COMENTÁRIO
Moral da história: alguns passaram a comer mal e porcamente com um salário ridículo, enquanto outros deixaram de comer bem. Como disse Churchill: “A desvantagem do capitalismo é a desigual distribuição das riquezas; a vantagem do socialismo é a igual distribuição das misérias.” – Por Gaúcho/Gabriela




AUMENTARAM CASOS DE DEPRESSÃO DECORRENTE DO TRABALHO, DIZ GOVERNO
Levantamento feito pela Previdência Social entre 2006 e 2008 aponta um aumento nos casos de depressão decorrentes das condições de trabalho. O crescimento foi superior ao registrado de doenças na coluna e articulações. No mesmo período, caiu o número de acidentes de trabalho envolvendo lesões e traumatismos em geral. Os casos de depressão e demais transtornos mentais e de comportamento aumentaram de 0,4% para 3% sua participação no volume total de auxílios-doença pagos na categoria de "acidentes de trabalho". Esse aumento só não superou o registrado no grupo dos tumores. Matéria completa aqui, na Folha Online




AS BATATAS
Enquanto isso, a “batata bolivariana do Chávez” segue assando em fogo alto - esta manhã o barril do petróleo chegou a cair para U$ 50,6. Já o espertalhão do Lula da Silva, afirmou ontem em Roma, que Barack Obama “não pode fracassar"

– "Uma pessoa que foi eleita como foi Obama, com as expectativas que despertou, não pode fracassar – disse Lula em entrevista a jornais italianos. Se Obama fracassar, a frustração será tão grande, que serão necessários muitos séculos para que um negro seja de novo eleito presidente dos Estados Unidos".

Seguindo a linha de raciocínio do boçal da Silva, cabe perguntar: Será que ele acredita mesmo que, depois dele, o Brasil se atreverá a cair novamente (um dia) no “golpe do metalúrgico”?, e eleger outro sem vergonha, analfabeto funcional, para a presidência do país? – Por Gaúcho/Gabriela

BASE DO PAC VIRA ESCONDERIJO DE BANDIDOS

Canteiro de obras do PAC vira campo de batalha

Operação da polícia para prender traficantes e assaltantes no Pavão-Pavãozinho-Cantagalo terminou com mortos e cinco feridos. No confronto, bandidos se esconderam no escritório da construtora OAS, responsável pelas obras do PAC no local.

Polícia sobe o Pavão-Pavãozinho e quatro acusados de tráfico morrem. O escritório das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Complexo de Favelas do Pavão-Pavãozinho-Cantagalo, em Copacabana e Ipanema, virou um campo de batalha ontem. A operação da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Delegacia Especial de Apoio ao Turista (Deat) para cumprir 14 mandados de prisão contra traficantes e assaltantes terminou com um saldo de quatro mortos, cinco feridos, entre eles dois policiais. Oito suspeitos foram presos, dois deles menores. Durante o confronto, traficantes se refugiaram no escritório da construtora OAS, responsável pelas obras, na Ladeira Saint Roman.

Quatro armas foram apreendidas, entre elas três fuzis, uma pistola 9 mm e um revólver 38. Na incursão, iniciada às 6h e só encerrada no fim da tarde, os policiais também apreenderam maconha e cocaína. Foi a quinta vez que as obras do PAC no local pararam por causa de tiroteios.

Moradores de Copacabana se assustara com as intensas trocas de tiros entre traficantes e policiais durante todo o dia. Uma delas, no meio da tarde, durou cerca de 20 minutos. Explosões eram ouvidas a quilômetros de distância. Traficantes lançaram três granadas contra a polícia, deixando moradores da favela em pânico e provocando correria. Uma das granadas destruiu sete carros dentro de um estacionamento. Dois helicópteros auxiliaram na ação. Alguns moradores deixaram o local, e o comércio fechou as portas.

Entre os suspeitos, a polícia procurava um funcionário das obras do PAC, Josivaldo Queiroz, acusado de desviar material de construção para erguer casas para traficantes no alto do morro, mas ele não foi encontrado.

Escondidos no primeiro andar do escritório do PAC, que funciona numa igreja, traficantes enfrentaram os policiais. Os criminosos usavam armas de grosso calibre, como fuzis e metralhadoras ponto 30. Cerca de 20 funcionários da construtora permaneceram escondidos no segundo andar e só puderam sair no fim da tarde.

Moradores da comunidade destruíram duas viaturas da polícia usando pedras e pedaços de pau. Um grupo ateou fogo em um barracão, mas o incêndio foi contido rapidamente. Segundo policiais, foi preciso usar spray de pimenta e atirar para cima para conter a população, que ameaçava invadir o escritório. Três dos criminosos foram mortos dentro do local.

– Alguns moradores se voltaram contra a polícia, chegando a causar um princípio de incêndio em um barracão – confirmou o delegado titular da Deat, Fernando Veloso. Cerca de 50 policias permaneciam no complexo de favelas até o início da noite de ontem. Por Eloisa Leandro - Jornal do Brasil