QUE CAZZO DE ESTRATÉGIA É ESTA?
Ministro Nelson Jobim, presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Supremo, Giomar Mendes, na cerimônia de lançamento da Estratégia Nacional de Defesa no Palácio do Planalto Foto: Wilson Dias/ABr
MILITARES PERDEM R$1 BI
Aeronáutica sofre maiores cortes – O Globo
Poucas horas antes da apresentação da Estratégia Nacional de Defesa no Palácio do Planalto, o Congresso aprovou um orçamento que corta cerca de R$800 milhões no setor militar, a maior parte na Aeronáutica. Os programas de manutenção, revitalização e aquisição de aeronaves perderam R$150 milhões.
O corte chegou a mais de R$1 bilhão, se forem considerados os valores programados pela Comissão Mista de Orçamento, que aumentou um pouco os recursos com relação ao que foi originalmente proposto pelo governo. Os recursos totais para a Defesa foram calculados em R$52,2 bilhões, subiram para R$52,4 bilhões e fecharam em R$51,3 bilhões. O Ministério da Defesa informou que não comentaria os cortes.
Não houve esclarecimento se os cortes afetam a frota geral ou inclui despesas com o programa F-X, a substituição dos caças brasileiros que se arrasta desde a gestão FH, mas cujo o processo de compra está na fase final de escolha do modelo. O Dassault Rafale francês lidera a disputa. O programa de aquisição de aeronaves perdeu R$89 milhões nos cortes do Congresso.
O Exército perdeu R$129 milhões, um terço do orçamento para modernização operacional. Na Marinha, foram cortados R$50 milhões das compras previstas para fuzileiros, embarcações de apoio e sistemas operativos. A manutenção de material bélico foi quase cortada pela metade, com a perda de R$29,5 milhões. O corte mais substancial aconteceu na Infraero, vinculada à Defesa, de onde foram retirados R$150 milhões para a melhoria da infra-estrutura de aeroportos. (Leila Suwwan) –
COMENTÁRIO
O “coração” da tal estratégia, segundo as explicações, é proteger as fronteiras do país e a Amazônia, assim como as áreas onde estão as reservas de petróleo do pré-sal.
É cômico. Quem poderá roubar nossas reservas de pré-sal entranhadas quase que na profundidade do inferno?
Quanto às fronteiras, se o governo estivesse de fato preocupado com elas, começaria por não ter assinado o decreto absurdo da demarcação da reserva indígena em Raposa Terra do Sol, favorecendo atividades ilegais de ONGs internacionais, numa região estratégica e riquíssima em recursos minerais.
Esse plano de defesa é conversa para boi dormir. No máximo, Lula está preocupado com o Chávez, que vive esnobando a tal “liderança” do Brasil na América Latina. Ora, verdade seja dita: nem no índice de IDH o Brasil de Lula supera a tão avacalhada Venezuela. Que vergonha!
Mas não será com saliva e tampouco cortando verbas das FA (já pra lá de sucateadas) que Lula vai conseguir impressionar seja lá quem for. Nossas fronteiras estão, sim, ameaçadas e não é de hoje. O narcotráfico há muito tempo atua nas fronteiras, e os terroristas das FARC entram e saem do país e todos sabem.
E Lula vem falar de proteger o pré-sal da mãe Dilma. Como nunca o Brasil ficou tão exposto com a bunda de fora! Por Gaúcho/Gabriela
PF DIZ QUE PCC LOTEOU FRONTEIRA PARA MULTIPLICAR LUCRO
O Primeiro Comando da Capital (PCC) estava loteando a fronteira de Mato Grosso com a Bolívia a fim de assegurar o fluxo contínuo de cocaína para São Paulo. A descoberta foi feita pela Polícia Federal durante a Operação Aracne - investigação iniciada no ano passado e que, na semana passada, levou 41 pessoas para a cadeia sob a acusação de tráfico internacional de drogas. A estratégia da facção, segundo a PF, era estabelecer contato direto com os cartéis bolivianos para eliminar intermediários e, assim, multiplicar seus lucros.
Os primeiros indícios eram de que integrantes da facção haviam adquirido fazendas em três municípios mato-grossenses: Campo Novo do Parecis, Tangará da Serra e Nova Maringá. Mas a análise preliminar dos documentos e anotações apreendidos em poder da quadrilha revelou um esquema ainda maior.
Ao todo, integrantes da organização criminosa mantinham propriedades rurais em dez cidades - cinco nas proximidades da fronteira (Cáceres, Porto Esperidião, Lambari D"Oeste, Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis), duas na região central (Nova Maringá e São José do Rio Claro) e três ao norte (Alta Floresta, Colniza e Aripuanã).
As fazendas tinham três funções básicas: parte delas abrigava pistas clandestinas para receber os aviões vindos da Bolívia, outras serviam de armazém e o restante era usado na lavagem do dinheiro obtido com o narcotráfico. Nessas localidades - cinco das dez identificadas até agora pelos federais -, o PCC investia na criação de gado e no plantio de soja.
A agropecuária não tinha finalidade econômica para a facção. Servia apenas para camuflar o esconderijo dos traficantes e ocultar os recursos amealhados pela organização. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo". Via UOL
SENADO RESISTIRÁ À ENTRADA DA VENEZUELA NO MERCOSUL
Senado resistirá à entrada da Venezuela no Mercosul
A aprovação da entrada da Venezuela no Mercosul, ontem, na Câmara, deverá sofrer resistência no Senado não só dos partidos de oposição ao governo federal, mas também do PMDB. O projeto de decreto legislativo, que contém o Protocolo de Adesão da Venezuela ao Mercosul, foi aprovado na noite de quarta-feira na Câmara e segue para análise e voto dos senadores.
A votação favorável ao projeto foi simbólica para o governo federal, pois foi realizada no período em que a Cúpula da América Latina e Caribe sobre integração e desenvolvimento (Calc), na Bahia. O deputado José Genoino (PT-SP) foi um dos defensores mais ferrenhos do projeto. "Nesse momento de turbulência econômica, é importante o fortalecimento do bloco", disse ontem. Na Câmara, apenas o PSDB articulou-se em bloco contra a aprovação.
No Senado, a expectativa dos parlamentares é que a proposta sofra resistência de governistas, articulados pelo ex-presidente e senador José Sarney (PMDB-AP), um dos parlamentares que mais atacam a negociação com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e da entrada do país ao bloco. A senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), entretanto, desconversou: "Vamos aprovar o que for melhor para o país".
O PSDB é contrário à entrada da Venezuela no Mercosul e o presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PE), disse que o partido defenderá a derrubada do projeto. "Essa é uma aliança que não interessa ao Brasil, em nenhum aspecto", comentou. O tucano classificou Hugo Chávez como "aventureiro" e "candidato a ditador": "O Mercosul já tem problemas para consolidar-se e não se fortalecerá com a Venezuela".
O governo pressionará pela aprovação. Para o senador Renato Casagrande (PSB-ES), os parlamentares devem considerar a importância da "maior integração regional". "Não se deve olhar essa questão sob a perspectiva de que Chávez é presidente. Ele é passageiro e o mais importante é a integração". "O governo quer, a Câmara também. Se o Senado não aprovar vai ter que se justificar", disse o deputado Genoino. Por Cristiane Agostine Valor Econômico
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